Moraes, um brucutu-compadre no STF, coloca o tribunal sob suspeita
O Estadão publica hoje a estranha ironia de que o ministro da
Justiça de Michel Temer tenha, em sua tese de doutorado, registrado sua
visão de que era incompatível com a isenção do Supremo...

O Estadão publica hoje a estranha ironia de que o ministro da Justiça de Michel Temer tenha, em sua tese de doutorado, registrado sua visão de que era incompatível com a isenção do Supremo Tribunal Federal a indicação de pessoas que ocupassem ministérios do presidente que estiver em exercício.
Como se sabe, Alexandre de Moraes vem sendo apontado como um dos possíveis indicados por Michel Temer para a vaga aberta pela morte de Teori Zavascki, o que o tornaria mais um dos nem tão raros “esqueçam o que escrevi” do PSDB.
Mas a indicação não é suspeita porque Moraes seja ministro, simplesmente.
É que Moraes é da cota de quem virou ministro por íntima ligação pessoal com Temer, tanto que, já nos dias anteriores ao golpe, ele era o único – além dos operadores apontados nos depoimentos da Odebrecht, Primo, Babel e Angorá – com presença garantidíssima no governo.
Nem é preciso que aqui se diga os mistérios que ligam ambos e que o mantiveram no cargo mesmo quando até o Estadão dizia que ele era “insustentável” ali e que só o “compadrio com Temer o garantia:
copiado http://www.tijolaco.com.br/blog/O Estadão publica hoje a estranha ironia de que o ministro da Justiça de Michel Temer tenha, em sua tese de doutorado, registrado sua visão de que era incompatível com a isenção do Supremo Tribunal Federal a indicação de pessoas que ocupassem ministérios do presidente que estiver em exercício.
Como se sabe, Alexandre de Moraes vem sendo apontado como um dos possíveis indicados por Michel Temer para a vaga aberta pela morte de Teori Zavascki, o que o tornaria mais um dos nem tão raros “esqueçam o que escrevi” do PSDB.
Mas a indicação não é suspeita porque Moraes seja ministro, simplesmente.
É que Moraes é da cota de quem virou ministro por íntima ligação pessoal com Temer, tanto que, já nos dias anteriores ao golpe, ele era o único – além dos operadores apontados nos depoimentos da Odebrecht, Primo, Babel e Angorá – com presença garantidíssima no governo.
Nem é preciso que aqui se diga os mistérios que ligam ambos e que o mantiveram no cargo mesmo quando até o Estadão dizia que ele era “insustentável” ali e que só o “compadrio com Temer o garantia:
O maior problema é a inaptidão de
Alexandre de Moraes, cuja vocação para o exibicionismo não combina com a
discrição que o cargo de ministro da Justiça exige. Essa inclinação já
havia ficado clara quando Moraes transformou em espetáculo a prisão de
suspeitos de planejar atentados terroristas durante a Olimpíada,
amplificando a ameaça em vez de tranquilizar a sociedade.
Mas só se surpreende com Alexandre de
Moraes quem não o conhece. O paulistano teve a oportunidade de
experimentar seu modo atabalhoado de trabalhar quando ele foi o
“supersecretário” do prefeito Gilberto Kassab, entre 2009 e 2010,
acumulando funções nos Transportes e nos Serviços. Naquele período,
anunciou decisões sem comunicá-las ao chefe, teve de voltar atrás de
medidas apressadas que atrapalharam o trânsito e, em meio a enchentes
causadas pelo acúmulo de lixo em bueiros, disse que a cidade estava mais
limpa do que nunca.
Só velhas relações de compadrio podem explicar como o dono desse desastroso currículo virou ministro da Justiça.
A se confirmarem as notícias dos jornais de hoje, explicarão também que vire ministro do Supremo.
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