Colaborador de Macron que atacou manifestantes reconhece erro Executados no Japão mais seis antigos membros da seita Aum

Colaborador de Macron que atacou manifestantes reconhece erro

AFP/Arquivos / Thomas SAMSON(16 jul) O ex-colaborador de Macron Alexandre Benalla
O ex-responsável pela segurança de Emmanuel Macron reconheceu nesta quinta-feira (16) que "cometeu um erro" ao agredir dois manifestantes em um protesto, mas denunciou que as pessoas que detonaram o escândalo querem "prejudicar" o presidente francês.
"Tenho a sensação de ter cometido uma grande idiotice. De ter cometido um erro [...] nunca deveria ter ido a essa manifestação como observador, e talvez devesse ter permanecido à margem", disse Alexandre Benalla em entrevista ao jornal "Le Monde".
Foi este mesmo veículo que revelou o caso na semana passada, mergulhando o governo Macron em sua pior crise política. Em um vídeo amador, vê-se Benalla, com um capacete e uma braçadeira da Polícia, agredindo dois manifestantes durante um protesto em Paris, em 1º de maio passado, Dia dos Trabalhadores.
As revelações de que a Presidência estava a par do incidente e não informou a Justiça, como determina a lei, levantaram fortes críticas da oposição que viu nisso uma tentativa de acobertar o caso.
Indiciado por violência e usurpação de funções, Benalla disse "assumir" seu ato.
"Não estou na teoria conspiratória", afirmou.
"Mas, sobre o que aconteceu depois, tenho dúvidas. Havia, em primeiro lugar, um desejo de prejudicar o presidente da República. Disso não tenho dúvida", acrescentou.
"Tentaram me atingir (...) e era também uma oportunidade de atingir o presidente", apontou.
Segundo Benalla, "as pessoas que revelaram esse caso estão num nível muito alto (...) políticos e polícia".
- Macron fala
Após seis dias de silêncio absoluto e sob pressão da oposição, Emmanuel Macron resolveu falar na terça-feira à noite, assumindo sua "responsabilidade" pelo escândalo.
"O que aconteceu em 1º de maio [...] é grave, sério e, para mim, foi uma decepção, uma traição", declarou Macron, referindo-se àquele que foi, desde a campanha presidencial de 2017, um de seus mais próximos homens de confiança.
Nesta quinta, em conversa com a AFP no sudoeste da França, o presidente mudou um pouco de tom, avaliando que o "caso Benalla" é "apenas uma tempestade em copo d'água".
"Eu disse o que eu tinha a dizer, ou seja, que eu acredito que seja uma tempestade em um copo d'água. E, para muitos, é um tormento", disse Macron a uma jornalista da AFP, antes de se reunir com uma delegação de agricultores.
"Isso não me afeta muito, não se preocupe. Estou com meus concidadãos", acrescentou Macron, que passou cinco minutos na frente da prefeitura de Campan dans les Hautes-Pyrénées (sudoeste) cumprimentando a multidão e, depois, fazendo uma selfie com os escoteiros da França.
Da multidão, alguém gritou "bom dia, Manu!". O presidente respondeu com um sorriso: "ah, não, não me provoque!".
Em 18 de junho passado, em uma polêmica conversa com um adolescente que o chamou de "Manu", Emmanuel Macron deu uma bronca: "você deve me chamar de senhor presidente da República, ou senhor, entendeu?"

Executados no Japão mais seis antigos membros da seita Aum

AFP/Arquivos / Toshifumi KITAMURAMulher passa diante de televisão que anuncia a execução de Shoko Asahara, em 6 de julho de 2018 em Tóquio.
Seis antigos membros da seita Aum Verdade Suprema condenados pelo atentado com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995 foram executados por enforcamento na manhã desta quinta-feira.
A ministra da Justiça, Yoko Kamikawa, confirmou que os seis membros da seita que permaneciam no corredor da morte foram executados na manhã desta quinta-feira.
"Dei a ordem para executá-los após uma reflexão extremamente cuidadosa", revelou a ministra.
No início do mês, Shoko Asahara, o guru fundador da Aum Verdade Suprema, e outros seis membros da seita também foram executados por enforcamento por seu papel no ataque com gás sarin.
Shoko Asahara - cujo verdadeiro nome era Chizuo Matsumoto - estava há anos no corredor da morte com outros doze cúmplices envolvidos no atentado, que matou 13 pessoas e causou lesões, algumas irreversíveis, em outras 6.300.
Outros 190 membros da seita foram condenados a penas de prisão pelo atentado, o pior já ocorrido no Japão.
Na manhã de 20 de março de 1995, executando um plano bem montado, vários membros da Aum Verdade Suprema, seita criada por Asahara, espalharam o gás sarin pelos vagões do metrô da capital.
O sarin foi colocado em bolsas plásticas em cinco composições do metrô de Tóquio, que após serem furadas pelas pontas dos guarda-chuvas deixaram escapar o gás.
Em um primeiro momento, ninguém entendeu o que estava acontecendo naquela manhã, em plena hora do rush, quando vários passageiros começaram a sufocar, sem ver nada, em várias estações das linhas atacadas.
Algum tempo antes, no que parece ter sido um ensaio do ataque em Tóquio, sete pessoas morreram na cidade de Matsumoto, no centro do país, onde outras 600 sofreram diversas lesões, algumas definitivas.
A seita conseguiu fabricar importantes quantidades do gás sarin em um laboratório, reproduzindo um produto mortal criado pelos cientistas do regime nazista na Alemanha no final dos anos 1930.
Em dezembro de 1999, a seita Aum admitiu, pela primeira vez, sua responsabilidade nos ataques contra Tóquio e Matsumoto, e pediu desculpas.

copiado https://www.afp.com

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