Brexit
Oficial. Escócia quer continuar na UE
Líder escocesa apresentou decisão do país se manter na UE a Schulz
Nicola
Sturgeon reuniu-se com o presidente do Parlamento Europeu e reafirmou a
determinação da Escócia de ficar na União Europeia
A
primeira-ministra escocesa afirmou hoje que a sua reunião com o
presidente do Parlamento Europeu (PE) foi uma "boa oportunidade" para
apresentar a posição do país depois da decisão, em referendo, do Reino
Unido abandonar a União Europeia (UE).
Nesta
reunião, em Bruxelas, entre Nicola Sturgeon e o líder do PE, Martin
Schulz, foi assumido ser ainda cedo para definir o futuro da Escócia,
mas que se aproveitou para fixar a posição do país e "o desejo da
Escócia de permanecer na UE".
"Não
subestimo os desafios que vamos ter", acrescentou a governante, que esta
quarta-feira ainda se encontrará com o presidente da Comissão Europeia,
Jean-Claude Juncker, e com o líder do grupo parlamentar dos liberais no
PE, Guy Verhofstadt.
Aos jornalistas, a
chefe do executivo reafirmou que estas são reuniões para explicar que,
"ao contrário de outros locais do Reino Unido, a Escócia não quer
abandonar a UE".
Sem acrescentar muitos
comentários, Schulz afirmou apenas ter "escutado atentamente" a
governante e que "aprendeu muito" durante a reunião.
Nicola
Sturgeon disse, naquele que foi o seu primeiro discurso no parlamento
escocês desde a vitória do 'Brexit', estar "absolutamente determinada" a
defender o lugar da Escócia na UE, recordando que os escoceses votaram
maioritariamente (62%) pela permanência na UE no referendo de 23 de
junho.
Os
eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido deve sair da UE,
depois de o 'Brexit' (nome como ficou conhecida a saída britânica da
União Europeia) ter conquistado 51,9% dos votos.
Já
no domingo, a primeira-ministra da Escócia afirmou ser "altamente
provável" que se realize um novo referendo sobre a independência após o
'Brexit'.
"O Reino Unido, pelo qual a
Escócia votou para permanecer em 2014, já não existe", afirmou em
declarações à estação britânica BBC, garantindo que tudo fará "para
proteger os interesses dos escoceses".
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