México reafirma que T-MEC está 'fechado' e não contempla mudanças
GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP / MARK WILSONPrincipal negociador dos EUA em negociações comerciais com a China, Robert Lighthizer, em audiência na Câmara dos Deputados em Washington, em 27 de fevereiro de 2019
Jesús Seade, homem-chave do governo mexicano na renovação com acordo comercial com Estados Unidos e Canadá, se mostrou contrário a fazer mudanças no pacto alcançado no fim do ano passado, apesar das críticas feitas por representantes democratas nos Estados Unidos sobre o tratado.
"A mudança não é o caminho, é um tratado fechado", disse Seade à imprensa.
Atualmente, ele ocupa o cargo de subsecretário para América do Norte na Chancelaria mexicana.
O acordo, denominado T-MEC em espanhol, que substituirá o Acordo de Livre-Comércio de América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), vigente desde 1994, foi assinado no fim de novembro pelos presidentes dos três países, mas ainda deve ser ratificado por seus respectivos Congressos.
A aprovação pelos Legislativos, contudo, deve enfrentar obstáculos, sobretudo pelos atritos políticos entre o presidente americano, o republicano Donald Trump, e a maioria democrata na Câmara dos Representantes - onde alguns deputados afirmam que o acordo é fraco nos padrões ambientais e trabalhistas.
Seade admitiu que a oposição ao acordo é um tema "complicado", e disse que é necessário escutar e entender os argumentos de seus críticos.
"O que eu digo é: quero entender do que estão falando, quero entender qual é o problema e vamos ver como se resolve", disse.
O representante comercial americano, Robert Lighthizer, alertou o Congresso no final de fevereiro que a aprovação do T-MEC, resultado de uma complexa renegociação de quase um ano, é crucial para as negociações que seu país também tem com a China e que não fazer isso seria "uma catástrofe".
Consultado sobre a data de ratificação do pacto, Seade comentou que um cenário possível é alcançar isso antes do verão (boreal) para evitar pressões políticas.
O Canadá realizará eleições gerais em outubro, enquanto a corrida para as eleições de 2020 começa nos Estados Unidos.
Já o México enfrenta menos incerteza política desde que Andrés Manuel López Obrador assumiu em dezembro por um período de seis anos, com ampla maioria no Congresso por sua aliança política, liderada pelo seu partido, o Morena.
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