Senado afastará Dilma. Agora é com o STF e o povo
Não se pode esperar algo divergente daquele ato apócrifo de 17 de abril, pois o enredo e a peça é a mesma, apesar da participação de outros atores, traz em seu bojo majoritário a mesma estirpe ardilosa.
E por que esperar que seria diferente no Senado?
Não há motivos lógicos racionais para esperar resultado diferente no Senado. O foco é apenas político e não jurídico.
A cada dia fica mais claro, escancarado e escarrado que se trata de um Golpe de Estado arquitetado desde o dia 26 de outubro de 2014, após a proclamação do resultado da eleição para Presidente da República, com a ulterior revolta insana dos derrotados sob à égide de seu caudilho irado e translouco, Senador Aécio Neves e sua gleba cegamente obstinada.
Conforme já é do conhecimento racional do povo brasileiro esclarecido, a sua Democracia e o seu Estado de Direito foram escandalosamente golpeados, pois não se trata de um fato jurídico ilegal que está em jogo, supostamente cometido pela Presidente da República, mas tão somente um fato político erigido sobre o solo venenoso da não aceitação do resultado das urnas, pois a Elite e a Subelite (pobres de espírito e desprovidos dos meios simbólicos e intelectuais mínimos necessários; puxa-sacos dos donos do capital, mãos-de-obra baratas, etc.), não conseguiram mais escamotear os seus supostos direitos imaginários de detentores naturais e exclusivos dos bens públicos e privados que foram compartilhados com as classes menos favorecidas durante o Governo do PT, inclusive, e eminentemente, com a própria Subelite alienada por sofisticados mecanismos de controle político do tipo panóptico [termo tomado de empréstimo do filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1832) e do filólogo e filósofo francês Michel Foucault (1926-1984)].
Assim sendo, não há que se falar em crime de reponsabilidade da Presidente Dilma, eleita em consonância estrita com as regras do Estado de Direito Democrático, que enseje o seu impeachment (regozijo-me ao ver e ouvir o contorcionismo corporal e fônico do Ministro do STF, Celso de Mello ao pronunciar a palavra "impeachment"), conforme se viu pela defesa brilhante, irretocável e inconteste do Ministro Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo (1959 – 56 anos), desmontando qualquer pretensão jurídica da frágil, falsa e dissimulada Ação do PSDB, sustentada pelos advogados Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior (não destaquei os nomes desses dois por não possuírem notoriedade positiva e competência profissional, senão artistas do Golpe).
Enfim, em face ao exposto, não há que se esperar outro desfecho da já ensaiada peça do impeachment que será aclamada e ovacionada pela grande maioria dos Senadores (as) e atores do impeachment no Senado.
Resta no campo institucional o STF (Supremo Tribunal Federal) para fazer frente ao espetáculo do Golpe. Entretanto, não se sabe ainda qual é a sua posição e o seu lugar na trama, embora já se possa conjecturar.
Será?
Dado o tiro de misericórdia: com a palavra o povo brasileiro esclarecido.
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