Temer cancela ida a Portugal para presidir reunião do PMDB na terça
Partido decidirá, em reunião do diretório, se romperá com governo Dilma.
Presidente nacional do partido participaria de seminário em Lisboa.
Laís Alegretti e Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
24/03/2016 16h25
- Atualizado em
24/03/2016 17h06
O vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do
PMDB, cancelou a viagem que faria a Portugal na próxima segunda-feira
(28) para poder participar da reunião do diretório nacional do partido
que definirá se a sigla romperá com o governo Dilma Rousseff.
O encontro do PMDB está marcado para a terça-feira (29) e será
presidido por Temer, segundo informou a assessoria de imprensa da
Vice-presidência.
Em convenção nacional neste mês, o partido definiu que se reuniria em até 30 dias – ou seja, até 12 de abril – para decidir se deixará o governo.
Temer viajaria para Portugal na segunda-feira a fim de participar de evento coordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
O seminário é organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (EDB/IDP), do qual Gilmar Mendes é um dos sócios, e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).
Desembarque
Embora as críticas do PMDB ao governo tenham aumentado nas últimas semanas, ainda não há unidade em relação ao fim da aliança com o Palácio do Planalto.
Ministros peemedebistas, como Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), defendem publicamente a permanência no governo – o partido detém sete ministérios.
Diante da falta de consenso, alguns querem que o diretório espere até a data-limite, 12 de abril, para tomar uma decisão, na expectativa de se chegar a um acordo.
A ala mais rebelde da legenda, porém, sustenta que o desembarque do governo deve ocorrer o quanto antes e defende a manutenção do dia 29 para o encontro.
Defensor ferrenho do rompimento do PMDB com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ao G1 que a presença de Temer na reunião de terça-feira vai dar "mais força" ao encontro.
Ele também se posicionou contra uma eventual mudança da data porque, na opinião dele, isso não resolverá as divergências.
Cunha rebateu os argumentos de que o partido chegará fracionado para a votação de terça-feira, como avalia o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). "A maioria que decida. É da democracia", disse o presidente da Câmara.
Sobre a eventual ausência dos peemedebistas que discordam da realização da reunião no dia 29, Cunha foi direto: "Se se ausentarem, é porque a maioria já está consolidada e vão evitar a derrota".
Favorável ao encontro no dia 12, Eunício Oliveira ainda não decidiu se vai ao encontro. "Se for pra fazer confronto no partido, eu não irei", afirmou.
Eunício Oliveira disse que a legenda já tem "briga demais para fora" e que não deveria "brigar para dentro".
"Não consigo entender, depois de uma luta tremenda para trazer unidade, por que dividir o PMDB ao antecipar mais ou menos 10 dias", ponderou.
copiado http://g1.globo.com/politica/n
Em convenção nacional neste mês, o partido definiu que se reuniria em até 30 dias – ou seja, até 12 de abril – para decidir se deixará o governo.
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Na ocasião, a legenda também decidiu que não assumiria ministérios até definir se romperá ou não com o Planalto.Temer viajaria para Portugal na segunda-feira a fim de participar de evento coordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
O seminário é organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (EDB/IDP), do qual Gilmar Mendes é um dos sócios, e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).
Desembarque
Embora as críticas do PMDB ao governo tenham aumentado nas últimas semanas, ainda não há unidade em relação ao fim da aliança com o Palácio do Planalto.
Ministros peemedebistas, como Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), defendem publicamente a permanência no governo – o partido detém sete ministérios.
Diante da falta de consenso, alguns querem que o diretório espere até a data-limite, 12 de abril, para tomar uma decisão, na expectativa de se chegar a um acordo.
A ala mais rebelde da legenda, porém, sustenta que o desembarque do governo deve ocorrer o quanto antes e defende a manutenção do dia 29 para o encontro.
Defensor ferrenho do rompimento do PMDB com o governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ao G1 que a presença de Temer na reunião de terça-feira vai dar "mais força" ao encontro.
Ele também se posicionou contra uma eventual mudança da data porque, na opinião dele, isso não resolverá as divergências.
Cunha rebateu os argumentos de que o partido chegará fracionado para a votação de terça-feira, como avalia o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). "A maioria que decida. É da democracia", disse o presidente da Câmara.
Sobre a eventual ausência dos peemedebistas que discordam da realização da reunião no dia 29, Cunha foi direto: "Se se ausentarem, é porque a maioria já está consolidada e vão evitar a derrota".
Favorável ao encontro no dia 12, Eunício Oliveira ainda não decidiu se vai ao encontro. "Se for pra fazer confronto no partido, eu não irei", afirmou.
Eunício Oliveira disse que a legenda já tem "briga demais para fora" e que não deveria "brigar para dentro".
"Não consigo entender, depois de uma luta tremenda para trazer unidade, por que dividir o PMDB ao antecipar mais ou menos 10 dias", ponderou.
copiado http://g1.globo.com/politica/n
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