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10/08/2015 - 14:40
Nova escalada de tensão entre as Coreias
AFP / Jung Yeon-Je
Vista da zona desmilitarizada entre as Coreias
O ministério da Defesa sul-coreano indicou que serão retomadas as ações de propaganda através dos alto-falantes posicionados ao longo da fronteira com o Norte.
Este anúncio foi feito apenas algumas horas após Seul acusar Pyongyang de ter colocado minas terrestres que mutilaram dois de seus soldados na semana passada na fronteira. A Coreia do Sul havia prometido que faria o vizinho pagar caro.
Um funcionário do ministério da Defesa descreveu a retomada das operações fronteiriças de propaganda como apenas um primeiro passo.
Durante vários anos, fileiras de alto-falantes colocados ao longo da fronteira com a Coreia do Norte transmitiram mensagens de propaganda sobre as virtudes de viver no Sul.
Ação que foi suspensa em 2004, durante um período de aproximação entre os dois Estados rivais, iniciado pelo ex-presidente sul-coreano Kim Dae-Jung.
Segundo o ministério da Defesa sul-coreano, três minas explodiram no incidente ocorrido na terça-feira na passagem de uma patrulha sul-coreana na zona desmilitarizada (DMZ) que se estende por dois quilômetros na fronteira entre as duas Coreias.
"Estamos certos de que se tratava de minas terrestres norte-coreanas colocadas com a intenção de matar por nossos inimigos, que cruzaram a fronteira militar escondidos", declarou à imprensa Kim Min-seok, um porta-voz do ministério.
Um soldado perdeu as duas pernas. O outro teve uma delas amputada.
Trata-se de um "ato sem fundamento" e de uma "violação injustificada" dos acordos de não agressão em vigor, acrescentou, antes de convocar a Coreia do Norte a pedir desculpas por este incidente e punir os responsáveis.
Minas recentes
O alto comando da ONU encarregado de supervisionar a aplicação do cessar-fogo indicou nesta segunda-feira que realizou uma investigação e concluiu que eram minas norte-coreanas colocadas em um caminho conhecido por ser percorrido pelas patrulhas sul-coreanas.
"As investigações determinaram que os artefatos foram colocados recentemente e excluíram a possibilidade de que se tratasse de minas herdadas (de uma época anterior) que tivessem se deslocado", afirma a ONU em um comunicado.
Para Dan Pinkston, especialista em Coreia do Norte do International Crisis Group de Seul, esta é uma "violação inaceitável das condições do cessar-fogo, mas a situação não deve provocar uma escalada que fuja do controle".
Os dois países seguem tecnicamente em guerra, já que a guerra da Coreia (1950-53) terminou com um armistício, mas nunca foi assinado um acordo de paz.
A Coreia do Norte não reagiu até o momento.
O último ataque direto cometido contra o Sul remonta a dezembro de 2010, quando a Coreia do Norte bombardeou a ilha sul-coreana de Yeonpyeong como resposta a um exercício militar de Seul perto da fronteira marítima disputada entre os dois países.
O bombardeio provocou a morte de dois soldados e dois civis sul-coreanos, o que gerou o temor de um conflito de grandes proporções.
Momento delicado
Segundo as estimativas, mais de um milhão de minas foram disseminadas pela zona fronteiriça entre as duas Coreias, em grande parte lançadas pela aviação nos anos 1970, no momento culminante da Guerra Fria e dos confrontos com o Norte.
Esta nova escalada de tensão ocorre num momento delicado: as duas Coreias se preparam para celebrar no próximo sábado o 70º aniversário da libertação, em 1945, da península coreana do jugo japonês.
Alguns analistas expressaram a esperança de que este aniversário levasse a uma aproximação, mas os esforços para organizar cerimônias conjuntas não prosperaram. A Coreia do Norte se nega a falar de negociações enquanto o Sul não cancelar seus exercícios militares anuais com os Estados Unidos.
Apesar de seu nome, a DMZ está altamente militarizada. Trata-se de uma faixa de 4 km de largura por 248 km de comprimento, repleta de barreiras elétricas, campos minados e muros anti-blindados. A linha de demarcação militar que marca a fronteira entre os dois Estados rivais a atravessa no centro.
copiado http://www.afp.com/pt/
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