Chefe de gabinete de Guaidó seguirá na prisão
AFP / Federico PARRAJoel Garcia, advogado de Roberto Marrero, em 25 de março de 2018, em Caracas.
Roberto Marrero, chefe de gabinete do líder parlamentar venezuelano Juan Guaidó, continuará na prisão por determinação da Justiça, após uma audiência nesta quinta-feira.
Detido em 21 de março por agentes de Inteligência, Marrero "vai permanecer privado de sua liberdade" durante o processo de obtenção de provas, disse à imprensa o advogado Joel García, após audiência no Palácio da Justiça, em Caracas.
Marrero foi denunciado pelos crimes de "conspiração, legitimação de capitais, associação criminosa e ocultamento de armas e explosivos", segundo García.
O processo de recolhimento de provas tem o prazo de 45 dias.
Marrero foi acusado pelo governo de Nicolás Maduro de "organizar" uma operação para que mercenários contratados em El Salvador, Guatemala e Honduras cometessem "assassinatos seletivos" e "sabotagens" nos serviços públicos no território venezuelano.
Maduro denunciou ainda que Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, planejava um complô para assassiná-lo.
Mais cedo, a Controladoria Geral da Venezuela inabilitou Guaidó de exercer "qualquer cargo público" pelo prazo de 15 anos.
A Controladoria alega que em suas declarações patrimoniais, Guaidó não justifica gastos feitos no país e no exterior, com recursos supostamente vindos do exterior.
Na véspera, Guaidó convocou protestos para o próximo sábado pelos grandes apagões que atingem o país desde o dia 7 de março.
Em resposta, Maduro pediu "uma grande mobilização em todo o país" contra o que qualifica um "novo ataque criminoso ao sistema elétrico".
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