Temer faz nomeações antes da sanção da Lei das Estatais


Temer faz nomeações antes da sanção da Lei das Estatais

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Para conter queixas de aliados, em 24 horas foram preenchidos pelo governo interino cerca de 140 cargos federais enquanto não são sancionadas as novas regras para ocupação desses postos; Michel Temer já adiou duas vezes a sanção do texto, sob a alegação de que precisa fazer ajustes jurídicos no aprovado pelo Congresso com alguns vetos
29 de Junho de 2016 às 11:24 //
Por José Marcio Mendonça, do Infomoney
A “Folha de S. Paulo” dá a dimensão das dificuldades que o governo interino de Michel Temer está encontrando no mundo da “real politik” para levar adiante seu projeto de reorganização da administração pública brasileira e de conter o crescimento explosivo dos gastos públicos.
1. Segundo a coluna “Painel”, assinada pela repórter Natuza Nery, em apenas um dia, nas últimas 24 horas, cerca de 140 nomeações para diversos cargos foram assinadas na Casa Civil, antes que Temer sancione a nova Lei das Estais. A lei foi aprovada rapidamente na Câmara e no Senado por instâncias do Palácio do Planalto. Agora, o governo estaria arrependido de seu excessivo rigor.
O presidente em exercício já adiou duas vezes a sanção do texto, sob a alegação de que precisa fazer ajustes jurídicos no aprovado pelo Congresso com alguns vetos. Os políticos querem, porém, que ele vete a quarentena de três anos para a nomeação de ex-detentores de mandatos e dirigentes partidários. Enquanto isso, nomeações em borbotões podem congestionar o “Diário Oficial da União”.
2. Depois de uma reunião com líderes sindicais, sem consenso, por pressões destes o governo decidiu adiar o envio ao Congresso Nacional da proposta de reforma da Previdência, um dos principais sustentáculos do plano de recuperação das contas públicas. O prazo inicial era o fim do mês próximo. Formou-se uma nova comissão para discutir a proposta.
Agora, o único compromisso é tentar aprovar as mudanças até o fim do ano. O que é praticamente impossível em função do calendário político do ano – a votação do processo de impeachment definitivamente no Senado, remarcado para depois do encerramento dos Jogos Olímpicos, em 21 de agosto, e das eleições municipais, que tomarão o tempo dos parlamentares por setembro e boa parte de outubro devido aos segundos turnos.
Os assuntos políticos mais quentes, a não ser revelações diárias no terreno da corrupção, não evoluíram.
Mais clareza e mais realismo no Banco Central
A reunião de Dilma com o comando do PT - sem a presença de Lula – foi apenas protocolar de acordo com as informações disponíveis. O que alimenta a suspeita de que os petistas não estão querendo se envolver tanto assim com a volta da presidente licenciada. O PT calcula o prejuízo eleitoral que isso pode lhe causar – talvez o melhor seja ir para a oposição e tentar explorar as dificuldades do governo Temer.
Quanto a Eduardo Cunha, com seu incrível fôlego, mesmo com a corda no pescoço, ele conseguiu mais uma manobra favorável – é de seu grupo o nome indicado para relatar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da representação pedindo a suspensão do processo contra ele. Mesmo assim, Cunha vai apenas ganhar um tempinho – as avaliações são de que a cassação do deputado fluminense é líquida e certa, mesmo com o medo que ele espalha em Brasília e adjacências.
Na economia, sem grandes novidades, o destaque ficou para a fala do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfagn, e para o Boletim Trimestral de Inflação (BTI), o primeiro assinado por ele. Ambos foram bem recebidos e a sensação é a de que há mais clareza e mais realismo na comunicação do BC.
Uma das interpretações é a de que o início da redução da taxa de juros não virá agora. Por isso houve uma forte reação no mercado: as taxas de curto prazo, com vencimento em janeiro de 2017 subiram e as longo prazo, para janeiro de 2021 caíram.
Os senadores, que estiveram no jantar com Henrique Meirelles na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros, consideraram o encontro “frustrante”. Segundo a página do
“Valor Econômico” na Internet, o ministro da Fazenda teria “lavado as mãos” em relação ao aumento salarial para diversas categorias de funcionários públicos. E isso irritou os parlamentares.
copiado  http://www.brasil247.com/pt/2

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