IMÓVEL OCUPADO RUIU EM SÃO PAULO Bombeiros acham 1º corpo em local de desabamento Polícia vai investigar cobrança de 'aluguel' Dono de prédio sob risco fará reparos Após restrição de foro, Toffoli tira do STF ações contra 7 parlamentares



Divulgação/Corpo Bombeiros de SPIMÓVEL OCUPADO RUIU EM SÃO PAULOBombeiros acham 1º corpo em local
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Bombeiros encontram corpo no local do desabamento de prédio em SP

Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo


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Prédio desaba após incêndio no centro de SP78 fotos

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4.mai.2018 - Bombeiros trabalham no local onde um corpo foi localizado em meio aos escombros do edifício que desabou no centro de São PauloImagem: Divulgação/Corpo Bombeiros de SP
O Corpo de Bombeiros localizou no início da tarde desta sexta-feira (4) o corpo de um dos seis desaparecidos após o desabamento de um prédio há três dias no centro de São Paulo. Segundo os bombeiros, às 14h de ontem a cadela Vasty identificou um sinal em meio aos escombros. As equipes passaram, então, a remover manualmente o material até encontrar a vítima, 22 horas depois. 
Nesta sexta, mais duas pessoas passaram a ser consideradas oficialmente desaparecidas após o desabamento do prédio: uma mulher chamada Eva e o marido dela, Walmir. Família e amigos notificaram o desaparecimento. Além do casal, também estão desaparecidos Ricardo Amorim, que é o morador que estava sendo resgatado no momento do desabamento, e Selma e seus dois filhos gêmeos.
"Não posso afirmar ainda que é Ricardo [o corpo encontrado], mas a possibilidade é bastante grande", disse coronel Max Mena, comandante do Corpo de Bombeiros que acompanha as buscas. O corpo foi encontrado perto do para-raio do edifício, local onde ocorria o resgate de Ricardo, e estava com o cinto de segurança utilizado durante a tentativa de salvamento.
Reprodução/Abiatar Arruda/TV Globo
Homem estava sendo resgatado quando prédio caiu
Por volta das 13h30, o secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves, visitou o local das buscas e afirmou que o corpo localizado nos escombros tem uma blusa de manga longa azul com capuz, semelhante à que Ricardo vestia no momento do desabamento.
Além da roupa, de acordo com o secretário, outro indício que leva a Ricardo é a presença de tatuagens no corpo. O apelido dele era "Tatuagem" por causa dos diversos desenhos espalhados pelo corpo.
"O corpo não está totalmente preservado; a cabeça da vítima ainda não foi localizada, nem todos os membros foram encontrados já nesse momento. O corpo demonstrou dilacerações decorrentes da queda, mas não vi nenhum sinal de queimadura", complementou Mágino.
"Não podemos ainda identificar positivamente essa vítima como sendo o Ricardo, conhecido porque estava sendo resgatado e acabou caindo. Mas podemos adiantar que ele foi encontrado no quadrante 01, na provável área de queda, e com algumas tatuagens no corpo", completou Mágino.
"Mas essas tatuagens ainda não permitiram que a gente identificasse como sendo o Ricardo", declarou.
Por outro lado, o secretário informou que a vítima está com as impressões digitais preservadas. Isso possibilitará que a identificação seja feita "o mais rápido possível" por meio de exame papiloscópico.
"Em pouquíssimo espaço de tempo vamos colher as impressões digitais dessa vítima e vamos fazer o confronto com o padrão na nossa base de dados", afirmou o Mágino.
Os bombeiros informaram que o corpo foi levado ao Instituto de Criminalística.

Trabalhos devem durar mais uma semana

Os trabalhos no local do desabamento devem durem ainda "pelo menos mais uma semana". "Apesar de termos uma expectativa baixa de número de vítimas, temos ainda 49 pessoas que não foram localizadas [em contraste com cadastro da Prefeitura], o que não significa que estivessem no prédio", explicou Mena.
De acordo com o coronel Mena, os trabalhos continuam até que se atinja o segundo subsolo — que também eram habitados, segundo as autoridades, mas nos quais a chance de haver vítimas seria mais remota. "É um trabalho bastante difícil. Tem que parar as máquinas e fazer a ação manual porque houve uma compactação muito grande chegando ao nível do subsolo", afirmou.
As buscas entraram hoje no quarto dia de trabalho. De manhã, os bombeiros localizaram armários de roupas e vestimentas, indício de que as equipes estariam já mais próximas de áreas habitáveis do edifício.

Chefe da perícia não confirma curto-circuito

Também de manhã desta sexta, o chefe do Instituto de Criminalística de São Paulo, Maurício Rodrigues Costa, esteve no local do desabamento e disse que ainda não pode confirmar a tese de que um curto-circuito teria causado o incêndio, já que o fogo e o volume de entulhos dificultam os trabalhos dos peritos.
Costa não arriscou um prazo para a finalização dos trabalhos --"podem durar muitos dias", resumiu"--, já que, apontou, a busca por aspectos "periciáveis" "não é refinada".
"Precisamos tentar entender o que levou a isso. A perícia parte de alguns princípios — se havia um botijão de gás, se ele estava ligado... é tudo muito amarrado e é uma busca por detalhes, mas que não está refinada. Você não pode partir para esse princípio [de uma tese única], teria uma grande chance de errar", afirmou.
Indagado sobre a divergência de posições, o secretário de segurança pública considerou que o argumento de cautela do chefe do IC é "algo realmente plausível", mas reforçou que duas testemunhas ouvidas no inquérito afirmaram ter havido o curto-circuito.
"São hipóteses estão abertas, mas o inquérito não está concluído ainda", declarou Mágino, para quem "não houve precipitação alguma" no anúncio de ontem.
"Vai ser muito difícil o inverso: você provar que não foi isso [curto-circuito]. Não houve precipitação nenhuma. O informe testemunhal nesses casos é muito importante, e veja bem, estamos falando de uma das vítimas, com ela informando ter havido um curto-circuito no cômodo dela. O que a polícia fez, e o que estamos procurando fazer o tempo inteiro, é prestar todas as informações que temos no momento", declarou.
Mágino confirmou que há três vítimas internadas por conta do incêndio no edifício. As três são da mesma família e estavam no apartamento onde teria ocorrido o curto-circuito. Mãe e filha estão internadas no Hospital das Clínicas. O pai está internado na Santa Casa com dois terços do corpo queimado.

VEJA COMO ESTÃO OS ESCOMBROS DO PRÉDIO QUE DESABOU EM SP

Após restrição de foro, Toffoli tira do STF ações contra 7 parlamentares



Do UOL, em Brasília

Foram seis ações penais e um inquérito em segredo de Justiça abrangidos pela decisão.
As ações penais têm como alvo os deputados federais Alberto Fraga (DEM-DF), Roberto Góes (PDT-AP), Marcos Reategui (PSDB-AP), Cícero Almeida (PHS-AL), Helder Salomão (PT-ES), Takayama (PSC-PR).
Por estar em segredo de Justiça, não foi divulgado o alvo do inquérito redistribuído por Toffoli.
Apenas o processo contra Alberto Fraga foi enviado à segunda instância, para o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), porque quando o caso foi enviado ao STF já estava tendo recursos julgados por esse tribunal.
Na quinta-feira (3) o STF concluiu o julgamento sobre o foro privilegiado para deputados federais e senadores e decidiu restringir a aplicação da regra prevista na Constituição Federal.
Com isso, apenas em casos específicos esses parlamentares terão direito ao foro privilegiado, regra que garante a eles serem julgados pelo Supremo em processos criminais.
Agora, só estarão incluídos na regra do foro privilegiado crimes cometidos durante o mandato e que têm relação com o cargo.
Por exemplo, um deputado que cometesse um crime de trânsito seria julgado em primeira instância. Já um deputado flagrado negociando propina em troca da aprovação de projetos na Câmara permaneceria sendo julgado pelo STF.
Antes, a regra do foro previa que esses parlamentares seriam julgados no STF em ações criminais relativas a qualquer tipo de crime, praticado antes ou durante o mandato.
copiado https://www.uol.com.br/

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