"No Brasil fala-se em golpe militar com muita facilidade" O deputado mais antigo dos 513 que tem a Câmara dos Deputados do Brasil, MIro Teixeira diz que o impeachment não é para levar a sério.


Miro Teixeira

"No Brasil fala-se em golpe militar com muita facilidade"


O deputado mais antigo dos 513 que tem a Câmara dos Deputados do Brasil, MIro Teixeira diz que o impeachment não é para levar a sério.


por João Almeida Moreira, São Paulo  
Miro Teixeira
Miro Teixeira Fotografia © D.R.
O deputado mais antigo dos 513 que tem a Câmara dos Deputados do Brasil, MIro Teixeira diz que o impeachment não é para levar a sério.
Como vê a questão do impeachment da presidente Dilma?
Não sou da base de apoio da presidente mas, como procuro distanciar-me nas minhas análises, digo--lhe já que não vejo qualquer motivo para se levar a sério os pedidos de impeachment nesta fase. Collor de Mello caiu porque durante a Comissão Parlamentar de Inquérito a que foi sujeito se fizeram apurações com provas. Neste momento não existe fundamento para tanto, o impeachment não depende de vontades, depende da lei.
Mas pareceres negativos do Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não darão matéria para avançar?
Talvez mas nem um nem outro se pronunciaram. No caso do TSE, se houver alguma prova contra a presidente de que ela usou conscientemente dinheiro ilegítimo na campanha, o que não acredito que se prove, o mandato dela é imediatamente caçado, nem passa pelo Congresso. E o TCU apenas dará um parecer técnico, é um órgão constituído por juízes, que se baseiam em autos e não em jogos políticos.
Poderá, porém, ter interpretação política negativa no Congresso.
Poderá, mas por quem só se quer aproveitar da situação. Tudo o que se ouve é espuma. O problema da Dilma e do PT é que fizeram um loteamento do governo, ofereceram ministérios aos partidos, agora cada um quer o ministério e a verba do outro, assim não há santo que consiga governar o Brasil.
Já disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e principal rosto da oposição a Dilma, de facto, devia sair da câmara caso venha a ser acusado na Operação Lava-Jato. O próprio diz que não o fará. Mantém?
Não votei nele mas não acho que ele deva afastar-se neste momento, como alguns defendem. Agora, se ele for acusado na Lava-Jato, ele tem o dever de se afastar porque, ao ser associado a crimes como o de corrupção ou lavagem de dinheiro, ele fica enfraquecido e, por consequência, enfraquece a Câmara dos Deputados. Mas vamos ver.
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