SÃO PAULO - O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, por
meio de nota, que a violação de seu sigilo bancário foi um “ato
criminoso”. Lula e sua empresa, a LILS, pediram ao Ministério da
Justiça, ao Ministério da Fazenda e à Procuradoria-Geral da República a
apuração da divulgação dos dados bancários, que foram divulgados no fim
de semana pela revista “Veja”. Segundo a revista, o ex-presidente
recebeu R$ 27 milhões pelas palestras feitas desde que deixou a
Presidência.
Lula divulgou a lista de 41 empresas e instituições que o contrataram
para 70 palestras no Brasil e no exterior desde 2011, mas não informou o
valor recebido pelas palestras.
O ex-presidente afirmou que foi contratado para atividades legítimas e
legais e disse ainda que, no mesmo período, participou, gratuitamente,
de mais de 200 conferências, palestras e encontros promovidos por
sindicatos, movimentos sociais, partidos, governos e instituições
multilaterais.
Veja a íntegra da nota divulgada pelo Instituto Lula:
“Em sinal de respeito à sociedade brasileira, que merece receber
informações corretas e verdadeiras, divulgamos a relação das empresas e
instituições que, desde 2011, contrataram palestras do ex-presidente
Lula no Brasil e no exterior por meio da empresa LILS Palestras e
Eventos Ltda.
Trata-se de uma atividade legítima, que Lula exerce legalmente desde
que deixou a Presidência da República, a exemplo de outros
ex-presidentes do Brasil e de outros países, e personalidades de
destaque como esportistas, artistas, jornalistas, cientistas.
De 2011 até hoje, Lula fez 70 palestras contratadas por 41
empresas e instituições, sendo remunerado de acordo com sua projeção
internacional e recolhendo os devidos impostos.
No mesmo período, o ex-presidente participou, gratuitamente, de
mais de 200 conferências, palestras e encontros promovidos por
sindicatos, movimentos sociais, partidos, governos e instituições
multilaterais, no Brasil e no exterior, sempre em defesa dos interesses
nacionais, da paz mundial, estimulando o combate à fome e à pobreza.
Mesmo se tratando de contratos que preservam a privacidade das
partes, julgamos necessária sua divulgação neste momento, para
esclarecer distorções, manipulações e prejulgamentos em torno dessa
atividade e das empresas contratantes, como vem ocorrendo por meio de
reportagens, artigos e até editoriais na imprensa.
As palestras de Lula foram contratadas por algumas das maiores e
mais respeitadas empresas de vários setores econômicos, do Brasil e do
mundo. Por exemplo: Microsoft, Itaú, Infoglobo, Santander, Ambev,
Telefónica, Iberdrola e Telmex.
O ex-presidente Lula e a empresa LILS solicitaram ao Ministério
da Justiça, ao Ministério da Fazenda e à Procuradoria-Geral da
República que apurem, na competência de cada instituição, as
responsabilidades pela violação criminosa do sigilo bancário da LILS,
violação que atinge não só um ex-presidente da República mas toda a
sociedade brasileira.
Dessa forma, o ex-presidente Lula e o Instituto Lula estão
certos de contribuir para o esclarecimento da verdade, a defesa do
estado de direito democrático e a garantia dos direitos constitucionais
de todos os cidadãos brasileiros.
LISTA DAS EMPRESAS QUE CONTRATARAM PALESTRAS DE LULA ENTRE 2011 E 2015:
. ABAD - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industriais
. Associação de Bancos do México
. Abras - Associação Brasileira de Supermercados
. ALL América Latina Logística
. Ambev
. Andrade Gutierrez
. Banco Santander
. Bank of America
. BBVA Bancomer
. BTG Pactual
. Camargo Corrêa
. Centro de Estudos Estratégicos de Angola
. CFELG - Centro de Formacion y Estudios en Liderazgo y Gestion (Colômbia)
. Cumbre de Negócios (México)
. Dufry do Brasil
. Elektra
. Endesa
. Gás Natural Fenosa
. Grupo Petrópolis
. Helibrás
. Iberdrola
. IDEA (Argentina)
. INFOGLOBO
. Itaú BBA
. LG
. Lojas Americanas
. Microsoft
. Nestlé
. OAS
. GDF Suez Energy Latin America
. Odebrecht
. Pirelli
. Queiroz Galvão
. Quip
. Revista Voto
. Sinaval
. Telmex
. Telos Empreendimentos Culturais
. Terra Networks
. Tetra Pak
. UTC
copiado http://www.valor.com.br/politica
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