Os soldos de generais do Exército, almirantes da Marinha, e tenentes-brigadeiros, que têm valor básico de R$ 13.471, mais que dobrarão com a incorporação de três gratificações e chegarão a R$ 30.175,04, caso a proposta de reestruturação das carreiras enviada ontem ao Congresso seja aprovada nos moldes apresentados.
Nesses casos, a remuneração será turbinada em 124% com o acúmulo dos adicionais de habilitação (73%), de disponibilidade militar (41%) e a gratificação de representação (10%). Esses percentuais incidem sobre o soldo básico.
O adicional de habilitação trará uma renda extra de R$ 9.833,83, o de disponibilidade militar, outros R$ 5.523,11, e a gratificação de representação, mais R$ 1.347,10. Com isso, o valor final, de R$ 30.175,04, chegará próximo à remuneração do presidente da República, de R$ 30.934,70.
Militares argumentam que o aumento salarial será menor
Atualmente, generais, almirantes e tenentes brigadeiros já recebem 30% de adicional de habilitação, 10% da gratificação de representação e mais 28% de adicional por tempo de serviço. Com isso, o salário chega a pelo menos R$ 22.631,28.
Agora eles terão de escolher entre o adicional de tempo de serviço e disponibilidade. Com isso, os integrantes das Forças Armadas argumentam que o aumento do soldo não seria de 124%, mas de 33,33% em relação ao salário atual.
General questiona aumento salarial
O general de divisão Eduardo Garrido, assessor especial do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou ontem que não se trata de uma medida para elevação salarial.
"Nossa última reestruturação foi em 2001. Sabemos o que é sacrifício. Queremos valorizar a meritocracia e a experiência", disse durante a coletiva de imprensa que anunciou a reestruturação.
Os militares, entretanto, tiveram aumento de soldo durante o governo Michel Temer. O reajuste médio foi de 25,5% para os salários dos militares da ativa, inativa e pensionistas. Esse percentual foi divido em quatro parcelas.
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