Veja golpeia e Planalto reage: irá fracassar
Neste fim de semana, como era de se esperar, Veja tentou, mais uma vez, desferir um golpe contra a presidente Dilma Rousseff; a acusação da vez é a de que ela teria sido avisada, por email, por Paulo Roberto Costa sobre uma saída política para os problemas que envolviam a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; em nota, o Palácio do Planalto reagiu; "Mais uma vez, Veja desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez, irá fracassar", diz a nota; leia a íntegra
247 - Já
ficou manjado, de tão repetitivo. A cada semana, a revista Veja, da
Editora Abril, tentará um novo golpe contra a presidente Dilma Rousseff.
Depois de passar pela
maior humilhação da história do jornalismo brasileiro, ao ser condenada a
publicar um direito de resposta em pleno dia de votação, por tentar,
segundo a Justiça, manipular a opinião pública, Veja atacou novamente,
neste fim de semana.
A "bomba" é um email de
Paulo Roberto Costa para a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,
em que o ex-diretor da Petrobras trata de restrições do Tribunal de
Contas da União às obras da Refinaria Abreu e Lima. Na mensagem, Costa
propõe que o tema passe pelo Congresso. Segundo Veja, naquele momento,
Dilma poderia ter feito parar o chamado "petrolão".
Em nota, o Palácio do
Planalto reagiu. "Depois de tentar interferir no resultado das eleições
presidenciais, numa operação condenada pela Justiça eleitoral, Veja
tenta enganar seus leitores ao insinuar que, em 2009, já se sabia dos
desvios praticados pelo senhor Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras
demitido em março de 2012 pelo governo da presidenta Dilma", diz o
texto. "As práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa só vieram a
público em 2014, graças às investigações conduzidas pela Polícia Federal
e pelo Ministério Público."
Leia, abaixo, a íntegra da nota do Palácio do Planalto:
NOTA À IMPRENSA
A reportagem de capa da revista Veja de hoje é mais um episódio de manipulação jornalística que marca a publicação nos últimos anos.
Depois de tentar
interferir no resultado das eleições presidenciais, numa operação
condenada pela Justiça eleitoral, Veja tenta enganar seus leitores ao
insinuar que, em 2009, já se sabia dos desvios praticados pelo senhor
Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras demitido em março de 2012 pelo
governo da presidenta Dilma.
As práticas ilegais do
senhor Paulo Roberto Costa só vieram a público em 2014, graças às
investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério
Público.
Aos fatos:
Em 6 de novembro de 2014, Veja procurou
a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informando que
iria publicar notícia, “baseada em provas factuais”, de que a então
ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, recebeu mensagem
eletrônica do senhor Paulo Roberto Costa, então diretor da Petrobras,
sobre irregularidades detectadas em 2009 pelo Tribunal de Contas da
União nas obras da refinaria Abreu e Lima. O repórter indagava que
medidas e providências foram adotadas diante do acórdão do TCU. A
revista não enviou cópia do e-mail.
No dia 7 de novembro, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República encaminhou a seguinte nota para a revista:
“Em 2009, a Casa
Civil era responsável pela coordenação do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). Assim, relatórios e acórdãos do TCU relativos às
obras deste programa eram sistematicamente enviados pelo próprio
tribunal para conhecimento da Casa Civil.
Após receber do
Congresso Nacional (em agosto de 2009), do TCU (em 29 de setembro de
2009) e da Petrobras (em 29 de setembro de 2009), as informações sobre
eventuais problemas nas obras da refinaria Abreu e Lima, a Casa Civil
tomou as seguintes medidas:
a. Encaminhamento da matéria à Controladoria Geral da União, em setembro de 2009, para as providências cabíveis;
b. Determinação para
que o grupo de acompanhamento do PAC procedesse ao exame do relatório,
em conjunto com o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras;
c. Participação em
reunião de trabalho entre representantes do TCU, Comissão Mista de
Orçamento, Petrobras e MME, após a inclusão da determinação de suspensão
das obras da refinaria Abreu e Lima no Orçamento de 2010, aprovado pelo
Congresso.
Nesta reunião,
realizada em 20 de janeiro de 2010, “houve consenso sobre a viabilidade
da regularização das pendências identificadas pelo TCU” nas obras da
refinaria Abreu e Lima (conforme razões de veto de 26 de janeiro de
2009). Foi decidido, também, o acompanhamento da solução destas
pendências, por meio de reuniões regulares entre o MME, o TCU e a
Petrobras.
A partir daí, o Presidente da República decidiu pelo veto da proposta de paralisação da obra, com base nos seguintes elementos:
1) a avaliação de que as pendências levantados pelo TCU seriam regularizáveis;
2) as informações prestadas em nota técnica do MME que evidencia os prejuízos decorrentes da paralisação; e
3) o pedido formal de veto por parte do então Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Este veto foi apreciado pelo Congresso Nacional, sendo mantido.
A partir de 2011, o
Congresso Nacional, reconhecendo os avanços no trabalho conjunto entre
MME, Petrobras e TCU, não incluiu as obras da refinaria Abreu e Lima no
conjunto daquelas que deveriam ser paralisadas.
E a partir de 2013,
tendo em vista as providências tomadas pela Petrobras, o TCU modificou o
seu posicionamento sobre a necessidade de paralisação das obras da
refinaria Abreu e Lima”.
A inconsistência da reportagem de Veja
é evidente. As pendências apontadas pelo TCU nas obras da refinaria
Abreu e Lima já haviam sido comunicadas, em agosto, à Casa Civil pelo
Congresso e foram repassadas ao órgão competente, a CGU.
Como fica evidente na
nota, representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento do Congresso,
Petrobras e do Ministério de Minas e Energia discutiram a solução das
pendências e, posteriormente, o Congresso Nacional concordou com o
prosseguimento das obras na refinaria.
Mais uma vez, Veja desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez, irá fracassar.
SECRETARIA DE IMPRENSA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
copiado http://www.brasil247.com/pt
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