247 – Um governo tem dois ministros: um corrupto e um honesto.
No entanto, na visão do porta-voz Alexandre Parola, o papel de um presidente da República é "arbitrar conflitos" entre seus ministros – e não o de fazer a escolha óbvia pela integridade.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública", disse Parola, na noite de ontem.
No entanto, a ministra Grace Mendonça, da AGU, rapidamente pulou fora desse rolo e disse que não tem qualquer solução mágica para o crime proposto por Geddel Vieira Lima a Marcelo Calero – a liberação ilegal da obra onde Geddel tem um imóvel de R$ 2,4 milhões.
"As eventuais questões jurídicas relacionadas ao caso foram examinadas pela própria Procuradoria do Iphan, órgão competente para analisá-las", afirmou Grace, em nota (leia aqui).
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Temer tentou resolver conflito e não pressionou Calero, diz porta-voz
No entanto, na visão do porta-voz Alexandre Parola, o papel de um presidente da República é "arbitrar conflitos" entre seus ministros – e não o de fazer a escolha óbvia pela integridade.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública", disse Parola, na noite de ontem.
No entanto, a ministra Grace Mendonça, da AGU, rapidamente pulou fora desse rolo e disse que não tem qualquer solução mágica para o crime proposto por Geddel Vieira Lima a Marcelo Calero – a liberação ilegal da obra onde Geddel tem um imóvel de R$ 2,4 milhões.
"As eventuais questões jurídicas relacionadas ao caso foram examinadas pela própria Procuradoria do Iphan, órgão competente para analisá-las", afirmou Grace, em nota (leia aqui).
Abaixo, reportagem da Agência Brasil:
Temer tentou resolver conflito e não pressionou Calero, diz porta-voz
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Por meio do porta-voz Alexandre
Parola, o presidente Michel Temer disse que buscou "arbitrar conflito"
entre o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero e o ministro da Secretaria
de Governo, Geddel Vieira Lima, e negou que teria "enquadrado" Calero
por uma saída do caso.
Mais cedo, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o ex-ministro Marcelo Calero prestou depoimento à Polícia Federal no qual teria afirmado que Temer o havia "enquadrado" e sugerido uma saída por meio da Advocacia-Geral da União para o caso.
“O presidente trata todos seus ministros como iguais. E jamais induziu algum deles a tomar decisão que ferisse normas internas ou suas convicções. Assim procedeu em relação ao ex-ministro da Cultura, que corretamente relatou estes fatos em entrevistas concedidas. É a mais pura verdade que o presidente Michel Temer tentou demover o ex-ministro de seu pedido de demissão e elogiou seu trabalho à frente da Pasta”, disse Alexandre Parola.
De acordo com o porta-voz, o presidente confirma que propôs a solução jurídica por meio da AGU.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, como estabelece o Decreto 7.392/2010, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”, disse Alexandre Parola. "O ex-ministro sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo. Portanto, estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica".
Após pedir demissão na semana passada, Marcelo Calero afirmou em entrevistas que Geddel o teria pressionado para que interviesse junto ao Iphan a fim de liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador, onde Geddel adquiriu um imóvel. Embora tivesse sido aprovado pelo Iphan da Bahia, o empreendimento não foi autorizado pelo Iphan nacional por ferir o gabarito da região, que fica em área tombada. Geddel Vieira Lima nega que tenha pressionado Calero para liberação do empreendimento e afirma que estava preocupado com a manutenção de empregos. Após o episódio, Temer confirmou a manutenção de Geddel no cargo.
Michel Temer afirmou, pelo porta-voz, que sempre buscou “caminhos técnicos” para solucionar licenças em obras do seu governo, e disse que tentou resolver o problema com Calero, sua equipe e demais ministros por duas vezes.
O porta-voz disse também que o presidente ficou surpreso com boatos de uma suposta gravação de conversa entre ele e Calero. “Especialmente, surpreendem o presidente boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação”, disse Parola.
Mais cedo, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que o ex-ministro Marcelo Calero prestou depoimento à Polícia Federal no qual teria afirmado que Temer o havia "enquadrado" e sugerido uma saída por meio da Advocacia-Geral da União para o caso.
“O presidente trata todos seus ministros como iguais. E jamais induziu algum deles a tomar decisão que ferisse normas internas ou suas convicções. Assim procedeu em relação ao ex-ministro da Cultura, que corretamente relatou estes fatos em entrevistas concedidas. É a mais pura verdade que o presidente Michel Temer tentou demover o ex-ministro de seu pedido de demissão e elogiou seu trabalho à frente da Pasta”, disse Alexandre Parola.
De acordo com o porta-voz, o presidente confirma que propôs a solução jurídica por meio da AGU.
“O presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia-Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, como estabelece o Decreto 7.392/2010, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”, disse Alexandre Parola. "O ex-ministro sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo. Portanto, estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica".
Após pedir demissão na semana passada, Marcelo Calero afirmou em entrevistas que Geddel o teria pressionado para que interviesse junto ao Iphan a fim de liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador, onde Geddel adquiriu um imóvel. Embora tivesse sido aprovado pelo Iphan da Bahia, o empreendimento não foi autorizado pelo Iphan nacional por ferir o gabarito da região, que fica em área tombada. Geddel Vieira Lima nega que tenha pressionado Calero para liberação do empreendimento e afirma que estava preocupado com a manutenção de empregos. Após o episódio, Temer confirmou a manutenção de Geddel no cargo.
Michel Temer afirmou, pelo porta-voz, que sempre buscou “caminhos técnicos” para solucionar licenças em obras do seu governo, e disse que tentou resolver o problema com Calero, sua equipe e demais ministros por duas vezes.
O porta-voz disse também que o presidente ficou surpreso com boatos de uma suposta gravação de conversa entre ele e Calero. “Especialmente, surpreendem o presidente boatos de que o ex-ministro teria solicitado uma segunda audiência somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para posterior divulgação”, disse Parola.
PODER
Temer fracassou na ética e na economia. A melhor saída é a renúncia
Nesta quinta, ele foi acusado por um de seus ex-ministros, Marcelo Calero, de cometer um crime: pressioná-lo para liberar uma obra ilegal, que favorece seu braço direito Geddel Vieira Lima (leia aqui).
O ministro, como se sabe, tem um apartamento de R$ 2,4 milhões num edifício em Salvador e usou todo seu poder para obter vantagens pessoais. Já é investigado pela comissão de ética da presidência da República e será denunciado pela procuradoria-geral da República pelos crimes de advocacia administrativa e tráfico de influência.
Geddel tem longa ficha corrida, mas Temer decidiu mantê-lo no cargo. Se isso não bastasse, seu governo se movimenta em torno de um objetivo tão espúrio quanto a liberação do espigão de Geddel: a anistia aos políticos que cometeram crimes de caixa dois, associados a vários outros delitos no passado. É uma situação tão esdrúxula, que até mesmo os apoiadores do golpe de 2016 já se movimentam para barrar a pizza que vem sendo preparada pelo Congresso, com total apoio do Palácio do Planalto. Além disso, nos próximos dias, virá a delação da Odebrecht, em que Temer será acusado de pedir R$ 11 milhões a Marcelo Odebrecht, em pleno Palácio do Jaburu.
Temer poderia justificar sua presença no Palácio do Planalto se tivesse, ao menos, algo a mostrar na economia. Mas seu resultados são catastróficos, depois de seis meses no poder: quase 100 mil demissões por mês, queda de 25% na produção de veículos, encolhimento de 6% do varejo e um rombo fiscal inédito, de quase R$ 200 bilhões. Ou seja: tudo deu errado.
Sem autoridade moral e com resultados medonhos na economia, Temer, que já se arrasta, dificilmente chegará a 2018. Pode ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2017, abrindo espaço para eleições indiretas por um parlamento com mais de 200 investigados, ou pode, se tiver um pingo de patriotismo, renunciar à presidência da República ainda neste ano, para que o Brasil tenha a chance de realizar eleições diretas e recuperar sua democracia, depois do vergonhoso golpe parlamentar de 2016.
copiado http://www.brasil247.com/pt
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