Judô brasileiro encara em Astana o último grande teste antes do Rio-2016

  • 23/08/2015 - 18:31

    Judô brasileiro encara em Astana o último grande teste antes do Rio-2016



    O brasileiro Charles Chibana comemora a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Toronto, 12 de julho, 2015, no Canadá
    Considerado um dos carros-chefe do projeto olímpico do Brasil, o judô tem tudo para proporcionar alegrias ao país a partir desta segunda-feira, no Mundial de Astana, no Cazaquistão, o último grande evento antes dos Jogos do Rio-2016.
    A meta estabelecida pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) é ambiciosa: cinco medalhas, uma a mais do que na última edição, em Cheliabinsk-2014, na Rússia.
    A melhor campanha da história aconteceu no Mundial anterior, no Rio de Janeiro-2013, onde o apoio da torcida foi fundamental.
    O fator casa deve mais uma vez ser determinante nas Olimpíadas, mas nada melhor que enfrentar os melhores judocas do mundo em outro país para ganhar confiança e voltar com tudo no ano que vem, na Cidade Maravilhosa.
    A delegação que viajou para o Cazaquistão tem 18 atletas, que competem em 14 categorias, sete no masculino e sete no feminino, com destaque para o retorno de Leandro Guilheiro depois de dois anos sofrendo com repetidas lesões.
    - Riner no caminho -
    No feminino, o Brasil será representado por Sarah Menezes (48kg), Nathália Brigida (48kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mariana Silva (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Rochele Nunes (+78kg).
    No masculino, os convocados são Felipe Kitadai (60kg), Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Marcelo Contini (73kg), Victor Penalber (81kg), Leandro Guilheiro (81kg), Tiago Camilo (90kg), Luciano Corrêa (100kg) e David Moura (+100kg).
    Medalhista de bronze nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008, Guilheiro está de volta, mas a seleção masculina tem um desfalque importante, o peso-pesado Rafael Silva, que está lesionado.
    Vice-campeão mundial em 2013 e bronze nos Jogos de Londres-2012, 'Baby' deu lugar a David Moura, que mostrou-se um substituído à altura no mês passado, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, onde faturou o ouro, com belos ippons.
    No Cazaquistão, porém, a parada será bem mais dura, com a presença do grande astro da modalidade, o francês Teddy Riner, dono de nada menos de sete títulos mundiais.
    "Estou pensando nisso, não quero deixar passar a oportunidade, não quero perder. Quero marcar meu território antes dos Jogos do Rio, para que saibam que, no ano que vem, vou ganhar", já alertou o gigante francês.
    No Pan, o Brasil conquistou 13 medalhas, ficando fora do pódio em apenas uma categoria, igualando o total de quatro anos atrás, em Guadalajara, mas com um ouro a menos (5).
    No Mundial, é outra história, já que as principais potências do esporte são o Japão e países europeus, como França e Rússia.
    - Sarah Menezes busca redenção -
    Quem ficou com gosto amargo no Canadá é a gaúcha Mayra Aguiar, que amargou o vice-campeonato Pan-Americano ao perder mais uma vez para a arquirrival, a americana Kayla Harrisson.
    Mayra terá a revanche em Astana, onde busca o bicampeonato, depois de conquistar o único ouro do Brasil no Mundial do ano passado, com direito à vitória sobre Harrisson na semifinal.
    Outra judoca brasileira entrará no tatame em busca de redenção, a ligeira Sarah Menezes, atual campeã olímpica, que ficou fora do pódio na Rússia e não participou do Pan para focar 100% no Mundial.
    Primeira mulher brasileira a conquistar um título mundial, há dois anos, no Rio, Rafaela Silva também tem chance de medalha, assim como Érika Miranda.
    No masculino, há muita expectativa em torno de Charles Chibana. Dono de um judô plástico, com ippons devastadores, o paulista de 25 anos costumava falhar por detalhes em grandes campeonatos, mas mostrou que está no caminho certo ao faturar o ouro no Pan com autoridade.
    Já o experiente Tiago Camilo vem embalado, depois da conquista do tricampeonato pan-americano, mas não sobe ao pódio de um evento planetário desde o bronze dos Jogos de Pequim-2008.
    Camilo se sagrou campeão mundial no Rio, em 2007, como Luciano Correa, que também estará no Cazaquistão, e faturou o bi no Pan de Toronto.
    Medalhista de bronze em Londres-2012, Felipe Kitadai também sonha em voltar ao pódio.
    Um bom desempenho em Astana pode ajudar os brasileiros a trilhar o caminho das pedras para se consagrar em casa no ano que vem.
     copiado  http://www.afp.com/pt/

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