A oposição republicana conquistou, nesta terça-feira (4), os assentos
que precisava para garantir o controle do Senado americano, que está há
oito anos nas mãos do Partido Democrata do presidente Barack Obama.
Os republicanos tinham que tirar seis cadeiras do Senado nas mãos dos
democratas para chegar aos 51 senadores (de um total de 100).
Os republicanos conquistaram as cadeiras de Virgínia Ocidental, Dakota
do Sul, Montana, Arkansas, Colorado, Carolina do Norte e Iowa, que
estavam em poder dos democratas.
Neste ano, estavam em jogo 36 das 100 cadeiras do Senado e todas da Câmara.
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Editoria de Arte/Folhapress |
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A Câmara dos Representantes (deputados), hoje controlada pelos
republicanos, continua nas mãos do partido. São 242 republicanos e 174
democratas, com 19 assentos ainda não definidos.
No Arkansas, Estado natal do ex-presidente Bill Clinton (1993-2000), o
senador democrata Mark Pryor perdeu para o republicano Tom Cotton, 37,
veterano das guerras do Iraque e do Afeganistão, que deve se tornar o
mais jovem membro do Senado.
Os republicanos também venceram os governos em Estados importantes como
Texas, Wisconsin e Flórida, onde o voto dos latinos era considerado
fundamental, entre outros dos 36 em disputa.
Em uma campanha que priorizou as mensagens negativas e os ataques aos
adversários, os dois grandes partidos americanos não conseguiram
empolgar.
Apesar da popularidade baixa do presidente Obama, por volta de 40%, os
republicanos tinham pouca vantagem acima dos democratas mesmo em Estados
conservadores. Vários democratas "esconderam" Obama de sua propaganda.
CONSENSO
A Casa Branca anunciou na noite desta terça (4) que convidou lideranças
dos dois partidos para uma conversa com o presidente nesta sexta (7)
–Obama tomaria a iniciativa de tentar construir consenso com a oposição,
que poderá controlar Câmara dos Deputados e Senado nos dois últimos
anos da gestão do presidente.
Por vários anos, Barack Obama foi criticado por não gostar de negociar
com lideranças do Congresso, nem mesmo do seu partido, e de não ter
muito interesse em conversas de bastidores com outros políticos.
Nos últimos dois anos, justamente por estar em minoria na Câmara dos
Deputados, Obama não conseguiu aprovar nenhum de seus grandes projetos,
de uma reforma imigratória ao aumento do salário mínimo a novas leis
para o controle da venda de armas.
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