Monstruosidade É inacreditável que no século 21 uma mulher possa humilhar outra mulher como se vê no diálogo publicado no Estadão a partir do facebook Diário de uma Mãe Solteira. “Esse tipo de gente”, a...

 monstro

Monstruosidade

É inacreditável que no século 21 uma mulher possa humilhar outra mulher como se vê no diálogo publicado no Estadão a partir do facebook Diário de uma Mãe Solteira. “Esse tipo de gente”, a...

Monstruosidade

monstro
É inacreditável que no século 21 uma mulher possa humilhar outra mulher como se vê no diálogo publicado no Estadão a partir do facebook Diário de uma Mãe Solteira.
“Esse tipo de gente”, a que “dissolvia lares”, lembra-me os tempos em que eu era o “filho da desquitada”.
Não faz tanto tempo, isso.
40 ou quarenta e poucos anos.
É uma tragédia que vai além das nossas conversas cotidianas sobre brutalidade política.
Porque se trata de uma monstruosidade.
De alguém que sabe que está atirando na necessidade uma mulher que luta para sustentar três crianças.
Um retrato de como somos, até de parte das mulheres, um país machista.
Que associa o trabalho ou o estado civil de uma mulher a sexo “disponível”.
A melhor coisa da vida, a mais gentil, torna-se penduricalho do emprego, como se o trabalho feminino fosse uma ante-sala da prostituição.
Posso discordar de muito  radicalismo feminista, que atira todos os homens na mesma estupidez sexista.
Mas não posso dizer que, com episódios como este, não haja um pensamento selvagem em relação à mulher.
Que o governo de homens que, talvez, “não possam ter este tipo de gente” dentro de suas casas simboliza.
Que, aliás, como bons liberais, acham que “pessoas como você acham emprego com facilidade por uma questão de (sic) nessecidade”.
É terrível que , em 2016, a gente ainda tenha de se indignar com isso
E de ouvir tecnocratas dizerem que gente como a Cleide, depois de uma vida de trabalho, não devam ter um – pequeno que seja – handicap na hora de se aposentar
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