DESASTRE EM BRUMADINHO Vale suspende pagamento de bônus a executivos após tragédia em MG Desastre afeta mais a imagem do que as finanças da Vale, dizem analistas Lei de segurança de barragens, aprovada há oito anos, ainda patina Ministro quer responsabilizar pessoas físicas que assinam laudos


Vale suspende pagamento de bônus 
a executivos após tragédia em MG


Vale cancela pagamento de bônus a executivos
Josias de Souza
28/01/2019 02h53
A mineradora Vale realizou neste domingo uma reunião extraordinária do seu Conselho de Administração. No final da noite, anunciou a adoção de medidas provocadas pelo rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG). Entre elas a suspensão do pagamento de bônus aos seus executivos por participação nos resultados da companhia. Na Vale, a remuneração variável pode render aos dirigentes até 150% dos vencimentos fixos.
Num instante em que os bombeiros ainda contam os mortos e procuram desaparecidos sob a lama, a premiação de executivos da Vale seria um escárnio. O conselho decidiu suspender também o pagamento aos seus acionistas de dividendos e juros sobre o capital próprio.
Criaram-se, de resto, dois "comitês independentes". Um deles, de "apoio e reparação", cuidará da assistência às vítimas e da recuperação do estrago ambiental. Outro, de "apuração", acompanhará a investigação interna para identificar as causas e os responsáveis pelo segundo rompimento de barragem apenas três anos e dois meses depois da tragédia ocorrida em Mariana (MG).
Embora os dois conselhos carreguem o adjetivo "independente" enganchado no nome, seus membros —a maioria "externos"— serão indicados pelo próprio Conselho de Administração. Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Vale:
Vale informa sobre deliberações pelo Conselho de Administração em função do rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão
Em função do rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), a Vale informa que o Conselho de Administração, em reunião extraordinária, no dia 27.01.2019, deliberou as seguintes medidas de governança:
Com fundamento no Art. 15, §1º do Estatuto Social, constituiu dois Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário ("CIAE") ao Conselho de Administração, coordenados e compostos por maioria de membros externos, independentes, de reputação ilibada e com experiência nos temas de que se ocuparão, a serem indicadas pelo Conselho.
O primeiro Comitê Independente será dedicado ao acompanhamento das providências destinadas à assistência às vítimas e à recuperação da área atingida pelo rompimento da barragem, de modo a assegurar que serão empregados todos os recursos necessários – "CIAE de Apoio e Reparação".
O segundo Comitê Independente será dedicado à apuração das causas e responsabilidades pelo rompimento da barragem – "CIAE de Apuração".
Adicionalmente, deliberou as seguintes mudanças no sistema de remuneração e incentivos:
A suspensão da Política de Remuneração aos Acionistas e, consequentemente, o não pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, bem como qualquer outra deliberação sobre recompra de ações de sua própria emissão; e
Suspensão do pagamento de remuneração variável aos executivos.
O Conselho de Administração permanece em prontidão e acompanhando a evolução dos eventos relativos ao rompimento da barragem e tomará as medidas adicionais necessárias."
copiado https://www.uol.com.br/

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    Postagem em destaque

    Ao Planalto, deputados criticam proposta de Guedes e veem drible no teto com mudança no Fundeb Governo quer que parte do aumento na participação da União no Fundeb seja destinada à transferência direta de renda para famílias pobres

    Para ajudar a educação, Políticos e quem recebe salários altos irão doar 30% do soldo que recebem mensalmente, até o Governo Federal ter f...