`Política
18/08/2015 às 10h06 O periódico britânico afirmou que a
presidente deveria permanecer no cargo, apesar dos apelos por
impeachment e que, mesmo se saísse, ela "provavelmente seria substituída
por um outro político medíocre".
NYT: Forçar Dilma a sair causaria sérios danos à democracia no Brasil
SÃO PAULO - Mais
um jornal estrangeiro publicou editorial sobre a situação do Brasil. O
The New York Times dedica seu texto a descrever o cenário de crise -
resumido na frase "O Brasil está em frangalhos" - mas destaca que
substituir a presidente Dilma Rousseff pode não ser a saída.
"Forçar Dilma Rousseff a deixar o cargo sem nenhuma evidência concreta de irregularidade causaria sérios danos a uma democracia que vem ganhando força há 30 anos, sem qualquer benefício em contrapartida. E não há nada que sugira que algum dos líderes disponíveis conseguiria fazer um trabalho melhor na economia", diz o jornal.
O texto segue a mesma linha do editorial do Financial Times, publicado ontem. O periódico britânico afirmou que a presidente deveria permanecer no cargo, apesar dos apelos por impeachment e que, mesmo se saísse, ela "provavelmente seria substituída por um outro político medíocre".
O jornal americano lembra que a economia está mergulhando na recessão e o país ainda vive uma grave crise política, com o escândalo na Petrobras e a popularidade da presidente em queda livre. Mas, mesmo dentro dessa conjuntura, diz o NYT, as instituições democráticas do país têm demonstrado solidez: a Operação Lava-Jato não foi bloqueada e levou empresários e políticos à prisão. Dilma "admiravelmente não fez nenhum esforço para restringir ou influenciar as investigações. Pelo contrário, ela tem enfatizado que ninguém está acima da lei", diz o texto.
O editorial afirma que a má gestão da economia não é motivo que leve a um impeachment e que, até o momento, as investigações em curso não encontraram evidências de alguma ação ilegal por parte da presidente.
"Não há dúvida de que os brasileiros estão enfrentando tempos difíceis e frustrantes, e as coisas tendem a piorar antes de melhorar. Dilma também vai enfrentar muito mais problemas e críticas", pondera o NYT. "Mas a solução não deve ser o de minar as instituições democráticas, que são, em última análise, as garantias da estabilidade, credibilidade e do governo honesto."
copiado http://www.valor.com.br/politica
"Forçar Dilma Rousseff a deixar o cargo sem nenhuma evidência concreta de irregularidade causaria sérios danos a uma democracia que vem ganhando força há 30 anos, sem qualquer benefício em contrapartida. E não há nada que sugira que algum dos líderes disponíveis conseguiria fazer um trabalho melhor na economia", diz o jornal.
O texto segue a mesma linha do editorial do Financial Times, publicado ontem. O periódico britânico afirmou que a presidente deveria permanecer no cargo, apesar dos apelos por impeachment e que, mesmo se saísse, ela "provavelmente seria substituída por um outro político medíocre".
O jornal americano lembra que a economia está mergulhando na recessão e o país ainda vive uma grave crise política, com o escândalo na Petrobras e a popularidade da presidente em queda livre. Mas, mesmo dentro dessa conjuntura, diz o NYT, as instituições democráticas do país têm demonstrado solidez: a Operação Lava-Jato não foi bloqueada e levou empresários e políticos à prisão. Dilma "admiravelmente não fez nenhum esforço para restringir ou influenciar as investigações. Pelo contrário, ela tem enfatizado que ninguém está acima da lei", diz o texto.
O editorial afirma que a má gestão da economia não é motivo que leve a um impeachment e que, até o momento, as investigações em curso não encontraram evidências de alguma ação ilegal por parte da presidente.
"Não há dúvida de que os brasileiros estão enfrentando tempos difíceis e frustrantes, e as coisas tendem a piorar antes de melhorar. Dilma também vai enfrentar muito mais problemas e críticas", pondera o NYT. "Mas a solução não deve ser o de minar as instituições democráticas, que são, em última análise, as garantias da estabilidade, credibilidade e do governo honesto."
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