Chavistas invadem Parlamento venezuelano durante debate sobre referendo
"Grupos violentos estranhos à Câmara... Têm de ser retirados, que deixem a plenária", disse o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, da tribuna.
O presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, iniciou o debate que tem como ponto único a "restituição da ordem constitucional e a democracia", e que inclui a possibilidade de abrir um "julgamento político" contra Maduro.
"Na Venezuela há um golpe de estado contínuo. Viemos oficializar ante o mundo inteiro que houve uma ruptura da ordem constitucional", disse o líder da bancada opositora, Julio Borges.
Os deputados da oposição também pediram respeito ao povo.
Ao ler a ordem dos debates, Ramos Allup afirmou que também será abordado um "abandono do cargo" por parte de Maduro, que está em uma viagem ao Oriente Médio, e o tema da suposta dupla nacionalidade, venezuelana e colombiana, do presidente, que segundo a oposição o inabilita para exercer a função.
Os chavistas vaiaram e lançaram objetos contra os deputados que entraram na sede parlamentar e gritavam frases como "Não há referendo" e "Esta Assembleia vai cair".
"A Assembleia Nacional assume a responsabilidade histórica de restituir a democracia e a justiça ao povo venezuelano. É impossível nos tirar o direito de escolher o futuro que queremos", disse Borges.
A suspensão do referendo aumentou ainda mais a tensão política no país, que enfrenta uma grave crise econômica, com escassez de alimentos e medicamentos, além de uma inflação calculada em 475% pelo FMI para 2016.
"Para estabilizar os preços do petróleo, é preciso refletir [...], aumentar as consultas entre os países produtores, Opep e não Opep", declarou Maduro em um encontro com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, segundo o site da Presidência iraniana.
"Os países produtores devem buscar um acordo justo para estabilizar os preços", acrescentou.
"O Irã apoiará qualquer ação para estabilizar o mercado do
petróleo, assegurar um preço e cotas justas", declarou o presidente
iraniano, que considerou que a cooperação entre os países da Organização
de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aqueles que não fazem parte
do cartel é "necessária".
Em setembro, os países-membros da Opep acertaram limitar seu teto de produção para reforçar os preços.
Já o número um iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, declarou que a redução do preço do petróleo era "um instrumento" usado pelos Estados Unidos para exercer pressão sobre os "países independentes", segundo sua página oficial.
"Podemos adotar uma política racional e reforçar a cooperação para desmantelar esses complôs e essa política hostil", insistiu.
Maduro chegou neste sábado (22) ao Irã, após um encontro com o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev. Conforme a agência de notícias Irna, nessa reunião, Maduro afirmou que está em gestação um acordo entre os países da Opep e os que não pertencem ao cartel.
Depois do Irã, o presidente venezuelano viaja para Arábia Saudita e Catar.
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Chavistas invadem Parlamento venezuelano durante debate sobre referendo
AFP / Federico PARRA
Presidente da Assembleia
Nacional e líder da maioria na Casa, Henry Ramos Allup, dá entrevista
coletiva em 21 de outubro de 2016, em Caracas
Grupos de seguidores do governo venezuelano invadiram o
Parlamento, neste domingo (23), e interromperam o debate sobre a
suspensão do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro,
enquanto agentes de segurança tentavam contê-los."Grupos violentos estranhos à Câmara... Têm de ser retirados, que deixem a plenária", disse o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, da tribuna.
AFP / RONALDO SCHEMIDT
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Henry Ramos Allup, em Caracas, no dia 9 de setembro de 2016
O Parlamento da Venezuela, de maioria opositora,
iniciou neste domingo uma sessão especial para debater sobre a suspensão
do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás
Maduro, que os adversários do governo consideram uma ruptura da
democracia.O presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup, iniciou o debate que tem como ponto único a "restituição da ordem constitucional e a democracia", e que inclui a possibilidade de abrir um "julgamento político" contra Maduro.
"Na Venezuela há um golpe de estado contínuo. Viemos oficializar ante o mundo inteiro que houve uma ruptura da ordem constitucional", disse o líder da bancada opositora, Julio Borges.
Ao ler a ordem dos debates, Ramos Allup afirmou que também será abordado um "abandono do cargo" por parte de Maduro, que está em uma viagem ao Oriente Médio, e o tema da suposta dupla nacionalidade, venezuelana e colombiana, do presidente, que segundo a oposição o inabilita para exercer a função.
Os chavistas vaiaram e lançaram objetos contra os deputados que entraram na sede parlamentar e gritavam frases como "Não há referendo" e "Esta Assembleia vai cair".
"A Assembleia Nacional assume a responsabilidade histórica de restituir a democracia e a justiça ao povo venezuelano. É impossível nos tirar o direito de escolher o futuro que queremos", disse Borges.
A suspensão do referendo aumentou ainda mais a tensão política no país, que enfrenta uma grave crise econômica, com escassez de alimentos e medicamentos, além de uma inflação calculada em 475% pelo FMI para 2016.
AFP / Federico PARRA
Presidente da Assembleia
Nacional e líder da maioria na Casa, Henry Ramos Allup, dá entrevista
coletiva em 21 de outubro de 2016, em Caracas
IRANIAN PRESIDENCY/AFP / HO
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, recebe o venezuelano Nicolás Maduro, em Teerã, em 22 de outubro de 2016
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu neste
sábado (22) um reforço da cooperação entre os países produtores de
petróleo - membros, ou não, da Opep - para estabilizar os preços,
durante uma visita ao Irã."Para estabilizar os preços do petróleo, é preciso refletir [...], aumentar as consultas entre os países produtores, Opep e não Opep", declarou Maduro em um encontro com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, segundo o site da Presidência iraniana.
"Os países produtores devem buscar um acordo justo para estabilizar os preços", acrescentou.
Em setembro, os países-membros da Opep acertaram limitar seu teto de produção para reforçar os preços.
Já o número um iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, declarou que a redução do preço do petróleo era "um instrumento" usado pelos Estados Unidos para exercer pressão sobre os "países independentes", segundo sua página oficial.
"Podemos adotar uma política racional e reforçar a cooperação para desmantelar esses complôs e essa política hostil", insistiu.
Maduro chegou neste sábado (22) ao Irã, após um encontro com o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev. Conforme a agência de notícias Irna, nessa reunião, Maduro afirmou que está em gestação um acordo entre os países da Opep e os que não pertencem ao cartel.
Depois do Irã, o presidente venezuelano viaja para Arábia Saudita e Catar.
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