Procurados Polícia busca por seis foragidos suspeitos de estuprar menina no Rio Caso ganhou repercussão nacional e internacional depois que vídeos e fotos expondo a adolescente circularam nas redes sociais

Procurados


PUBLICADO EM 30/05/16 - 09h17
Policiais civis de várias delegacias do Rio realizam nesta segunda-feira (30) uma operação para prender seis suspeitos de participar do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no dia 21 de maio. Eles já são considerados fugitivos pela policia.
São procurados Raí Souza, 18, que seria o dono do celular no qual foi feita a gravação da vítima nua, o jogador de futebol Lucas Perdomo, 20, apontado como namorado da vítima, Michel Brasil, Raphael Belo, Marcelo Correa e Sergio Luiz da Silva Junior. Esse último, conhecido como Da Rússia, é chefe do tráfico do morro da Barão, onde ficava a casa em que a menina foi estuprada.
Além de mandados de prisão, a polícia também cumpre mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos. Os agentes estiveram em endereços na Praça Seca e na Taquara, em
Jacarepaguá, no Recreio dos Bandeirantes, na favela do Rola, em Santa Cruz, e na favela de Cidade de Deus.
Após protesto da advogada Eloisa Samy, que defendia a adolescente, e do Ministério Público, a Polícia Civil decidiu afastar o delegado Alessandro Thiers da investigação do estupro da adolescente. Desde domingo (29), o Chefe de Polícia Civil, o delegado Fernando Veloso, passou a coordenação da operação para a delegada Cristiana Bento, da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima).
Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, deste domingo (29), Veloso disse que o laudo do vídeo sobre o crime deverá contrariar o "senso comum" e que não havia registro de sangue nas imagens.
A polícia anunciou neste domingo que a vítima entrou no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. A Polícia Civil promete para esta tarde divulgar o laudo preliminar de médicos do IML (Instituto Médico Legal) feito na adolescente.
A advogada da adolescente, Eloísa Samy, anunciou nas redes sociais que deixou o caso. A Defensoria Pública do Rio passou a representar a vítima. Na TV, a adolescente disse que está com medo e tem recebido ameaças de morte na internet.
O caso
A adolescente foi estuprada na madrugada do dia 21 no complexo de favelas São José Operário, zona oeste do Rio. O caso só se tornou público após jovens postarem fotos e vídeos da menor nua e desacordada.
Segundo depoimento da vítima, ela encontrou num baile funk na comunidade um rapaz de 19 anos com quem estava "ficando".
A jovem disse que foi parar numa casa com o rapaz e, a partir daí, só se lembra de ter acordado pela manhã em outra casa. De acordo com a menor, ela estava dopada, nua e sendo observada por 33 homens.
Cronologia 
21.mai.2016 - A adolescente é estuprada na madrugada no complexo de favelas São José Operário, zona oeste do Rio, após ir ao baile funk.
22.mai.2016 - Acorda cercada por homens armados, mesmo dia em que volta para casa
24.mai.2016 - A vítima fica sabendo que um vídeo com ela circula na internet e volta ao morro para falar com o chefe do tráfico
25.mai.2016 - A família da menina é avisada por um vizinho sobre o vídeo
26.mai.2016 - A jovem presta o primeiro depoimento à polícia, é medicada em um hospital e faz exames no IML
27.mai.2016 - A menina presta mais dois depoimentos à polícia, assim como dois dos suspeitos de participar do crime; neste mesmo dia, a polícia localiza a casa em que o crime aconteceu
28.mai.2016 - A advogada da vítima, Eloísa Samy, pediu à Promotoria do Rio o afastamento do delegado Alessandro Thiers, títular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI). Segundo Samy, Thiers estava tratando o caso com "machismo e a misoginia"
29.mai.2016 - Pressionada, a Polícia Civil do Rio tirou do delegado Alessandro Thiers o comando das investigações. O caso passou para a delegada Cristina Bento, titular da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima).
copiado  http://www.otempo.com.br

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