CÂMARA DOS DEPUTADOS
Futuro de Cunha deve ser definido apenas na terceira semana de julho
A expectativa é que haja pedido de vista de parlamentares para estudar mais o parecer antes de votar, jogando a decisão final sobre o futuro político de Cunha para a semana seguinte
AGÊNCIA BRASIL
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados marcou para a próxima quarta-feira (6) a reunião em que será apresentado o relatório de Ronaldo Fonseca (Pros-DF) sobre o recurso apresentado pelo presidente afastado da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A expectativa é que haja pedido de vista de parlamentares para estudar mais o parecer antes de votar, jogando a decisão final sobre o futuro político de Cunha para a semana seguinte.
A agenda foi confirmada, há pouco, pelo presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-RJ), que ontem (29) decidiu dar mais prazo para a apresentação do parecer do relator sobre o processo que pede a cassação de Eduardo Cunha.
Os advogados de Cunha apresentaram 16 argumentos para defender a anulação total ou parcial do processo, que tramita há oito meses na Casa, Ronaldo Fonseca disse que pretende entregar seu parecer na segunda-feira (4). Ele já se reuniu inclusive com técnicos do partido e assessores da Casa para acelerar a análise do documento.
O recurso foi apresentado no dia 23, numerado pela Mesa Diretora e devolvido à CCJ no dia seguinte. Com isso, passou a contar desde a segunda-feira o prazo de cinco dias útelis para que a comissão se posicione sobre o pedido. Fonseca teria de anunciar seu voto até o fim desta semana, mas pediu mais tempo, alegando que, além de muitas páginas para analisar, gastou um dia inteiro defendendo-se de acusações de colegas que levantaram a suspeição de seu nome para exercer a relatoria.
Ronaldo Fonseca é apontado como aliado de Cunha e, por isso, colegas disseram que trabalharia para favorecer o presidente afastado na CCJ. Adversários de Cunha disseram que Fonseca teria inclusive se manifestado em plenário criticando a condução do processo contra Cunha no colegiado. Em uma das vezes em que rebateu as críticas, Fonseca afirmou que sua escolha como relator foi baseada em três razões. “Primeiro, por ser deputado, segundo, por ser titular, e terceiro, por estar na CCJ há cinco anos e as minhas relatorias estarem vinculadas à juridicidade.”
NA PRÓXIMA SEMANA
Mansur defende que Cunha renuncie à presidência da Câmara
Após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, defendeu a renúncia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
NA PRÓXIMA SEMANA
Mansur defende que Cunha renuncie à presidência da CâmaraApós participar de cerimônia no Palácio do Planalto, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, defendeu a renúncia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Embora tenha afirmado que não conversou com Cunha nos últimos dias, Mansur disse ter a expectativa de que ele tome a decisão de renunciar ao cargo na próxima semana e possa se defender na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
PUBLICADO EM 30/06/16 - 15h09
AGÊNCIA ESTADO
Após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, defendeu a renúncia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Não é possível que a Câmara continue sangrando deste jeito. Vai fazer 60 dias que a Câmara está acéfala. Por isso, eu defendo que Eduardo Cunha renuncie ao mandato de presidente da Câmara para que, em cinco sessões, nós tenhamos um novo presidente", disse Mansur nesta quinta-feira, 30, acrescentando que o peemedebista "deve renunciar na semana que vem".
Mansur, que é um dos pré-candidatos à sucessão da Casa, disse que o impasse provocado pela situação do peemedebista não pode continuar atrapalhando o andamento dos trabalhos legislativos. "É importantíssimo que a gente dê um basta nisso", voltou a defender.
Embora tenha afirmado que não conversou com Cunha nos últimos dias, Mansur disse ter a expectativa de que ele tome a decisão de renunciar ao cargo na próxima semana e possa se defender na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O primeiro-secretário lembrou que no dia 5 de julho completará dois meses do afastamento do peemedebista, que neste período a Casa foi conduzida pelo trio formado pelo primeiro-vice Waldir Maranhão (PP-MA), o segundo-vice Fernando Giacobo (PR-PR) e ele, mas admitiu que o modelo compartilhado de administração não tem dado certo. "Acho que esse sangramento da Câmara chegou num limite".
Segundo Mansur, a Câmara precisa "de um nome de consenso" e "não importa discutir se será A, B ou C". E emendou: "Só defendo que Eduardo Cunha renuncie nesses 60 dias que vão completar na semana que vem e que ele se defenda fora do cargo". Mansur disse crer na existência de sentimento dele, na Casa e entre uma série de lideranças de que o peemedebista deverá renunciar na semana que vem.
Beto Mansur ressaltou que não falava por outras pessoas ao dizer que Cunha "deve renunciar na semana que vem". "Não estou falando por ninguém. Estou falando por mim, que estou há cinco mandatos na Casa e sou primeiro secretário da Casa. Nós estamos precisando votar uma série de matérias importantíssimas para o Brasil e as coisas não andam porque você não tem um presidente que toque os trabalhos como tem de ser tocado", observou.
Temer
O discurso de Mansur hoje está em consonância com o apelo que o presidente em exercício Michel Temer teria feito a Cunha no último domingo. Segundo relatos, Temer deixou claro sua insatisfação com a permanência de Maranhão na presidência da Câmara e reclamou que a instabilidade política está prejudicando as votações de matérias de interesse do governo.
Aos jornalistas, Mansur enfatizou ainda que chegou a hora da Casa escolher um novo presidente e que a renúncia de Cunha seria "um gesto de brasilidade" porque a situação já "cansou".
"O calendário (da defesa na CCJ) de Cunha não pode influir no calendário da Casa", insistiu. Mansur disse que desconhece as negociações sobre um acordo para salvar o peemedebista em troca de sua renúncia. "Está muito difícil de se administrar a Casa e tocar os projetos", completou.
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