Supermercados franceses vão ser obrigados a doar alimentos

Supermercados franceses vão ser obrigados a doar alimentos
Foi aprovada uma lei que obriga os supermercados fran

Supermercados franceses vão ser obrigados a doar alimentos

por DN.pt  
Supermercados franceses vão ser obrigados a doar alimentos
Fotografia © Reuters/Suzanne Plunkett
Foi aprovada uma lei que obriga os supermercados franceses a entregar a instituições de caridade alimentos que ainda se encontrem em condições comestíveis.
A Assembleia Nacional francesa aprovou por unanimidade a lei que obriga os supermercados a doar alimentos para a caridade, para assim tentar acabar com os desperdícios de comida em massa. Os supermercados que desperdiçarem mil quilómetros quadrados ou mais de comida vão mesmo ser obrigados a assinar contratos com instituições de caridade até julho do próximo ano. Caso não cumpram esta diretiva estarão sujeitos a multas até 75 mil euros ou dois anos de prisão.
"Isto é uma emergência, as instituições de caridade estão desesperadas por comida. A parte mais comovente desta lei é que nos abre os olhos para o sofrimento dos outros" disse o deputado de centro-direita Yves Jégo no parlamento.
Nos últimos anos a comunicação social francesa tem alertado para o grande número de pessoas que procura comida nos caixotes do lixo dos supermercados, e que sobrevivem devido a produtos comestíveis que são deitados para o lixo em boas condições, mas com as datas de validade já expiradas. Alguns supermercados chegam a encharcar os alimentos em lixivia para impedir as pessoas de ir buscar comida ao lixo e outros metem os caixotes em armazéns inacessíveis, segundo explica o The Guardian.
O mesmo jornal britânico escreve que algumas pessoas já sofreram consequências por vasculhar os contentores dos supermercados, que pode ser considerado roubo. Ou seja, houve quem já tivesse de enfrentar processos crime. Em 2011, um funcionário de um supermercado em Marselha quase foi despedido por ser apanhado a tirar do lixo seis melões e duas alfaces.
Vários grupos ativistas tinham pressionado o governo para que tomasse medidas em relação ao desperdício existente em França. Membros da associação Gars'pilleurs (homens saqueadores, em português) utilizam luvas de jardinagem para, todas as noites, procurar alimentos no lixo e entregá-los aos mais necessitados.

Esta associação, juntamente com outras quatro, consideraram que a entrega de alimentos às instituições é importante, mas que cria uma "falsa e perigosa ideia de uma solução mágica", uma vez que o importante é alertar para produção excessiva de comida.
No entanto, a Federação do Comércio e da Distribuição francesa considera que "a lei está errada no seu objetivo e intenção, dado que as grandes lojas apenas representam 5% do desperdício". "As lojas já são os dadores de comida mais proeminentes, pois mais de 4500 lojas já assinaram acordos com grupos de ajuda", salienta.
Os responsáveis dos supermercados têm dito que as associações terão problemas logísticos uma vez que agora devem possuir frigoríficos e camiões de transporte para recolher os donativos. A lei francesa vai mais além do que a do Reino Unido, onde o governo tem um acordo voluntário com o sector de comércio a retalho para cortar no desperdício de comida e embalagens mas não tem metas obrigatórias.
A nova lei francesa vai também introduzir programas escolares contra o desperdício de comida. Em fevereiro foi aprovada uma lei para retirar datas de validade de produtos frescos. O governo francês pretende com estas medidas reduzir para metade o desperdício de comida até 2025.
De acordo com estimativas oficiais cada francês desperdiça 20 a 30 quilos de comida por ano, dos quais sete quilos ainda estão embalados. Das 7,1 mil toneladas de comida desperdiçada em França , 67% é desperdiçada pelos consumidores, 15% por restaurantes e 11% por lojas. Globalmente são desperdiçados 1,3 mil milhões de toneladas de comida por ano.

A Assembleia Nacional francesa aprovou por unanimidade a lei que obriga os supermercados a doar alimentos para a caridade, para assim tentar acabar com os desperdícios de comida em massa. Os supermercados que desperdiçarem mil quilómetros quadrados ou mais de comida vão ser obrigados a assinar contratos com instituições de caridade até julho do próximo ano. Caso não cumpram esta diretiva estarão sujeitos a multas até 75 mil euros ou dois anos de prisão.
"Isto é uma emergência, as instituições de caridade estão desesperadas por comida. A parte mais comovente desta lei é que nos abre os olhos para o sofrimento dos outros" disse o deputado de centro-direita Yves Jégo no parlamento.
Nos últimos anos a comunicação social francesa tem alertado para o grande número de pessoas que procura comida nos caixotes do lixo dos supermercados, e que sobrevivem devido a produtos comestíveis que são deitados para o lixo em boas condições, mas com as datas de validade já expiradas. Alguns supermercados chegam a encharcar os alimentos em lixivia para impedir as pessoas de ir buscar comida ao lixo e outros metem os caixotes em armazéns inacessíveis, segundo explica o The Guardian.
O mesmo jornal britânico escreve que algumas pessoas já sofreram consequências por vasculhar os contentores dos supermercados, que pode ser considerado roubo. Ou seja, houve quem já tivesse de enfrentar processos crime. Em 2011, um funcionário de um supermercado em Marselha quase foi despedido por ser apanhado a tirar do lixo seis melões e duas alfaces.
Vários grupos ativistas tinham pressionado o governo para que tomasse medidas em relação ao desperdício existente em França. Membros da associação Gars'pilleurs (homens saqueadores, em português) utilizam luvas de jardinagem para, todas as noites, procurar alimentos no lixo e entregá-los aos mais necessitados.

ceses a entregar a instituições de caridade alimentos que ainda se encontrem em condições comestíveis.
Esta associação, juntamente com outras quatro, consideraram que a entrega de alimentos às instituições é importante, mas que cria uma "falsa e perigosa ideia de uma solução mágica", uma vez que o importante é alertar para produção excessiva de comida.
No entanto, a Federação do Comércio e da Distribuição francesa considera que "a lei está errada no seu objetivo e intenção, dado que as grandes lojas apenas representam 5% do desperdício". "As lojas já são os dadores de comida mais proeminentes, pois mais de 4500 lojas já assinaram acordos com grupos de ajuda", salienta.
Os responsáveis dos supermercados têm dito que as associações terão problemas logísticos uma vez que agora devem possuir frigoríficos e camiões de transporte para recolher os donativos. A lei francesa vai mais além do que a do Reino Unido, onde o governo tem um acordo voluntário com o sector de comércio a retalho para cortar no desperdício de comida e embalagens mas não tem metas obrigatórias.
A nova lei francesa vai também introduzir programas escolares contra o desperdício de comida. Em fevereiro foi aprovada uma lei para retirar datas de validade de produtos frescos. O governo francês pretende com estas medidas reduzir para metade o desperdício de comida até 2025.
De acordo com estimativas oficiais cada francês desperdiça 20 a 30 quilos de comida por ano, dos quais sete quilos ainda estão embalados. Das 7,1 mil toneladas de comida desperdiçada em França , 67% é desperdiçada pelos consumidores, 15% por restaurantes e 11% por lojas. Globalmente são desperdiçados 1,3 mil milhões de toneladas de comida por ano.
 COPIADO  http://www.dn.pt/inicio/globo/

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