Brasil vai cobrar 3 mil milhões de euros a empresas ligadas a corrupção na Petrobras
O
grupo de trabalho da operação Lava-Jato realizou pedidos de recuperação
de dinheiro em contas abertas em Portugal e em mais 29 países
A
Advocacia Geral da União (AGU) vai iniciar duas ações na Justiça
Federal do Brasil para cobrar 12 mil milhões de reais (3 mil milhões de
euros) de pessoas e empresas envolvidas nos casos de corrupção da
Petrobras.
As medidas visam recuperar
dinheiro desviado em contratos das construtoras Odebrecht, OAS, UTC
Engenharia e Queiroz Galvão e outras 11 empresas, além de executivos e
ex-funcionários da empresa petrolífera estatal.
O
anúncio consta de um comunicado, em que a AGU pede a condenação
solidária dos réus para ressarcir o montante correspondente a 17% sobre
cada um dos respetivos contratos fraudulentos, o que totaliza 3 mil
milhões de euros.
"O valor foi
estabelecido com fundamento em laudo [parecer oficial] aprovado pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), levando em conta a diferença entre o
preço praticado no ambiente cartelizado e o preço que seria praticado em
ambiente competitivo", diz o comunicado.
Os
processos baseiam-se na alegação de que os envolvidos foram
responsáveis pela formação de cartéis e na sobrefaturação dos lucros
resultantes das contratações fraudulentas de licitações de grandes obras
da Petrobras.
Além disso, a
Procuradoria-Geral da União (PGR) anunciou hoje que a troca de
informações entre as autoridades brasileiras e de outros países já
permitiu a recuperação de 545,9 milhões de reais (36,3 mil milhões de
euros) desviados da Petrobras e que estavam em contas fora do país. O
dinheiro foi recuperado em 108 pedidos de cooperação internacional.
Segundo
a AGU, o grupo de trabalho da operação Lava Jato - que investiga casos
de corrupção -, realizou pedidos de recuperação de dinheiro em contas
abertas em Portugal e em mais 29 países.
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