Alemanha suspende reenvio de sírios para países de entrada na UE



Refugiados sírios chega à Alemanha. Tenda montada pela Cruz Vermelha alemã

Alemanha suspende reenvio de sírios para países de entrada na UE

Hoje
O Gabinete Federal da Imigração e dos Refugiados anunciou no Twitter ter suspendido o reenvio de refugiados sírios. A porta-voz da Comissão Europeia já se pronunciou sobre a situação.
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    por Lusa  
    Refugiados sírios chega à Alemanha. Tenda montada pela Cruz Vermelha alemã
    Refugiados sírios chega à Alemanha. Tenda montada pela Cruz Vermelha alemã Fotografia © EPA/Roland Halkasch
    O Gabinete Federal da Imigração e dos Refugiados anunciou no Twitter ter suspendido o reenvio de refugiados sírios. A porta-voz da Comissão Europeia já se pronunciou sobre a situação.
    A Alemanha anunciou hoje que suspendeu o reenvio de refugiados sírios para os países de entrada na União Europeia, medida prevista na Convenção de Dublin que enquadra o tratamento dos pedidos de asilo na UE.
    O anúncio foi feito na conta do Twitter do Gabinete Federal da Imigração e dos Refugiados (BAMF, na sigla alemã). "No momento atual" e "na prática", lê-se, não estão a realizar-se os processos de expulsão para outros países europeus previstos pela Convenção de Dublin no caso dos cidadãos sírios.
    "Saudamos este ato de solidariedade europeia", reagiu em Bruxelas a porta-voz da Comissão Europeia Natasha Bertaud.
    "Isto constitui o reconhecimento de que não pode ser deixado unicamente aos Estados situados nas fronteiras externas a gestão do grande número de candidatos a asilo que procuram refúgio na Europa", acrescentou, precisando que a decisão alemã "é o único caso" de que a Comissão tem conhecimento.
    Adotada em 2003, a Convenção, conhecida como "Dublin II", define que cabe ao primeiro país da UE a que chega um candidato a asilo a responsabilidade de avaliar o pedido.
    Na prática, isto significa que os países situados nas fronteiras externas, como a Grécia ou Itália, ficam sobrecarregados com pedidos de asilo, uma vez que a maioria dos migrantes chegam às suas costas.
    A Convenção prevê no entanto uma "cláusula de soberania" que permite a um outro Estado membro avaliar um pedido de asilo, cláusula que, segundo a CE, a Alemanha ativou "mais de 2.000 vezes este ano".
    A Alemanha é um dos principais países europeus de acolhimento de refugiados, prevendo atingir em 2015 um número recorde de 800.000 pedidos.
    Na segunda-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, pediram juntos uma "resposta unificada" da UE para o afluxo sem precedentes de refugiados que a Europa enfrenta atualmente.
    Com a decisão hoje tomada, a Alemanha tornou-se o primeiro país da UE a tomar uma medida efetiva para facilitar o acolhimento de refugiados da guerra na Síria, numa altura em que os países mais afetados com a chegada diária de milhares de migrantes -- Grécia, Itália, Hungria -- acentuam as críticas à incapacidade da UE para lidar com o problema.
       copiado  http://www.dn.pt/inicio/globo/

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