Diretor do gabinete que investiga acidentes aéreos diz que acidente grave deixará aeroporto de Lisboa inoperacional
O
diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidente em
Aeronaves (GPIAA) admite que, caso o acidente com o trem de aterragem do
avião da TAP tivesse sido mais grave, poderia haver necessidade de
fechar o aeroporto de Lisboa durante vários dias, por falta de meios
para a investigação.
Em declarações à
TSF,
Álvaro Neves diz que o aconteceu é mais um "alerta" e que vai ao
encontro dos avisos que deixou no início da semana, queixando-se da
situação financeira da entidade que dirige e admitindo que a prevenção e
a investigação de acidentes aéreos em Portugal podem ficar
comprometidas se o problema não for resolvido.
Segundo o
responsável, uma situação de maior gravidade iria requer o fecho do
aeroporto provavelmente durante vários dias, uma vez que seria
necessário solicitar ajuda externa para analisar os destroços deixados
na pista do aeroporto Humberto Delgado.
Em comunicado, na noite de
sábado, a TAP confirmou o "rebentamento de um pneu no momento da
aterragem" de um avião ATR da TAP Express, que fazia a ligação entre
Porto e Lisboa. O voo TP 1971 levava a bordo 20 passageiros, que saíram
do avião ilesos, tal como toda a tripulação.
Devido ao acidente,
foi necessário encerrar o aeroporto durante várias horas, o que levou ao
desvio de vários voos com destino a Lisboa para o Porto e Faro. A pista
secundária do aeroporto foi entretanto aberta, para permitir
descolagens. Só pelas cinco da madrugada de domingo o Humberto Delgado
voltou a funcionar com normalidade. O acidente ocorreu às 22:35, dentro
do perímetro aeroportuário, "tendo sido acionados de imediato todos os
meios internos e externos para atuação em caso de emergência".
Álvaro Neves confirmou que o GPIAA enviou um investigador para o aeroporto e que as causas do acidente serão investigadas.
Em
resposta às reivindicações do diretor do gabinete, no início da semana,
o secretário de Estado das Infraestruturas rejeitou a criação de uma
taxa de 20 cêntimos por bilhete, sugerida por Álvaro Neves para garantir
mais meios para o GPIAA, e lembrou que nos últimos anos o Governo tem
reforçado os meios de prevenção e segurança aérea, garantindo que não
existe falta de meios financeiros no sector.
copiado http://www.dn.pt/portugal/interior/a
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