Os ditadores e as suas obsessões com a comida Os ditadores e as suas obsessões com a comida

Autoras destacam o extremo ascetismo alimentar de Salazar, que na foto de 1936 está na inauguração de um restaurante económico para os empregados do comércio da zona da Baixa

Os ditadores e as suas obsessões com a comida


Duas jornalistas britânicas mergulharam no universo gastronómico de tiranos e o resultado é um rol de manias e excentricidades


por Susana Salvador  
Autoras destacam o extremo ascetismo alimentar de Salazar, que na foto de 1936 está na inauguração de um restaurante económico para os empregados do comércio da zona da Baixa
Autoras destacam o extremo ascetismo alimentar de Salazar, que na foto de 1936 está na inauguração de um restaurante económico para os empregados do comércio da zona da Baixa Fotografia © Arquivo DN
Duas jornalistas britânicas mergulharam no universo gastronómico de tiranos e o resultado é um rol de manias e excentricidades
As jornalistas britânicas Victoria Clark e Melissa Scott cobriram alguns dos principais acontecimentos internacionais das últimas décadas e um dia, estavam elas a almoçar, e já iam na sobremesa, quando tiveram a ideia: a de escrever um livro sobre os gostos, as manias e as obsessões gastronómicas dos ditadores do século XX. "Pusemo-nos de imediato a trabalhar", contou ao El País Victoria Clark.
O resultado foi a publicação, no final do ano passado, do livro Dictators" Dinners: A Bad Taste Guide to Entertaining Tyrants (Gilgamesh Publishing), ainda não traduzido para português, onde as duas autoras passam a pente fino os pratos favoritos de tiranos de todos os cantos do mundo - lá estão Hitler e Pol Pot, Mussolini, Franco, Salazar ou Fidel Castro, Kim Jong-il e Idi Amin - com os seus extremismos alimentares, pequenas e grandes excentricidades relacionadas com a origem dos alimentos e a confeção dos pratos, ou ainda o pavor de envenenamento que levava alguns deles a ter batalhões de provadores ao serviço.
De Salazar, por exemplo, as autoras destacam o seu extremo ascetismo alimentar, a condizer com a personagem política pública que o próprio ditador alimentou. Ao pequeno-almoço, conta o El País citando as autoras, Salazar comia invariavelmente uma torrada seca acompanhada de café de cevada e o seu maior deleite gastronómico eram as sardinhas assadas com pimentos, desforra suprema de uma infância passada a dividir cada sardinha com as irmãs.
 copiado  http://www.dn.pt/inicio/globo/

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