Reforma trabalhista Sessão sobre reforma trabalhista é suspensa após revolta da oposição


Sessão sobre reforma trabalhista é suspensa após revolta da oposição

Do UOL, em São Paulo


O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), suspendeu a sessão desta terça-feira (23) que debatia a reforma trabalhista, após senadores de oposição se revoltarem contra a leitura do parecer sobre o projeto. O senador não afirmou por quanto tempo vale a suspensão, nem se a sessão será retomada ainda hoje.
Estava programada para hoje a leitura do parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista.

Você é a favor da reforma trabalhista?

Durante a manhã e parte da tarde, os membros da comissão ouviram especialistas, em mais uma audiência pública. Em seguida, Jereissati colocou em votação um requerimento da oposição pedindo para adiar a leitura do relatório. O requerimento foi rejeitado.
Quando Jereissati daria a palavra ao senador Ferraço para começar a leitura do parecer, membros da oposição se levantaram e começaram a discutir com governistas, dizendo que o relatório não seria lido. Pessoas que estavam presentes para acompanhar a sessão começaram a gritar "Fora, Temer".
Com a confusão, o presidente da comissão suspendeu a sessão.

Próximos passos

Após a apresentação do parecer, ele deve ser votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Na sequência, a reforma ainda deverá passar por mais duas comissões: a CAS (Comissão de Assuntos Sociais), onde o relator também é o senador Ferraço, e pela CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), onde o relator é o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Se for aprovado nas três comissões, o texto segue para votação no plenário do Senado. Não há um prazo mínimo ou máximo determinado para isso acontecer. Quem determina quando o projeto entra na lista de votações é o presidente do Senado. O texto precisa de maioria simples para ser aprovado, ou seja, metade dos senadores presentes na sessão, mais um.
Se for aprovada pelo Senado, a reforma segue para sanção do presidente Michel Temer (PMDB).

Crise política

A atual crise política no governo Temer gerou debates entre senadores na comissão nesta terça-feira.
Ferraço tinha anunciado, na semana passada, que a análise da reforma trabalhista estava suspensa, após a divulgação das gravações do empresário Joesley Batista, da JBS, com o presidente Michel Temer e outros políticos.
Na segunda-feira, porém, Ferraço voltou atrás, e anunciou a retomada dos trabalhos com a apresentação de seu parecer nesta terça.
Durante a sessão, senadores de oposição protestaram contra o seguimento da proposta, defendendo que a reforma não poderia ser discutida em meio à crise atravessada pelo país.
Ferraço voltou a defender sua decisão. "Ontem cheguei à conclusão que a crise institucional, que é brutal, que vive o nosso país, ela não pode impedir que a gente continue fazendo nosso trabalho aqui no Senado", afirmou na sessão.

O que muda nos direitos trabalhistas

Confira abaixo dez pontos das regras trabalhistas que podem ou não mudar com a reforma:
Clique aqui para saber mais detalhes. Acompanhe a cobertura completa.



copiado https://economia.uol.com.br/noticias/re

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