Estado Islâmico feliz com "fratura da União Europeia"
David
Cameron previra que saída do Reino Unido da União Europeia seria
interpretada como um triunfo pelos radicais do Estado Islâmico. Esta
previsão acertou
Na mais recente edição do al-Naba,
jornal de propaganda controlado pelo Estado Islâmico (EI), o grupo
extremista saúda a vitória da "saída" no referendo de quinta-feira, dia
23 de junho, no Reino Unido e assume-me contente com a possibilidade de
novos referendos serem convocados em outras nações europeias.
"[O
brexit] ameaça a unidade da Europa dos Cruzados", afirma o jornal, de
acordo com a tradução de Shiraz Maher, vice-diretor do Centro
Internacional para o Estudo da Radicalização, citada pelo Independent.
Segundo o tradutor, no texto que aparece na página 15 da publicação, o
EI diz-se agradado pelo "choque" que os resultados do referendo
provocaram nos círculos político e económico, nomeadamente com a
desvalorização da libra e com a instabilidade dos mercados.
As
"tendências separatistas" em algumas regiões do Reino Unido e a vontade
de referendar, pela segunda vez, a ligação da Escócia à Inglaterra são
também elogiadas pelos extremistas.
O
texto é divulgado poucos dias depois do grupo radical ter usado o
Telegram, serviço de envio de mensagens encriptadas, para expressar
profunda alegria perante a preocupante situação económica que marcou os
dias que se seguiram ao referendo, bem como face à fratura da União
Europeia. Nessa ocasião, os jihadistas apelaram à execução de atentados
terroristas em Berlim e Bruxelas, para que a Europa ficasse
"paralisada."
Segundo recorda o Independent,
David Cameron, primeiro-ministro britânico, cuja demissão será
efetivada em outubro, e líder da campanha pela "permanência" na União
Europeia, já avisara que, para o Estado Islâmico, a vitória do "Brexit"
seria considerada um triunfo na sua luta.
Esta
quinta-feira, 51,9 por cento dos eleitores britânicos decidiram que o
Reino Unido deve sair da União Europeia, num referendo com uma taxa de
participação de 72 por cento.
copiado http://www.dn.pt/
Nenhum comentário:
Postar um comentário