Lulu não foi arrancada dos braços da família, diz Damares sobre sua filha


Reprodução/Instagram




A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e a filha adotiva, Kajutiti Lulu Kamayurá (esq.)
Lulu não foi arrancada dos braços da família, diz Damares sobre sua filha
Do UOL, em São Paulo
31/01/2019 13h49Atualizada em 31/01/2019 15h23

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou em nota nesta quinta-feira (31) que é a "cuidadora" de Kajutiti Lulu Kamayurá, 20, e que a trata como filha. Ela negou, entretanto, que Lulu tenha sido tirada de sua tribo irregularmente. "Lulu não foi arrancada dos braços dos familiares. Ela saiu com total anuência de todos e acompanhada de tios, primos e irmãos para tratamento ortodôntico, de processo de desnutrição e desidratação. Também veio a Brasília estudar", afirma Damares por meio da assessoria do ministério.A revista Época publicou uma reportagem nesta quinta-feira (31) com depoimentos de índios da aldeia Kamayurá, localizada no centro da reserva indígena do Xingu, no norte de Mato Grosso, que afirmam que Lulu foi retirada irregularmente da tribo, aos 6 anos. Damares apresenta Lulu como sua filha adotiva, mas a adoção nunca foi formalizada legalmente, segundo a própria ministra.
Segundo os índios relataram a revista, Lulu deixou a aldeia levada pela amiga e braço direito de Damares, Márcia Suzuki, sob o pretexto de fazer um tratamento dentário na cidade, mas nunca mais voltou. Márcia fundou, junto com Damares, a ONG Atini, cuja bandeira é salvar crianças indígenas do infanticídio. "Márcia veio na Kuarup (festa tradicional em homenagem aos mortos), olhou os dentes todos estragados (de Lulu) e falou que ia levar para tratar", contou Mapulu, pajé kamayurá e irmã do cacique.
"Damares é uma cuidadora de Lulu e a considera uma filha", afirma a nota. "Como não se trata de um processo de adoção, e sim um vínculo socio-afetivo, os requisitos citados pela reportagem não se aplicam. Ela nunca deixou de conviver com os parentes, que ainda moram em Brasília."
Em resposta a questionamentos da revista Época, a ministra afirmou que a família biológica da filha adotiva a visita regularmente. Perguntada por que a criança não voltou à aldeia após o tratamento dentário, Damares disse que Lulu retornou ao Xingu para visitas. "Ela deixou o local com a família e jamais perdeu o contato com seus parentes biológicos." Os índios, por sua vez, dizem que a primeira visita de Lulu só aconteceu há cerca de dois anos. A questão sobre não ter adotado formalmente a menina foi ignorada pela ministra.
Segundo a revista, para estar de acordo com a lei, a adoção de uma criança indígena precisa passar pelo crivo da Justiça Federal e da Justiça comum. A adoção, ou mesmo a guarda ou a tutela, também dependem do aval da Funai. No processo, uma equipe de estudos psicossociais deve analisar se há vínculos entre a criança e o adotante e se a família mais extensa corrobora a adoção. No caso dos indígenas, deve ser ouvida a aldeia.
Leia a íntegra do texto divulgado pela ministra:
Nota pública sobre repercussões relacionadas à matéria da revista Época
Sobre as repercussões relacionadas à matéria da revista Época no processo de adoção de Lulu Kamayurá, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos esclarece os seguintes pontos:
1. A ministra Damares Alves não estava presente no processo de saída de Lulu da aldeia. As duas se conheceram em Brasília.
2. Lulu não foi arrancada dos braços dos familiares. Ela saiu com total anuência de todos e acompanhada de tios, primos e irmãos para tratamento ortodôntico, de processo de desnutrição e desidratação. Também veio a Brasília estudar.
3. Damares é uma cuidadora de Lulu e a considera uma filha. Como não se trata de um processo de adoção, e sim um vínculo socioafetivo, os requisitos citados pela reportagem não se aplicam. Ela nunca deixou de conviver com os parentes, que ainda moram em Brasília.
4. Lulu não foi alienada de sua cultura e passou por rituais de passagem de sua tribo.
5. Lulu não é pessoa pública. É maior de idade. Não foi sequestrada. Saiu da aldeia com familiares, foi e é cuidada por Damares com anuência destes. Nenhum suposto interesse público no caso deveria ser motivo para a violação do direito a uma vida privada, sem tamanha exposição.

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Bombeiros de Minas Gerais e Israel resgataram 35 corpos em conjunto Após quatro dias de atuação em Minas Gerais, israelenses são homenageados Raquel Dodge cobra que Vale assuma 'responsabilidades' em reparação Depoimentos reforçam suspeita do MP de conluio em barragem de Brumadinho


Mauro Pimentel/AFP

Bombeiros de Minas Gerais e Israel resgataram 35 corpos em conjunto Após quatro dias de atuação em Minas Gerais, israelenses são homenageados Raquel Dodge cobra que Vale assuma 'responsabilidades' em reparação Depoimentos reforçam suspeita do MP de conluio em barragem de Brumadinho


TRAGÉDIA EM BRUMADINHO

Bombeiros de Minas Gerais e Israel resgataram 35 corpos em conjunto


O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, rebateu nesta quinta-feira (31) as críticas de que a saída dos militares das tropas israelenses teria sido motivada por problemas com a corporação. Segundo Ahirara, os grupos fizeram um trabalho integrado e, juntos, resgataram 35 corpos da lama de rejeitos após a tragédia em Brumadinho (MG).

Para exemplificar a sinergia entre eles, Aihara afirmou que a cada corpo encontrado pelas equipes de resgate, em vez de fazerem uma oração em respeito à vítima, acordou-se em fazer um minuto de silêncio, devido às diferenças culturais entre brasileiros e israelenses.

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Até o início da tarde desta quinta, 99 corpos haviam sido encontrados, e desses, 57 foram identificados. Há ainda 257 pessoas desaparecidas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros não atualizaram os números de mortos e devem anunciar novo balanço no fim dos trabalhos de resgate desta quinta.

"É um costume, quando encontramos um corpo, em respeito às crenças dos bombeiros e às vítimas, realizamos uma oração. Nesse caso, como estávamos atuando em equipes conjuntas e existia uma diferença de religião, no intuito de atingirmos um momento que agregasse a todos, ao invés de fazermos uma oração, optamos juntos por, a cada corpo encontrado, fazer um minuto de silêncio entre as equipes", contou.

Segundo ele, o retorno das tropas israelenses estava previsto para manhã, mas foi adiantado para o fim da tarde desta quinta-feira "por questões de voos".

Antes, o porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, havia afirmado que as tropas voltariam hoje porque devem chegar à Israel antes das 18h de amanhã, por motivos religiosos.

Aihara disse ainda que os israelenses ficaram "impressionados com o trabalho" dos bombeiros e que os brasileiros também aprenderam com os visitantes. "Técnicas que eram desconhecidas por nós foram ensinadas [por eles], como desmanche hidráulico, manuseio de equipamentos como georreferenciamento por drones, sonares e alguns tipos de radares, que foram muito importantes para a localização dos corpos", afirmou.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foi feita na manhã de hoje uma homenagem aos 136 militares israelenses no quartel do 12º batalhão do Exército Brasileiro.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou a sua conta no Twitter para agradecer a atuação de Israel na tragédia.

Jair M. Bolsonaro
@jairbolsonaro
As bravas tropas israelenses, cedidas pelo Primeiro Ministro @netanyahu, encerram hoje a missão no Brasil. Agradeço, em nome do povo brasileiro, ao Estado de Israel pelos serviços prestados em Brumadinho-MG em parceria com nossos Guerreiros das Forças Armadas e Bombeiros.
43,8 mil

09:26 - 31 de jan de 2019

Informações e privacidade no Twitter

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A ajuda de Israel no desastre causado pelo rompimento da barragem da Vale foi oferecida pelo premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, ao presidente Jair Bolsonaro. Além da tropa, o exército também trouxe 16 toneladas de equipamentos para ajudar as autoridades brasileiras nas buscas.
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Donos de rádio e TV formarão bancada de pelo menos 26 parlamentares no novo Congresso

Donos de rádio e TV formarão bancada de pelo menos 26 parlamentares no novo Congresso

O fenômeno não é novo, já foi objeto de inúmeras pesquisas e publicações e atualmente é alvo de ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda assim, concluídas quase duas décadas do novo século, a Justiça brasileira não deu nenhuma resposta definitiva e republicana ao chamado “coronelismo eletrônico” (ou quando políticos eleitos mantêm concessões públicas de radiodifusão). São 20 deputados federais, seis senadores e um governador nominalmente vinculados a veículos de comunicação nesta nova legislatura. Além de outros que mantêm ligações familiares e/ou profissionais com grandes redes de comunicação.
No levantamento realizado pelo Intervozes[1], a Bahia aparece como o estado com maior número de eleitos que mantém concessões de rádio e TV: três no total. Os deputados federais reeleitos Félix Mendonça (PDT) e José Rocha (PR), que foram apontados em levantamento semelhante, realizado no início de 2015 – e que deu origem a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 379/2015 – seguem figurando no quadro societário de empresas radiodifusoras, à revelia da lei. Eles são sócios proprietários, dentre outras, da Rádio FM Macaubense e da Rio Alegre Radiodifusão, respectivamente.
Estados como Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte também diplomaram políticos diretamente ligados a empresas de radiodifusão.
Os deputados federais reeleitos Domingos Neto (PSD-CE), João Marcelo (MDB-MA), Dr. Damião (PDT-PB), Efraim Filho (DEM-PB), Júlio Cesar (PSD-PI), Átila Lira (PSB-PI), Fábio Faria (PSD-RN) e o eleito João Maia (PR-RN), que volta à Câmara após quatro anos, fazem parte de um leque amplo de parlamentares que possuem concessões de rádio e televisão no Brasil. Além desses, há o já bem conhecido caso do deputado federal reeleito Gonzaga Patriota (PSB-PE), dono da Rede Brasil de Comunicação.
O caso de João Maia é no mínimo curioso. Ele declarou ao TSE ser sócio da Estação Jardim FM. No entanto, o CNPJ da empresa não consta do cadastro do Sistema de Acompanhamento de Controle Societário (Siacco) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que levanta suspeitas sobre a própria legalidade dessa concessão.
Mas se engana quem acha que o fenômeno do controle dos veículos de comunicação por políticos se mantém circunscrito a estados do Nordeste. Em São Paulo, o deputado federal Luis Felipe Tenuto Rossi, popularmente conhecido como Baleia Rossi, que já é alvo de ação do MPF por fazer parte do quadro societário das emissoras Rádio Show de Igarapava e Rádio AM Show, manteve-se no cargo, ao ser reeleito em 2018.
Em 2019, o nome de Baleia Rossi segue aparecendo no quadro societário da Rádio AM Show junto com outros quatro sócios. Aparentemente, todos membros da família do deputado.
A decisão da Justiça de São Paulo é resultado de uma estratégia que se iniciou em 2015, a partir de representações públicas propostas por organizações sociais ao MPF. Vários estados promoveram ações civis públicas para cancelar as concessões de políticos eleitos. Em muitos casos, houve decisão em primeira instância pelo cancelamento das concessões; em outros, houve a saída do político do quadro societário da empresa.
Além de São Paulo, políticos de Minas Gerais como os tucanos Rodrigo de Castro (deputado reeleito) e Aécio Neves, que troca o Senado pela Câmara, possuem seus nomes vinculados ao Siacco. Vale lembrar que Aécio Neves vendeu as cotas de participação na Rádio Arco-Íris à sua irmã Andréa Neves, em setembro de 2016, depois de ter sido acionado pelo MPF de Minas Gerais. Ao que tudo indica os documentos relativos à concessão não foram atualizados junto a Anatel, o que já constitui irregularidade.
Em Goiás, a deputada reeleita Magda Mofatto (PR-GO) aparece como sócia da Rádio e Televisão Di Roma. Na região Sul os deputados Ricardo Barros (PP-PR) e Rubens Bueno (PPS-PR) também aparecem como sócios de empresas de radiodifusão, juntamente com o senador eleito Jorginho Mello (PR-SC).
E por falar em senadores, a bancada da radiodifusão formada também por eles, recebeu uma nova leva de eleitos em 2018 que possui concessões em seu nome.
São eles Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que é sócio da Rádio Ritmo e ainda possui outras empresas ligadas ao ramo como a MK Comunicações, e Jorginho Mello, já citado, que é sócio da Rádio Santa Catarina. Eles não são exatamente novatos: Arolde de Oliveira foi deputado federal pelo Rio de Janeiro por nove mandatos consecutivos e Jorginho Mello já figurava entre os políticos citados na ADPF 379/2015 por manter concessões de veículos de radiodifusão.
Eles se juntam a um grupo já bastante conhecido de políticos radiodifusores, como o senador reeleito Jader Barbalho (MDB-PA), dono da RBA Rede Brasil Amazônia de Televisão, e dos senadores Fernando Collor (Pros-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Roberto Rocha (PSB-MA), proprietários, respectivamente, da TV e Rádio Gazeta de Alagoas; da TV e Rádio Jangadeiro, e da Rádio Ribamar. Esses três últimos, embora não tenham sido eleitos em 2018, seguem como representantes de seus estados no Senado.
No Norte do país também vale citar o desempenho eleitoral do clã Barbalho, que além do senador Jader Barbalho, reelegeu a deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA). Filho de Jader e Elcione, Helder Barbalho (MDB) assumiu o governo do Pará, cargo já ocupado pelo patriarca, em 1º de janeiro. Juntos, eles controlam uma extensa rede de comunicação que inclui concessões de rádio e televisão, jornais diários e produtoras de conteúdo.
Lentidão da Justiça
O Artigo 54 da Constituição Federal é evidente ao dizer que deputados e senadores não poderão “firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes”. E é a partir desta regra que organizações da sociedade civil têm atuado para que se faça cumprir a Constituição.
Desde 2011 encontra-se no STF a ADPF 246, que argumenta sobre a inconstitucionalidade da questão e solicita a revogação dos atos do Poder Público relativos às concessões públicas de rádio e TV para políticos eleitos. A ela se somou a ADPF 379, que atualiza os dados dos políticos radiodifusores e incorpora pareceres produzidos no âmbito do Sistema de Justiça nos últimos anos. Ambas as ADPFs estão sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
No último mês de dezembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deu novo passo rumo à consolidação da tese da inconstitucionalidade de políticos serem sócios e/ou diretores em empresas de radiodifusão. Em parecer enviado ao STF, no âmbito da ADPF 429/2018, ela afirma que há “[...] potencial risco de que se utilizem dos canais de radiodifusão para defesa de interesses próprios ou de terceiros, em prejuízo da escorreita transmissão de informações, constitui grave afronta à Constituição brasileira”.
A ADPF 429/2018 foi movida, no final de 2017, pela Advocacia Geral da União (AGU), a pedido do então presidente Michel Temer (MDB). A arguição pretendia impedir, por meio de medida cautelar, que novas decisões sobre cancelamento de concessões fossem tomadas em primeira instância (como nos casos de Beto Mansur e Baleia Rossi em São Paulo, já citados). O objetivo do governo era fortalecer, por meio da arguição, a tese da legalidade das concessões, garantindo que políticos de sua base aliada se mantivessem a frente de veículos de comunicação. Uma jogada espúria do governo Temer contra a própria democracia. Essa ADPF encontra-se sob a relatoria da ministra Rosa Weber.
O parecer de Raquel Dodge reforça a tese das organizações sociais e do próprio MPF e pode ser um passo importante para o futuro cumprimento da Constituição. A partir de agora, espera-se que o próprio STF agende a audiência para julgar as arguições e com isso ponha, de uma vez por todas, fim à farra das concessões de rádio e TV em nome de políticos eleitos.
Ligações perigosas
Nem sempre a relação entre um político eleito e uma concessão pública de rádio e televisão é explícita, embora na maioria dos casos seja facilmente desvendada a partir de uma busca simples em órgãos públicos e sistemas de controle societários.
Soraya Santos (PR-RJ), por exemplo, reeleita deputada em 2018, era sócia proprietária em 2015 da Rádio Musical de Cantagalo. Disse em entrevista à época que havia vendido a rádio para uma igreja. No Siacco, no entanto, a rádio consta em nome de Josias Goncalves da Cruz e de Alexandre José dos Santos. Acontece que esse último é o esposo da deputada Soraya Santos e também já exerceu mandato parlamentar, embora atualmente seja apenas empresário. Em outras palavras, tudo em família!
Além de controlar a Rede Nossa Rádio, o deputado reeleito Davi Soares (DEM-SP) é filho do empresário da fé Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido por R. R. Soares. Esse, por sua vez, é proprietário da Televisão Cidade Modelo, também conhecida como Rede Internacional de Televisão (RIT). Segundo o levantamento do Intervozes, R. R. Soares possui 13 empresas no ramo da comunicação, entre concessões públicas, produtoras e empresas de TV a cabo.
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está na metade do mandato no Senado, é membro de uma família proprietária de vários veículos de comunicação, entre os quais, Rádio Marco Zero, TV Amazônia e Rede Amapaense de Radiodifusão. Jayme Campos (DEM-MT), que está de volta ao Senado, já constou da lista de sócios da Rádio Industrial de Várzea Grande. Ele não tem seu nome listado no quadro societário, mas a empresa é mais uma que segue em família, sendo controlada por seu irmão Júlio José de Campos, ex-deputado e ex-governador, e sua sobrinha Consuelo Maria Pinto de Campos.
Entre os governadores, há o caso do paranaense Carlos Roberto Massa Júnior, o Ratinho Júnior. Ele é filho do empresário, apresentador e concessionário de emissoras de rádio e TV Carlos Roberto Massa, o Ratinho, fundador e proprietário do Grupo Massa, que mantém a Rede Massa de Comunicação, afiliada do SBT no Paraná.
Há ainda o caso dos políticos eleitos que são apresentadores de programas de TV – fenômeno que só cresce no Brasil. Ora apresentadores de programas de variedades/celebridades, ora dos chamados programas policialescos, eles têm ocupado cada vez mais espaço e destaque na política.
É possível citar alguns dos deputados federais eleitos em 2018 que são apresentadores, como Bibo Nunes (PSL-RS), que comanda alguns programas em TV aberta e a cabo no Rio Grande do Sul, Amaro Neto (PRB-ES), do Balanço Geral na TV Vitória, afiliada da Record. Também ganhou projeção como apresentador de TV Wilson Lima (PSC), novo governador do Amazonas. Se considerados os cargos regionais como deputados estaduais e vereadores, esse número será ainda maior.
Infelizmente, com exceção da lei eleitoral que proíbe a aparição nos programas durante o período de campanha, não há uma legislação que impeça que políticos apresentem programas de rádio e televisão e, com isso, alavanquem suas carreiras políticas. Se quisermos manter um nível de equilíbrio democrático nas eleições, em um cenário em que a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV perde importância, precisaremos pensar (e legislar) sobre isto.

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Reforma incluirá militares, diz secretário da Previdência: “Ninguém vai ficar de fora”


Reforma incluirá militares, diz secretário da Previdência: “Ninguém vai ficar de fora”

O secretário da Previdência, Rogério Marinho, disse na noite dessa quarta-feira (30) que todos os segmentos da sociedade, inclusive os militares, serão incluídos na reforma da Previdência. Segundo ele, a proposta deve ser apresentada aos parlamentares até o fim de fevereiro. "Ninguém vai ficar de fora. O governo vai apresentar um projeto que vai levar em consideração todos os segmentos da sociedade brasileira”, disse Marinho.
De acordo com o secretário, todos terão de dar sua contribuição. “Uma outra determinação do nosso presidente [Jair Bolsonaro] foi que todos têm que contribuir. Todos têm que contribuir. Esse é o esforço de salvarmos o sistema previdenciário e apresentarmos uma nova Previdência no Brasil. Então a responsabilidade é de todos ", afirmou.
As declarações foram dadas pelo ex-deputado, que relatou a reforma trabalhista na Câmara, em jantar oferecido pelo Instituto CEP Liderança Pública a congressistas em Brasília. “O parlamentar vai se sentir confortável em votar o projeto que diz respeito a todos os estados e municípios da Federação. O sentimento que os governadores têm é de que não é possível adiar a necessidade de fazer uma nova previdência no país”, disse. “Não é mais possível adiar a necessidade de fazermos uma nova Previdência nesse país. E a responsabilidade está nas mãos dos senhores e das senhoras aqui presentes”, acrescentou Marinho.
Segundo ele, oito governadores já declararam ao governo apoio à reforma. “As finanças públicas se deterioraram e também teve uma deterioração gradativa dos serviços públicos. Governadores passaram a ser gestores de folha de pagamento. O presidente Bolsonaro quer uma reforma com justiça social. É importante que essa rede de proteção social seja preservada. Quem tem menos, contribui menos e quem tem mais, contribui proporcionalmente mais. Nosso sistema é injusto e insustentável”, declarou.
Ainda ontem, em reunião mais cedo com grupo de prefeitos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu a inclusão de todas as categorias na reforma, incluindo militares e funcionários públicos estaduais e municipais.
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Nova fase da Lava Jato investiga pagamento de propina a políticos do MDB

Nova fase da Lava Jato investiga pagamento de propina a políticos do MDB


Em sua 59ª fase, deflagrada nesta quinta-feira (31), a Operação Lava Jato prendeu o ex-presidente do Grupo Estre Wilson Quintella Filho e o advogado e ex-executivo do grupo Mauro de Morais. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em São Paulo e Araçatuba (SP).
Batizada de Quinto Ano, a operação apura o pagamento de propina pelo Grupo Estre em 37 contratos que totalizaram, entre 2008 e 2017, mais de R$ 682 milhões, assim como pagamentos ilícitos superiores a R$ 22 milhões. A empresa prestou serviços na área ambiental, de reabilitação de dutos e de construção naval para a Transpetro, subsidiária da Petrobras. As investigações tiveram como ponto de partida a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Ex-senador pelo Ceará, Machado foi indicado ao cargo pelo MDB. O Ministério Público Federal diz que pretende avançar nas investigações para saber que outros emedebistas foram favorecidos pelo esquema.
“Na maioria dos esquemas de corrupção identificados pela Lava Jato, foi constatado o comprometimento de importantes agentes públicos amparados por um braço político-partidário. O esquema de corrupção cuja investigação se aprofunda hoje não foge a essa regra. O ex-presidente da Transpetro, indicado e mantido no cargo pelo então PMDB, explicou que parte das propinas que recebeu foi destinada a importantes políticos do partido. É essencial que as investigações avancem e os fatos sejam completamente esclarecidos”, afirma o procurador da República Roberson Pozzobon.
Nuvem de suspeita
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da República Deltan Dallagnol reforçou pelo Twitter a necessidade de apurar o envolvimento de políticos do MDB nos desvios. “Ex-presidente da Transpetro confessou que repassava parte das propinas para políticos importantes do PMDB. Fatos precisam ser esclarecidos. Não é saudável para o país que paire uma nuvem de suspeita sobre pessoas que ocupam relevantes cargos públicos."

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Propostas de CPI sobre Brumadinho têm alvos diferentes

Propostas de CPI sobre Brumadinho têm alvos diferentes

Pelo menos dois senadores e dois deputados federais eleitos que tomam posse na próxima sexta-feira (1) estão propondo uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as circunstâncias da tragédia de Brumadinho. Os parlamentares querem uma investigação sobre o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, que teve 84 mortos confirmados e 276 desaparecidos até a noite da última terça (29).
Os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os deputados federais eleitos Rogério Correia (PT-MG) e Joice Hasselmann (PSL-SP) pretendem apresentar requerimentos de CPI assim que os trabalhos do Congresso começarem.
Suas abordagens, no entanto, são divergentes. Enquanto os pedidos de Alencar e Joice são mais focados especificamente no rompimento da barragem da Vale, Randolfe e Correia querem abarcar o setor de mineração como um todo e os danos socioambientais decorrentes da atividade. O petista fala em "investigar as práticas exploratórias da Vale".
Desde que colha assinaturas de um terço dos parlamentares (27 para o Senado 171 para a Câmara), qualquer congressista pode pedir uma CPI. Em tese, aquele que apresentar antes o requerimento já com as assinaturas terá preferência.
Neste caso de investigações semelhantes, porém, o Congresso tenderá a organizar uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista e Inquérito), ou, no máximo, apenas uma investigação em cada Casa.
Confira um resumo de cada proposta:
Senador Otto Alencar (PSD-BA) - Quer investigar, especificamente, "as causas do rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, da empresa de mineração Vale, em Brumadinho". O objetivo, segundo o texto de requerimento, é "identificar os responsáveis, quais foram as falhas dos órgãos competentes, os autores dos laudos técnicos", além de tomar "todas as providências cabíveis para evitarmos novos acidentes".
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - Este pedido tem um escopo mais amplo que o de Alencar. A Rede quer apurar "as denúncias sobre os crimes ambientais e contra o patrimônio público perpetrados por entes públicos e/ou privados no setor de mineração e nos processos de construção, operação e desativação de quaisquer tipos de barragens, dutos de minério e óleo e instalações portuárias para escoamento", além de cobrar "o cumprimento das ações de reparação ao meio ambiente".
Deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) - Também pede apuração específica sobre a tragédia de Brumadinho. Segundo o texto do requerimento, a ideia é "investigar as causas do rompimento da barragem" em Brumadinho, "bem como apurar responsabilidades por esse sinistro e avaliar formas de minorar os riscos" de novos acidentes.
Deputado eleito Rogério Correia (PT-MG) - Requerimento está sendo feito na tarde desta quarta (30) por deputados da bancada mineira da Câmara. Segundo a assessoria de Correia, a ideia é "investigar as práticas exploratórias da Vale, como por exemplo, o modelo atual de mineração, que é extremamente prejudicial ao meio ambiente e à população local". O partido também apoia uma CPI na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
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Damares é acusada de sequestrar e criar ilegalmente criança indígena. Ministra contesta: “Total anuência”


Damares é acusada de sequestrar e criar ilegalmente criança indígena. Ministra contesta: “Total anuência”


Integrantes da tribo indígena Kamayurá, no Xingu, em Mato Grosso, acusam a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de ter tirado uma criança de seis anos da aldeia sob a alegação de que a levaria para um tratamento dentário. A criança nunca mais foi devolvida aos familiares e hoje, aos 20 anos, é apresentada por Damares como sua filha adotiva, embora a adoção não tenha sido formalizada. As informações são de reportagem da revista Época, que começou a circular na manhã desta quinta-feira (31).
De acordo com membros da aldeia ouvidos pela revista, Kajutiti Lulu Kamayurá era criada pela avó paterna, Tanumakuru, após ter sido rejeitada pela mãe. “A branca levou a Lulu”, diz, em tupi, a senhora de quase 80 anos que estampa a capa da revista. "Chorei, e Lulu estava chorando também por deixar a avó. Márcia levou na marra. Disse que ia mandar de volta, que quando entrasse de férias ia mandar aqui. Cadê?", questiona Tanumakuru. Ela afirma que nunca foi informada de que a criança não voltaria.

Os indígenas alegam que Lulu foi levada por Márcia Suzuki, amiga de Damares, sob o pretexto de que a garota precisava fazer um tratamento de dente na cidade. "Márcia veio na Kuarup (festa tradicional em homenagem aos mortos), olhou os dentes todos estragados (de Lulu) e falou que ia levar para tratar", afirma Mapulu, pajé kamayurá e irmã do cacique. Amigas, Márcia e Damares são fundadoras da ONG Atini, que se apresenta como organização sem fins lucrativos “reconhecida internacionalmente por sua atuação pioneira na defesa do direito das crianças indígenas”.
Salva de infanticídio
Em resposta à revista, a ministra diz que Lulu foi salva de infanticídio porque seria morta pela mãe. Segundo ela, a família biológica visita a jovem com regularidade. A ministra conta que a filha adotiva retornou à aldeia para reencontrar familiares após o tratamento dentário. "Ela deixou o local com a família e jamais perdeu o contato com seus parentes biológicos", afirma. Indígenas ouvidos pela reportagem alegam que a primeira visita de Lulu só ocorreu há dois anos.
Em nota divulgada após a repercussão da reportagem, Damares diz que não está vinculada a Lulu por um processo de adoção, mas por "vínculo socioafetivo".  A ministra afirma que a jovem não foi "arrancada dos braços dos familiares" e que sua saída teve "total anuência de todos". Veja o comunicado da ministra:
"Sobre as repercussões relacionadas à matéria da revista Época no processo de adoção de Lulu Kamayurá, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos esclarece os seguintes pontos:


  1. A ministra Damares Alves não estava presente no processo de saída de Lulu da aldeia. As duas se conheceram em Brasília.
  2. Lulu não foi arrancada dos braços dos familiares. Ela saiu com total anuência de todos e acompanhada de tios, primos e irmãos para tratamento ortodôntico, de processo de desnutrição e desidratação. Também veio a Brasília estudar.
  3. Damares é uma cuidadora de Lulu e a considera uma filha. Como não se trata de um processo de adoção, e sim um vínculo socioafetivo, os requisitos citados pela reportagem não se aplicam. Ela nunca deixou de conviver com os parentes, que ainda moram em Brasília.
  4. Lulu não foi alienada de sua cultura e passou por rituais de passagem de sua tribo.
  5. Lulu não é pessoa pública. É maior de idade. Não foi sequestrada. Saiu da aldeia com familiares, foi e é cuidada por Damares com anuência destes. Nenhum suposto interesse público no caso deveria ser motivo para a violação do direito a uma vida privada, sem tamanha exposição."
A Fundação Nacional do Índio (Funai), hoje subordinada a Damares, afirma que a retirada de crianças de uma aldeia é ilegal e que a adoção depende de aprovação da Justiça Federal e do próprio órgão. Ao longo do processo, uma equipe de estudos psicossociais deve ouvir a tribo e analisar se há vínculos entre a criança e o adotante e se a família mais extensa aceita a adoção.
Índios contaram à revista que a mãe biológica de Lulu não tinha condições de cuidar dela e que foi deixada com a avó paterna. Por causa da falta de comida e remédio, segundo eles, a criança ficou desnutrida e foi levada de avião por servidores que cuidam da saúde dos indígenas na região. Apesar de ter se recuperado, ficou com a dentição torta pelo uso de mamadeira.
Os kamayurás rebatem as acusações de maus-tratos feitas pela ministra. "Quem sofreu mesmo, quem ficava acordada fazendo mingau, era a vovó Tanumakaru, não a Damares. Ajudei a buscar leite nessa época", disse a pajé Mapulu. Ela admite que já houve sacrifício de crianças na aldeia, mas afirma que esse não seria o destino de Lulu. "Antigamente, tinha o costume de enterrar. Hoje, a lei mudou", completou a pajé em entrevista aos repórteres Natália Portinari e Vinicius Sassine.
Congresso em Foco procurou a Atini para que a ONG e Márcia Suzuki se manifestassem, mas não houve retorno até o momento. A reportagem será atualizada assim que forem apresentados novos esclarecimentos.
Sob investigação
Pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular, Damares disse durante um culto, em 2013, que salvou Lulu da miséria dos kamayurás e do infanticídio. Segundo ela, se tivesse ficado na aldeia, a menina seria escrava do próprio povo.
Criada em 2006, a Atini é alvo de indigenistas e do Ministério Público, que falam em tráfico e sequestro de crianças e incitação ao ódio contra indígenas. De acordo com a Folha de S.Paulo, a Polícia Federal pediu, em 2016, informações à Funai sobre suspeitas de "tráfico e exploração sexual" de indígenas — despacho da fundação cita a Atini e outras duas ONGs.
A organização diz que, com seu trabalho, já salvou ao menos 50 crianças em situação de risco, algumas delas enterradas vivas. Em entrevista à Folha, a advogada da entidade, Maíra de Paula Barreto Miranda, afirmou que o problema da matança de crianças é real e não deve ser justificado pelo relativismo cultural nem desmerecido por ativistas. Damares se afastou da Atini em 2015.



Os indígenas alegam que Lulu foi levada por Márcia Suzuki, amiga de Damares, sob o pretexto de que a garota precisava fazer um tratamento de dente na cidade. "Márcia veio na Kuarup (festa tradicional em homenagem aos mortos), olhou os dentes todos estragados (de Lulu) e falou que ia levar para tratar", afirma Mapulu, pajé kamayurá e irmã do cacique. Amigas, Márcia e Damares são fundadoras da ONG Atini, que se apresenta como organização sem fins lucrativos “reconhecida internacionalmente por sua atuação pioneira na defesa do direito das crianças indígenas”.
Salva de infanticídio
Em resposta à revista, a ministra diz que Lulu foi salva de infanticídio porque seria morta pela mãe. Segundo ela, a família biológica visita a jovem com regularidade. A ministra conta que a filha adotiva retornou à aldeia para reencontrar familiares após o tratamento dentário. "Ela deixou o local com a família e jamais perdeu o contato com seus parentes biológicos", afirma. Indígenas ouvidos pela reportagem alegam que a primeira visita de Lulu só ocorreu há dois anos.
Em nota divulgada após a repercussão da reportagem, Damares diz que não está vinculada a Lulu por um processo de adoção, mas por "vínculo socioafetivo".  A ministra afirma que a jovem não foi "arrancada dos braços dos familiares" e que sua saída teve "total anuência de todos". Veja o comunicado da ministra:
"Sobre as repercussões relacionadas à matéria da revista Época no processo de adoção de Lulu Kamayurá, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos esclarece os seguintes pontos:
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