FBI divulga documentos com 15 anos sobre perdão presidencial de Bill Clinton
Aumenta a controvérsia sobre as ações da polícia federal relativamente à campanha eleitoral
FBI divulga documentos com 15 anos sobre perdão presidencial de Bill Clinton
Aumenta a controvérsia sobre as ações da polícia federal relativamente à campanha eleitoral
O
FBI divulgou hoje um conjunto de documentos sobre o perdão presidencial
dado pelo então Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, ao
fugitivo Marc Rich, aumentando a controvérsia sobre a atuação da polícia
federal tão perto das eleições.
Os
documentos, fortemente rasurados por razões de segurança nacional ou
privacidade das partes envolvidas, não parecem oferecer grandes
novidades sobre o perdão que Bill Clinton deu a Marc Rich, um milionário
que faleceu em 2013 e que tinha fugido dos EUA nos anos 80 para evitar
julgamento sobre negócios com o Irão, na altura proibidos.
Segundo
os meios de comunicação norte-americanos, a divulgação destes
documentos ocorre ao abrigo da lei da liberdade de informação, que
obriga as instituições públicas a fornecerem dados e comunicações
solicitadas por qualquer pessoa desde que haja interesse público e
mediante certas regras.
A divulgação do
caso, cuja investigação judicial terminou sem acusações em 2005,
responde ao procedimento habitual nestes casos, disse o FBI numa nota
citada pela AFP.
"De acordo com o
procedimento habitual da lei [da liberdade de informação], estes
materiais foram publicados quando ficaram disponíveis e foram
disponibilizados automática e eletronicamente na 'sala de leitura' do
FNI, de acordo com a lei e os procedimentos habituais", lê-se num
comunicado do FBI.
A polícia sublinha
ainda que esta é uma divulgação "preliminar" e que pode, por isso, haver
mais materiais disponibilizados em breve".
A
mulher de Rich era uma grande doadora dos Clinton, e na altura as
autoridades tentaram estabelecer uma ligação entre o perdão presidencial
e os contributos financeiros, mas o então Presidente terá negado saber
dessas contribuições financeiras.
Apesar
de não haver ainda uma reação oficial da candidatura de Hillary Clinton
sobre o tema, o porta-voz da candidata colocou uma mensagem na rede
social Twitter dizendo: "Não havendo um prazo ao abrigo da lei [que
regula a divulgação de documentos oficiais], isto é estranho; vai o FBI
colocar documentos sobre a discriminação das casas de Trump nos anos
70?".
O FBI tem estado sob críticas dos
partidários de Clinton, mas também de republicanos, pela decisão de
anunciar a abertura de uma nova investigação aos emails privados de
Hillary Clinton que foram descobertos no portátil de uma sua antiga
colaboradora, na semana passada
copiado http://www.dn.pt/portugal
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