Vídeo mostra momento em que bombista-suicida se faz explodir
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Istambul
Vinham da lua-de-mel e sobreviveram ao atentado escondidos num armário
Vinham da lua-de-mel e sobreviveram ao atentado escondidos num armário
Jornalista
iraquiano estava em Istambul com a mulher, à espera de embarcar para os
EUA. No Twitter, contou como fugiu a um dos atiradores
Steven
Nabil, um jornalista e ativista iraquiano, estava no aeroporto Atatürk,
em Istambul, na altura em que se desenrolou o atentado que fez, até ao
momento, 41 vítimas mortais. Estava a regressar a Nova Iorque, EUA, onde
vive com a mulher, depois da lua-de-mel. Ela ficou ferida, mas
conseguiram sobreviver ao atentado escondidos num armário, mesmo depois
de terem encarado de frente um dos bombistas suicidas que disparava ao
acaso.
Nabil contou a história no
Twitter. Em várias publicações, decidiu partilhar a sucessão de
acontecimentos com que se viu confrontado, admitindo que escapou por
pouco.
O iraquiano começa por dizer que
ele a mulher, recém-casados, estavam de passagem por Istambul depois da
lua-de.mel. Enquanto ela ficou sentada num café, Steven decidiu subir
ao terceiro andar do aeroporto para ir buscar comida. Foi nesta altura
que começou a ouvir tiros - eram quase dez da noite na Turquia - e
regressou a correr para o andar de baixo.
Quando
chegou, viu o recinto da restauração vazio e o terrorista a disparar na
sua direção. Nesta altura, puxou a mulher pelo braço e os dois correram
até um salão de cabeleireiro, onde se esconderam num armário. Ali
estiveram durante 45 minutos, até que não houve sinal dos terroristas.
"Os
gritos das vítimas e o sangue por todo o lado não nos deixaram dormir.
Uma criança fitava o sangue em choque", recorda num dos 'tweets' que
partilhou.
No
armário, conta, pediu à mulher que se mantivesse calma, com receio de
que qualquer ruído pudesse atrair um atirador ao local. "Procurei
desesperadamente alguma coisa afiada para a proteger caso abrissem a
porta e quisessem fazer reféns", conta. Como estratégia de defesa,
conseguiram ainda ferver água, que tinha junto a si para atirar ao
agressor que se aproximasse. "Queimava-o se ele nos encontrasse no
armário, assim a minha mulher podia fugir enquanto eu o distraía e
atacava. Foram os 45 minutos mais longos de sempre", diz na última
publicação em que conta os pormenores da noite de terror.
O
jornalista partilhou ainda uma fotografia, que tirou quando finalmente
ele e a mulher se sentiram seguros para sair do armário e se juntaram a
outras pessoas que estavam no aeroporto. "Sangue por todo o lado",
escreveu na legenda.
Em
resultado do atentado, que ainda não foi reivindicado, morreram 41
pessoas, de 13 nacionalidades diferentes, e 239 ficaram feridas.
Número de mortos em Istambul sobe para 41. Há 239 feridos
Atentado ainda não foi reivindicado. Dos 41 mortos, 13 têm nacionalidade estrangeira
O
governador de Istambul fez uma atualização dos números do atentado de
ontem, terça-feira, no aeroporto Atatürk, em Istambul: ao final da
manhã, há a registar 41 mortos e 239 feridos, revelou o gabinete do
responsável em comunicado, citado pelas agências internacionais. Pelo
menos 13 das vítimas mortais terão nacionalidade estrangeira, das quais
três terão dupla nacionalidade. As restantes são naturais da Turquia.
Até ao momento, 37 já foram identificadas.
Dos feridos, 109 já tiveram alta dos hospitais, informa a mesma declaração.
O Governo português já adiantou que não há informação de vítimas portuguesas.
Uma
fonte do governo turco revelou entretanto as nacionalidades das vítimas
mortais. Cinco são da Arábia Saudita, duas do Iraque, uma da Tunísia,
uma do Uzbequistão, uma da China, uma do Irão, uma da Ucrânia e outra da
Jordânia.
No novo balanço relativo às vítimas mortais, não se incluem os três atacantes.
Nenhum
grupo terrorista reivindicou o ataque, ainda que o primeiro-ministro
turco já tenha admitido suspeitas de que o atentado tenha sido
orquestrado pelo Estado Islâmico. Três indivíduos fizeram-se explodir
ontem no aeroporto Atatürk, o terceiro mais movimentado da Europa -
depois de Heathrow, em Londres, e do Charles de Gaulle, em Paris.
Todos
terão disparado contra os transeuntes antes de se detonarem, tendo dois
chegado aos pontos de controlo no acesso ao check-in do aeroporto. O
terceiro fez-se explodir no parque de estacionamento, segundo relatos de
testemunhas oculares. Até ao momento, os três bombistas suicidas ainda
não foram identificados. O ataque ocorreu cerca das 21:50 locais de
terça-feira (19:50 em Lisboa).
Um vídeo
partilhado no You Tube mostra o momento em que, aparentemente, um dos
terroristas é alvejado pela polícia, fazendo-se depois explodir.
Na
manhã desta quarta-feira, o aeroporto Atatürk, o maior de Istambul, já
voltou a operar, ainda que com poucos voos, segundo o diário turco
Hürriyet. Esteve encerrado durante cinco horas.
A
maioria dos voos que tinha chegada prevista durante o período do
encerramento foi desviada para a cidade de Esmirna, situada a cerca de
300 quilómetros de Istambul. A companhia aérea de bandeira turca, a
Turkish Airlines, anunciou que altera ou cancela, de forma gratuita,
todos os bilhetes de avião emitidos até 31 de julho.
O
segundo aeroporto de Istambul, o de Sabiha Gokcen, foi alvo de um
atentado em dezembro de 2015 reivindicado por um grupo curdo, Falcões da
Liberdade do Curdistão, que causou uma vítima civil.
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