Alta dos combustíveis Fecombustíveis Para postos, zerar Cide do diesel é 'insignificante' Para Fecombustíveis, só a redução do PIS/Cofins seria efetiva nos preços Preço do diesel nas refinarias é reduzido 6 perguntas para entender alta no preço Freire: Esmola eleitoreira com a gasolina


Felipe Rau/Estadão Conteúdo

Alta dos combustíveis Para postos, zerar Cide
do diesel é 'insignificante'
Para Fecombustíveis, só a redução do PIS/Cofins seria efetiva nos preços


  • Preço do diesel nas refinarias é reduzido
  • 6 perguntas para entender alta no preço
  • Freire: Esmola eleitoreira com a gasolina

    Fecombustíveis diz que zerar Cide é pouco para reduzir preço; propõe redução de PIS/Cofins

    Roberto Samora
    De São Paulo
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    A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes), que representa mais de 40 mil postos no Brasil, avalia que a decisão do governo de zerar a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) é insuficiente para reduzir os preços dos derivados de petróleo e propõe que sejam reduzidas também cobranças de PIS/Cofins nesses produtos.
    Na avaliação da Fecombustíveis, a redução do PIS/Cofins, além da Cide zerada, seria uma forma de efetivamente reduzir os preços dos combustíveis, em meio a protestos por redução de tributos realizados por caminhoneiros em rodovias no país que estão afetando o transporte em mais de 20 estados, com severo impacto ao setor agropecuário.
    Leia também:
    "Não resolve apenas zerar a Cide", disse o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, em entrevista à agência de notícias Reuters, ao comentar a decisão do governo federal.
    Se tirar somente a Cide, ela é insignificante, hoje ela representa R$ 0,10 por litro de gasolina e R$ 0,05 por litro de diesel
    Paulo Miranda Soares, presidente da Fecombustíveis

    O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou na noite desta terça-feira (22) que o governo do presidente Michel Temer fechou um acordo com a cúpula do Congresso para usar os recursos obtidos com a reoneração da folha de pagamento de alguns setores para zerar a Cide sobre o óleo diesel.
    "Se tirar R$ 0,10, o consumidor não vai nem notar", disse Soares, que revelou que terá uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, na quarta-feira, para apresentar sua proposta.

    Setor quer redução de PIS/Cofins

    Soares disse que o setor está propondo que os valores do PIS/Cofins voltem ao que eram antes de uma forte elevação em meados do ano passado. Naquela oportunidade, em busca de melhorar suas contas, o governo subiu de R$ 0,3816/litro para R$ 0,7925/litro o tributo sobre a gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 a taxa sobre o litro do diesel.
    As reduções no PIS/Cofins e da Cide ainda teriam efeito sobre o ICMS, imposto estadual cobrado sobre o valor dos produtos antes dos postos, com uma redução adicional no valor dos combustíveis, afirmou o dirigente da Fecombustíveis.
    "Aí os preços retornariam aos patamares do ano passado, seria uma redução mais expressiva, e acho que o governo não teria prejuízo", comentou ele, citando uma menor arrecadação com impostos.

    Política da Petrobras está correta, diz entidade

    Soares disse que vai propor ainda que o governo convença a Petrobras de que os reajustes de preços de combustíveis sejam feitos quinzenalmente, e não diariamente, como vem ocorrendo desde meados do ano passado, quando a estatal mudou sua política para tentar recuperar mercado perdido para importadores.
    Contudo, Soares disse que a política da Petrobras, de seguir as variações internacionais de petróleo e o câmbio, está correta.
    "Não somos contrários à política de precificação, mas entendemos que a Petrobras não precisaria mexer diariamente", disse ele, afirmando que entende a reivindicação dos motoristas de caminhão, que contratam o frete a um valor e depois se deparam com um diesel mais caro, na esteira dos preços do petróleo, perto dos maiores patamares desde 2014.
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    Caminhoneiros protestam pelo país contra o preço do diesel17 fotos

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    Caminhoneiros autônomos realizam, na manhã desta terça-feira (22), o segundo dia de protesto no Km 0 da BR 493, no sentido Manilha, em Itaboraí (RJ) Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
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