Portugal tem 22 bens candidatos a património mundial da UNESCO
Portugal já conta com 15 bens na Lista do Património Mundial, encontrando-se entre os 20 países com maior número de bens inscritos
Portugal tem 22 bens candidatos a património mundial da UNESCO
Os
caminhos de peregrinação a Santiago de Compostela, as obras do
arquiteto Siza Vieira ou as levadas da Madeira integram a lista
indicativa ao património mundial de Portugal, num total de 22 bens
candidatos a esta distinção da UNESCO.
O
Governo divulgou hoje, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros
(MNE), o resultado da revisão, iniciada em 2013, da lista indicativa de
Portugal de 2004, realizada pela Comissão Nacional da UNESCO (CNU).
A
lista indicativa portuguesa integra 22 bens: Aqueduto das Águas Livres,
Baixa Pombalina, Edifício-sede e Parque da Fundação Calouste
Gulbenkian, e Lisboa Histórica, Cidade Global (Lisboa); Caminhos
Portugueses de Peregrinação a Santiago de Compostela; Centro Histórico
de Guimarães e Zona de Couros (extensão); Complexo Industrial Romano de
Salga e Conserva de Peixe em Tróia; Conjunto de Obras Arquitetónicas de
Álvaro Siza Vieira em Portugal; Costa Sudoeste; Deserto dos Carmelitas
Descalços e Conjunto Edificado do Palace-Hotel no Bussaco; Dorsal
Médio-Atlântica; Fortalezas Abaluartadas da Raia; Icnitos de
Dinossáurios da Península Ibérica; Ilhas Selvagens; Levadas da Madeira;
Lugares de Globalização; Mértola; Montado, Paisagem Cultural; Palácio e
Tapada Nacionais de Mafra e Jardim do Cerco; Rota de Magalhães. Primeira
à volta do Mundo; Santuário do Bom Jesus do Monte (Braga) e Vila
Viçosa, Vila ducal renascentista.
Segundo
uma nota do MNE, a revisão da lista foi feita na sequência da
recomendação da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura) para que sejam atualizadas, a cada dez anos, as
listas indicativas dos Estados parte da Convenção do Património Mundial,
pré-requisito para a inscrição de bens na lista do património mundial.
Portugal
já conta com 15 bens na Lista do Património Mundial, encontrando-se
entre os 20 países com maior número de bens inscritos: Angra do Heroísmo
(Açores); Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa); Mosteiro da
Batalha; Convento de Cristo (Tomar); Centro Histórico de Évora;
Mosteiro de Alcobaça; Paisagem Cultural de Sintra; Centro Histórico do
Porto; Coa e Siega Verde; Floresta Laurissilva da Madeira; Centro
Histórico de Guimarães; Alto Douro Vinhateiro; Paisagem da Vinha da Ilha
do Pico (Açores); Elvas e suas fortificações e Universidade de Coimbra.
O
processo de revisão coincidiu com o mandato de Portugal no Comité do
Património Mundial (2013-2017), período durante o qual o país se
comprometeu a não apresentar candidaturas à lista do património mundial,
de acordo com as recomendações da UNESCO.
Neste
processo, a Comissão Nacional da UNESCO foi apoiada por peritos, com
funções consultivas, entre os quais os membros do Grupo de Trabalho
Interministerial para a Coordenação e Acompanhamento das Candidaturas de
Bens Portugueses à Lista do Património Mundial (que integra, além da
Presidente da CNU, que preside, representantes da Direção Geral do
Património Cultural e do Instituto da Conservação da Natureza e das
Florestas, I.P.), os peritos que apoiam a participação de Portugal no
Comité do Património Mundial, representantes dos ramos nacionais dos
órgãos consultivos da UNESCO (ICOMOS Portugal e UICN/Liga para a
Proteção da Natureza), e representantes das Regiões Autónomas.
Na
nota do MNE, é referido que foram contactadas as entidades associadas
aos bens inscritos na lista indicativa de 2004 e as entidades que desde
essa data "manifestaram junto da Comissão Nacional interesse em vir a
inscrever bens naquela lista, de forma a que, se quisessem, submeterem
as respetivas propostas".
"As
propostas foram apreciadas pelo painel tendo em conta o potencial valor
universal excecional, autenticidade e/ou integridade dos bens, os
critérios estabelecidos, a comparação com bens idênticos e o facto de
estes colmatarem, ou não, lacunas na Lista do Património Mundial".
A
nova lista indicativa será agora remetida ao Centro do Património
Mundial da UNESCO para aprovação pelo Comité do Património Mundial e
futura disponibilização no competente local eletrónico da Organização,
substituindo a lista anterior e estabelecendo um novo quadro de
referência para a apresentação de candidaturas portuguesas à Lista do
Património Mundial.
Um total de 1.641
bens figuram atualmente nas listas indicativas de 175 Estados, e que um
dia poderão vir a ser inscritos na Lista do Património Mundial, após
aferição do seu valor universal excecional pelos órgãos consultivos da
Convenção e decisão do Comité do Património Mundial, explica o
ministério tutelado por Augusto Santos Silva.
A
Lista do Património Mundial inclui atualmente 1.031 bens naturais,
culturais e mistos em 163 países, 31 dos quais são bens transnacionais.
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