Pronunciamento na TV Trump alega 'crise humanitária' ao defender muro com o México Líderes da oposição responderam em seguida, dizendo que barreira é ineficiente.

Trump durante pronunciamento na TV nesta quarta-feira (9) — Foto: REUTERS/Carlos Barria

 Pronunciamento na TV Trump alega 'crise humanitária' ao defender muro com o México Líderes da oposição responderam em seguida, dizendo que barreira é ineficiente.
Trump alega 'crise humanitária' ao defender muro com o México

Em pronunciamento na TV, presidente dos EUA fez apelo para aprovação de verba para barreira na fronteira. Queda de braço com democratas trava o Orçamento e paralisa o governo.

Por G1

O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu a construção do muro com o México em pronunciamento na noite de terça-feira (madrugada de quarta, no Brasil). Ele disse que há uma crise humanitária e de segurança na fronteira e voltou a culpar os democratas pela paralisia orçamentária.
"Meus compatriotas americanos, esta noite estou falando com vocês porque há uma crescente crise humanitária e de segurança em nossa fronteira sul", declarou em discurso solene, em horário nobre e em rede nacional de televisão.
"Nossa fronteira sul é passagem para uma grande quantidade de drogas ilegais, incluindo metanfetamina, heroína, cocaína e fentanil. A cada semana, 300 dos nossos cidadãos morrem apenas pela heroína", destacou.
O presidente americano também atacou a oposição: “quanto sangue americano terá que ser derramado até que o Congresso aprove?”.
O discurso de Trump é uma tentativa de convencer os americanos de que o muro na fronteira com o México, que custará mais de US$ 5 bilhões, é fundamental para a segurança do país.
Por causa desse projeto, Trump trava uma queda de braço com os democratas no Congresso, que resultou na suspensão do financiamento de setores do governo. A paralisação parcial da administração e o congelamento de salários, chamado de 'shutdown', entrou no 19º dia e afeta 800 mil funcionários federais.

Sem emergência nacional

Porém, Trump não declarou emergência nacional durante o discurso- como alguns especulavam-, o que lhe permitiria usar verbas destinadas a obras militares para construir o muro e driblar o impasse com o Congresso. A iniciativa estaria sujeita a ser imediatamente impugnada na Justiça.
A lei de emergência já foi adotada em várias ocasiões, como na presidência de George W. Bush (após os atentados de 11 de setembro de 2001) e pela administração de Barack Obama (durante a epidemia de gripe H1N1 para suspender algumas disposições do sigilo médico).
O presidente americano convidou as lideranças do Congresso para uma reunião nesta quarta-feira, na Casa Branca.

Violência

"Todos os americanos são feridos pela imigração ilegal descontrolada."
Do Salão Oval da Casa Branca, o presidente também evocou os perigos enfrentados durante os imigrantes durante a travessia.
"Uma em cada três mulheres é sexualmente atacada na perigosa caminhada pelo México. As mulheres e as crianças são, de longe, as maiores vítimas do nosso sistema fragmentado. Esta é a trágica realidade da imigração ilegal na nossa fronteira sul."
As estatísticas e os números apresentados durante o discurso são questionados pela oposição e pela imprensa. Segundo o "New York Times", que transmitiu o pronunciamento ao vivo em seu site e confrontou as frases de Trump com serviço de checagem de fatos, alguns dados são enganosos.
De acordo com o jornal, apesar do tráfico de heroína pela fronteira sul dos EUA, outras drogas são enviadas diretamente da China por entradas legais.

Trump disse ainda que os EUA não conseguem mais acomodar imigrantes que entram ilegalmente no país. "Estamos sem espaço para segurá-los e não temos como devolvê-los de volta ao país deles", disse.
copiado https://g1.globo.com/mundo

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