Tchau, Billy Davis
Perdoem os leitores se fico sem postar até à noite. É que vou
prestar a ultima homenagem a um amigo, de quem fui companheiro,
subordinado, chefe e sempre admirador. O José Pereira de Carvalho...
Perdoem os leitores se fico sem postar até à noite. É que vou prestar a ultima homenagem a um amigo, de quem fui companheiro, subordinado, chefe e sempre admirador.
O José Pereira de Carvalho Júnior, ator, diretor, produtor de cinema e publicitário era uma figura única.
A começar que pouca gente sabia do seu nome. Ele era o Billy , o Billy Davis, apelido que ganhou quando no final dos anos 50, quando começou a vida de artista como crooner de boate, com seu vozeirão. Eu adorava “pagar mico”, brincando com ele de cantar Love is a Many Splendored Thing e fazer com que seu caminhão de graves atropelasse meu fiapo de voz.
Depois, entregou-se ao amor de sua vida, o cinema, onde atuou em vários filmes, entre ele Deus e o Diabo na Terra do Sol e Assalto ao Trem Pagador, e dirigiu a primeira adaptação para a telona de Bonitinha, mas Ordinária, de Nélson Rodrigues.
No início do primeiro Governo Brizola, quando foi presidente da Imprensa Oficial do estado, brigamos muito, porque eu pedia mais recursos para trabalhar e o Billy era pão-duro com o dinheiro público que só ele. No segundo Governo, quando fiquei de secretário de comunicação e precisava de alguém de mão firme para controlar a complicada área de publicidade, lembrei disso e lá estava o Billy para desfazer qualquer ameaça de picaretagem com a voz que impunha respeito.
Impunha tanto que, por unanimidade, o escolhemos para apresentar o comício das diretas-já, em 1984
A voz, entretanto, estava fraquinha, semana retrasada, quando falamos pela última vez, quando completou 85 anos. Queríamos visitá-lo, mas o orgulho de quem sempre andou impecável, com um um nó de gravata que eu nunca consegui dar nas minhas, não deixou.
Mas agora eu vou, Billy. Pra te dizer tchau, meu querido amigo, que teve muitos amores, de mulheres, de amigos, de companheiros que não o esquecem.
E o amor, dizia a música do filme que aqu se chamou Suplício de uma Saudade, é a coroa de outro que faz de um homem um rei.
copiado http://www.tijolaco.com.br/
Tchau, Billy Davis
Perdoem os leitores se fico sem postar até à noite. É que vou prestar a ultima homenagem a um amigo, de quem fui companheiro, subordinado, chefe e sempre admirador.
O José Pereira de Carvalho Júnior, ator, diretor, produtor de cinema e publicitário era uma figura única.
A começar que pouca gente sabia do seu nome. Ele era o Billy , o Billy Davis, apelido que ganhou quando no final dos anos 50, quando começou a vida de artista como crooner de boate, com seu vozeirão. Eu adorava “pagar mico”, brincando com ele de cantar Love is a Many Splendored Thing e fazer com que seu caminhão de graves atropelasse meu fiapo de voz.
Depois, entregou-se ao amor de sua vida, o cinema, onde atuou em vários filmes, entre ele Deus e o Diabo na Terra do Sol e Assalto ao Trem Pagador, e dirigiu a primeira adaptação para a telona de Bonitinha, mas Ordinária, de Nélson Rodrigues.
No início do primeiro Governo Brizola, quando foi presidente da Imprensa Oficial do estado, brigamos muito, porque eu pedia mais recursos para trabalhar e o Billy era pão-duro com o dinheiro público que só ele. No segundo Governo, quando fiquei de secretário de comunicação e precisava de alguém de mão firme para controlar a complicada área de publicidade, lembrei disso e lá estava o Billy para desfazer qualquer ameaça de picaretagem com a voz que impunha respeito.
Impunha tanto que, por unanimidade, o escolhemos para apresentar o comício das diretas-já, em 1984
A voz, entretanto, estava fraquinha, semana retrasada, quando falamos pela última vez, quando completou 85 anos. Queríamos visitá-lo, mas o orgulho de quem sempre andou impecável, com um um nó de gravata que eu nunca consegui dar nas minhas, não deixou.
Mas agora eu vou, Billy. Pra te dizer tchau, meu querido amigo, que teve muitos amores, de mulheres, de amigos, de companheiros que não o esquecem.
E o amor, dizia a música do filme que aqu se chamou Suplício de uma Saudade, é a coroa de outro que faz de um homem um rei.
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