Líder do Boko Haram é ferido em bombardeio na Nigéria


BOKO HARAM/AFP/Arquivos / - Captura de vídeo postado pelo Boko Haram em 18 de fevereiro de 2015 de Abubakar Shekau
Abubakar Shekau, líder do grupo islamita Boko Haram, foi ferido e um de seus adjuntos morto em um bombardeio aéreo no noroeste da Nigéria, informaram nesta quarta-feira fontes da segurança.
Dois aviões nigerianos bombardearam combatentes do Boko Haram reunidos em oração na sexta-feira passada em Balla, uma aldeia a cerca de 40 km de Damboa, perto da floresta de Sambisa, um dos esconderijos dos islamitas.
"Shekau foi ferido no bombardeio e estaria sendo cuidado perto da fronteira com Camarões, nos arredores de Kolofata", de acordo com essas fontes.
"Seu adjunto, Abba Mustapha, conhecido como Malam Abba, foi morto bem como outro de seus tenentes, Abubakar Gashua, também conhecido como Abu Aisha", acrescentou a fonte.
Outra fonte, Babakura Kolo, membro de uma milícia civil de Maidaguri, capital do Estado de Borno e berço do grupo islâmico, confirmou essas declarações, dizendo que "Shekau foi ferido e comandantes mortos".
"Entre eles, seu vice Malam Abba. Eles tiveram importantes perdas porque este bombardeio visou os combatentes que participavam nas orações de sexta-feira".
O exército nigeriano não pode ser contactado pela AFP.
As autoridades anunciaram pelo menos três vezes a morte de Shekau.
Mas em março, o líder do Boko Haram apareceu em um vídeo e reivindicou a responsabilidade por uma série de atentados suicidas.
Nos últimos dois anos, os insurgentes foram expulsos da maior parte dos territórios que tomaram em 2014 para fundar um califado islâmico. Mas, apesar desse enfraquecimento, os ataques e atentados suicidas continuam.
O conflito, que dura 8 anos, fez mais de 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados, incluindo quase um milhão apenas na cidade de Maiduguri.
A maioria dos ataques recentes parece ter sido realizados pela facção Al-Barnawi do Boko Haram, reconhecida pelo grupo Estado Islâmico (EI).
A facção rival, a de Shekau, lança sobretudo ataques contra civis, enquanto a de Al-Barnawi visa especialmente aos militares.
 copiado   https://www.afp.com/pt

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