Syriza condena acordo de Tsipras com a zona euro. Varoufakis chama-lhe novo "Tratado de Versalhes"

Syriza condena acordo de Tsipras com a zona euro. Varoufakis chama-lhe novo "Tratado de Versalhes"

Syriza condena acordo de Tsipras com a zona euro. Varoufakis chama-lhe novo "Tratado de Versalhes"


Mais de metade dos membros do comité central do Syriza assinou declaração que critica o entendimento alcançado com parceiros internacionais. Parlamento grego vota hoje terceiro resgate.
  • Bruxelas quer pôr todos os países da União Europeia a financiar de urgência a Grécia


    por DN.pt
    Syriza condena acordo de Tsipras com a zona euro. Varoufakis chama-lhe novo "Tratado de Versalhes"
    Fotografia © REUTERS/JEAN-PAUL PELISSIER
    Mais de metade dos membros do comité central do Syriza assinou declaração que critica o entendimento alcançado com parceiros internacionais. Parlamento grego vota hoje terceiro resgate.
    109 dos 201 membros do comité central do Syriza, o partido de Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, assinaram esta quarta-feira uma declaração condenando o acordo alcançado com a zona euro, considerando-o um golpe contra a nação grega por parte dos líderes europeus. A declaração, segundo o Ekathimerini, refere que o acordo é "o resultado de ameaças de imediata estrangulação financeira" e que obrigará a um novo resgate humilhante em termos de supervisão, "destrutivo" para o país e para o povo grego.
    Apesar de este ser um golpe forte na credibilidade de Tsipras dentro do seu partido, menos de 15 destes militantes têm assento parlamentar, pelo que a sua posição não deverá influenciar decisivamente o voto que terá lugar esta noite no parlamento grego. Os deputados terão de aprovar as duras medidas de austeridade a implementar com urgência para dar início às negociações formais do terceiro resgate a Atenas. A sobrevivência do governo de Tsipras, no entanto, está em causa, já que muitos deputados do Syriza, mesmo não tendo assinado esta declaração, deverão votar contra as propostas internacionais. Os Gregos Independentes (ANEL), partido coligado com o Syriza, já admitiu que continua a apoiar o Governo mas rejeita o acordo. Este poderá ser aprovado com o voto dos partidos pró-europeus da oposição.
    Para amanhã, quinta-feira, às 10.00, já está agendada uma reunião do Eurogrupo, em que os ministros das Finanças da zona euro deverão analisar se todas as medidas necessárias à abertura da negociação do terceiro resgate foram devidamente aprovadas pelo parlamento grego e também o 'financiamento-ponte' que, segundo a proposta da Comissão Europeia, será assegurado pelo Mecanismo de Estabilização Financeira.
    Durante o debate que aconteceu esta manhã, no parlamento grego, o antigo ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que nos últimos dias tem feito duras críticas ao acordo alcançado pela Grécia com os parceiros internacionais, comparou o entendimento ao Tratado de Versalhes, assinado no final da Primeira Guerra Mundial e que representou uma humilhação para a Alemanha, obrigada a reconhecer a responsabilidade no conflito e a pagar elevados montantes de reparações financeiras à Tríplice Entente - nome dado à aliança formada pelo Reino Unido, França e Império russo.
    Segundo Varoufakis, a única razão pela qual os deputados estão hoje reunidos no parlamento a discutir o acordo é o falhanço das negociações com os credores. O antigo governante diz que, de momento, tudo depende da reestruturação da dívida, mas "infelizmente", esta só acontecerá quando falhar o terceiro programa de resgate.
    Demissões no governo
    Apesar da anunciada remodelação ministerial, que alegadamente terá lugar depois da votação no parlamento das medidas do programa de ajustamento, esta quinta-feira já houve duas demissões no governo de Alexis Tsipras: a vice-ministra das Finanças, Nadia Valavani, saiu por discordar do acordo, dizendo aos jornalistas que, perante a impossibilidade de aprovar o entendimento acordado pelo primeiro-ministro, não poderia continuar no governo. Horas depois, foi a vez de Manos Manousakis, o secretário-geral do Ministério das Finanças.

     copiado  http://www.dn.pt/inicio/globo/

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