Indiana forçada a se casar aos 12 anos supera abusos e vira milionária


 

Atualizado em  28 de maio, 2012 - 10:56 (Brasília) 13:56 GMT
Kalpana Saroj (Foto: Kamani Tubes-Divulgação)
Nascida em um grupo marginalizado, Saroj tem uma incomum história de sucesso (Foto: Kamani Tubes-Divulgação)
Uma mulher indiana de uma classe marginalizada, que chegou a tentar o suicídio para escapar da discriminação, da pobreza e dos abusos físicos, é hoje a presidente-executiva de uma empresa multimilionária da Índia.
A vida de Kalpana Saroj, uma executiva bem-sucedida e premiada, tem elementos que parecem saídos de um filme de Bollywood, com a superação de obstáculos até chegar a um final feliz.
Nascida em uma baixa casta do grupo Dalit (uma população sul-asiática de várias castas considerada intocável), Saroj foi vítima de bullying na escola, forçada a se casar aos 12 anos, enfrentou pressões sociais para conseguir abandonar seu marido e tentou tirar sua própria vida.
"A primeira vez que cheguei em Mumbai (sul da Índia), sequer sabia para onde ir. Eu vinha de uma aldeia tão pequena. Hoje minha companhia dá nome a duas estradas na cidade", relata Saroj, resumindo as transformações que enfrentou em sua vida.

Sistema de castas

O sistema de castas da Índia é uma antiga forma de hierarquia social, em que a pessoa é desde seu nascimento classificada em uma categoria da sociedade. Quem nasce em castas mais baixas é historicamente fadado à discriminação.
"Os pais de alguns de meus amigos não me deixavam entrar em suas casas. Eu não podia participar de algumas atividades da escola por ser Dalit", diz Saroj, hoje com 52 anos de idade.
Seu pai permitiu que ela obtivesse educação escolar, mas pressões sociais a forçaram a se tornar uma noiva aos 12 anos. Mudou-se para uma favela de Mumbai com seu marido, dez anos mais velho.
Para piorar, começou a sofrer abusos. "Fui maltratada pelo irmão mais velho do meu marido e pela mulher dele. Eles puxavam meu cabelo e me batiam, às vezes por coisas pequenas. Eu me sentia quebrada pelas agressões verbais e físicas."
O ato de abandonar um marido é fortemente repreendido na cultura indiana, mas, graças ao apoio de seu pai - que, durante uma visita a Mumbai, chocou-se ao ver a filha abatida e vestindo trapos -, Saroj conseguiu escapar de seu relacionamento abusivo.
O retorno de Saroj a sua aldeia natal, no entanto, foi visto como um fracasso pelos vizinhos. Para escapar da pressão social, ela focou suas energias em tentar obter um emprego e aprender a costurar.
Mas mesmo após conquistar algum grau de independência, ela não conseguiu suportar a pressão.
"Certo dia decidi pôr fim à minha vida. Bebi três garrafas de inseticida", recorda.
Foi salva por sua tia, que entrou no quarto e encontrou-se com ela espumando e convulsionando incontrolavelmente.

Virada

Kalpana Saroj (Foto: Kamani Tubes-Divulgação)
Saroj destacou-se como empreendedora e ganhou respeito entre executivos (Foto: Kamani Tubes-Divulgação)
Foi um ponto de virada em sua vida. "Decidi que ia viver a minha vida e fazer algo grandioso."
Aos 16 anos, ela mudou-se de volta a Mumbai e foi morar na casa de um tio, para trabalhar como alfaiate. Começou recebendo um dólar por mês para operar máquinas de costura industriais. Foi recebendo seu salário aos poucos, mas, quando ela percebeu que o dinheiro seria insuficiente para pagar um tratamento de saúde para sua irmã doente, descobriu que precisaria ir além.
"Fiquei muito desapontada ao notar que o dinheiro importa sim na vida, e eu precisava ganhar mais", afirma.
Ela tomou um empréstimo do governo e abriu um empreendimento no setor de móveis. Fazendo jornadas de trabalho de 16 horas diárias - hábito que mantém até hoje -, acabou conquistando admiração no mundo empresarial.
Foi convidada a assumir o comando de uma empresa de produção de metais, Kamani Tubes, que estava fortemente endividada. Reestruturou e mudou a companhia.
"Queria fazer justiça para os empregados da empresa", diz Saroj sobre sua motivação. "Tinha que salvá-la. Eu entendia a posição das pessoas que trabalhavam ali e precisavam pôr comida na mesa de suas famílias."
A Kamani Tubes é hoje uma empresa multimilionária, que emprega pessoas de diferentes castas.
Saroj, por sua vez, casou-se novamente, com um executivo do setor moveleiro, e teve dois filhos.
Como Dalit e como mulher, sua história é um ponto fora da curva num país onde tão poucos altos executivos têm origens marginalizadas.
Kalpana Saroj foi entrevistada pelo programa Outlook, da BBC. Clique Clique aqui para ouvir a entrevista original, em inglês

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Após massacre de civis, Síria é alvo de ofensiva diplomática

  
Atualizado em  28 de maio, 2012 - 07:37 (Brasília) 10:37 GMT
Funeral em massa de vítimas do massacre em Houla (foto cedida à Reuters)
Ativistas dizem que cidade síria foi atacada com artilharia pesada, que vitimou mulheres e crianças
A comunidade internacional intensificou a ação diplomática contra a Síria, em reação ao massacre de ao menos 108 pessoas na cidade de Houla no final de semana.
Segundo a ONU, 49 crianças e 34 mulheres estão entre os mortos. Ativistas dizem que tropas sírias usaram munição pesada para atacar em Houla, enquanto milícias pró-regime avançavam contra as pessoas nas ruas e nas casas.
O enviado especial da ONU para a crise síria, Kofi Annan, deverá visitar Damasco nesta segunda-feira, depois de o Conselho de Segurança do organismo ter adotado, por unanimidade em reunião emergencial no domingo, declaração condenando o uso de artilharia pesada pelo governo sírio em Houla.
A China, outra aliada do regime sírio, também condenou "a matança cruel" em Houla. "(Pequim) está profundamente chocada pelo alto número de civis mortos", disse nesta segunda-feira o porta-voz da Chancelaria chinesa, Liu Weimin.
Já o embaixador da Síria na ONU alegou que a decisão do Conselho de Segurança é baseada em um "tsunami de mentiras" e atribuiu a culpa pelas mortes a "terroristas".
Ainda nesta segunda-feira, Kofi Annan deverá encontrar-se com Bashar al-Assad em Damasco.

Rússia e Grã-Bretanha

Em outra frente diplomática, os chanceleres da Rússia (forte aliada da Síria) e da Grã-Bretanha se encontraram em Moscou e debateram a crise síria, que há mais de um ano vive uma onda de protestos fortemente reprimida pelo governo, com um saldo estimado em 10 mil mortes.
Em uma entrevista coletiva com o chanceler russo, o britânico William Hague disse que a Síria precisa implementar o plano de paz proposto pela ONU (que inclui um cessar-fogo e um processo de transição política) e que a alternativa a isso "é o caos crescente e a aproximação da guerra civil e do colapso" do país.
Já o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que "os dois lados do conflito" sírio estiveram envolvidos no massacre de Houla. Questionado se o presidente sírio, Bashar al-Assad, poderia ser parte da solução para a Síria, ele respondeu que pôr fim à violência no país era mais importante do que determinar quem estará no poder.

Cessar-fogo fracassado

Apesar da pressão internacional e da aprovação de um cessar-fogo, a violência tem continuado na Síria, mesmo com a presença de 280 observadores da ONU.
Ativistas da oposição dizem que ao menos 30 pessoas foram mortas no domingo, quando o Exército sírio cercou a cidade de Hama. Os relatos não puderam ser verificados de forma independente.
O correspondente da BBC no Líbano, Jim Muir, diz que não há nenhum sinal de mudanças na atuação das tropas de Assad como consequência da condenação internacional ao massacre de Houla.
E, para alguns analistas, é improvável que o massacre marque um ponto de virada no conflito sírio - ao contrário de massacres em conflitos anteriores, como o de Srebrenica, em 1995, que forçou a intervenção internacional na guerra da Bósnia.
"Apesar do fato de que as terríveis imagens emergindo da cidade de Houla irão gerar novas pressões sobre todos esses países para que repensem sua cautela, o resultado mais provável deverá ser diplomacia intensificada, e não uma corrida à guerra", disse em artigo à BBC o pesquisador do Royal United Services Institute Shashank Joshi.
"Oficiais da Otan (aliança militar ocidental) insistem que não estão planejando uma intervenção na Síria. Autoridades americanas têm sido cautelosas. Alguns Estados árabes – particularmente Arábia Saudita e Catar – vêm pedindo o uso da força, mas limitam sua intervenção a armas e dinheiro", agrega.
Clique Leia na BBC Brasil o artigo de Sashank Joshi sobre os rumos do conflito sírio
Internamente, a matança em Houla provocou protestos de milhares de ativistas, que saíram às ruas do país.

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Inscrições para Enem 2012 já estão abertas

estadao.com.br, Atualizado: 28/05/2012 07:40

Inscrições para Enem 2012 já estão abertas



  • Inscrições para Enem 2012 já estão abertas
    "Nota do exame é usada como critério de seleção de universidades públicas"
    BRASÍLIA - As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abriram na manhã desta segunda-feira, 28. Os candidatos poderão se inscrever até o dia 15 de junho, exclusivamente pelo link http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao/. As provas, que avaliam o desempenho dos alunos do ensino médio nacional e cujas notas são usadas para o ingresso em algumas faculdades, serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro.
    Os candidatos poderão acessar o passo a passo da inscrição pelo hotsite http://www.enem.inep.gov.br/dicas.html. As orientações disponíveis indicam o que e como deve ser preenchida cada uma das telas e há também dicas voltadas para o dia do exame.
    A taxa de inscrição permanece em R$ 35. Alunos que estejam cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública estão isentos do pagamento, que deverá ser feito até 20 de junho por meio do boleto gerado durante a inscrição.
    No primeiro dia do exame, sábado, os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e da natureza. No domingo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração. A divulgação do gabarito está prevista para o dia 7 de novembro, e o resultado final deve sair em 28 de dezembro.
    Para 2012, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) anunciou mudanças nos critérios de correção da redação com o objetivo de tornar o processo mais objetivo e reduzir a margem de erros.
    No ano passado, mais de 6 milhões de alunos se inscreveram para a prova. Desde 2009, o Enem passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais.
    A nota da prova também é uma forma de avaliação para quem quer participar de programas de acesso ao ensino superior e de financiamento público, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e as bolsas de estudo no exterior do Ciência sem Fronteira.

    Os bons companheiros

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    Demétrio Magnoli

    De "caçador de marajás" Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira seu alvo é Policarpo Jr., da revista Veja, a quem acusa de se associar ao contraventor "para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem". Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas - e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte - algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

    Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações - verdadeiras ou falsas - com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo que sua divulgação seja do interesse circunstancial de uma facção criminosa.
    Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, até mesmo pela quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base nessas notícias, atendendo ao interesse público. A revista em que trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira - uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.
    A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como "chefe da quadrilha", engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa - e, com ela, as informações que o incriminam.
    O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do "controle social da mídia". A sucessão, contudo, representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.
    No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito "200 ligações" telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas - não 200 - ligações com sua fonte.
    A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta "parceria Cachoeira-Policarpo Jr." como "bandidagem em comum". Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação da Carta Capital ocupava o cargo de editor de Veja, a publicação em que hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da "eficiência" da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação "tranquilizava o povo". O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio (http://www.pannunzio.com.br/), sob a rubrica Quem foi quem na ditadura.
    Na Veja de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de R$ 1 milhão para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobrás (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).
    Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo - ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.
    * SOCIÓLOGO,  É DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@UOL.COM.BR copiado :http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,os-bons--companheiros

    Governistas devem convocar Perillo e já admitem expor Agnelo

    26/05/2012 - 08:36

    CPI do Cachoeira

     

    Partidos da base fecharam acordo para que tucano seja convocado na terça-feira. Setores do PT já admitem deixar Agnelo Queiroz à própria sorte se a oposição ameaçar paralisar a CPI

    Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás (Dida Sampaio/AE)
    Os partidos aliados aceleraram o fechamento de um acordo para aprovar apenas a convocação do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, na reunião administrativa prevista para terça-feira. Diante do mal-estar e de ameaças do PMDB, os petistas concordaram em manter a blindagem ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Por ora, a estratégia é tentar poupar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), mas setores do PT já admitem deixá-lo à própria sorte se a oposição ameaçar paralisar a CPI.
    O argumento dos aliados para restringir a convocação ao governador tucano é que Perillo está envolvido "até a alma" no esquema de Cachoeira. A situação do governador ficou ainda mais complicada depois do depoimento do ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, que apresentou versão diferente da de Perillo para venda da casa do governador, onde Cachoeira foi preso.
    A alegação para poupar os governadores de partidos da base aliada é de que eles não aparecem envolvidos diretamente com o esquema ilegal do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mas os aliados já foram avisados de que essa ação cirúrgica para atingir apenas o tucano pode paralisar a CPI e forçar uma operação toma-lá-dá-cá, com o sacrifício do petista.
    Para preservar Cabral, o PMDB ameaçou: se o governador fluminense for convocado, o PT ficará isolado na CPI. O "troco", segundo um peemedebista, virá na aprovação de requerimentos com "alto teor de periculosidade para o governo", como a convocação de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), e a quebra dos sigilos de todos os contratos da Delta com o governos federal e estaduais. A Delta é a maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
    A avaliação dos governistas é que tanto Agnelo quanto Cabral não aparecem envolvidos diretamente com o contraventor nas investigações deflagradas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. Daí serem desnecessárias as convocações.
    Reação - A oposição promete espernear e não deixar apenas o governador tucano "ir para a forca". Mas sabe, de antemão, que não dispõe de votos suficientes para barrar o trator do governo na CPI do Cachoeira. Dos 32 integrantes, os oposicionistas têm só sete votos na comissão. Os chamados parlamentares independentes deverão ficar ao lado do governo, diante dos fortes indícios de ligação de Perillo com o Carlos Cachoeira.
    (Com Agência Estado) copiado : http://veja.abril.com.br/

    Lula pressiona Gilmar Mendes para adiar mensalão, diz Veja

    Em troca, ex-presidente teria oferecido proteção ao ministro na CPI do Cachoeira


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    RIO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para tentar adiar o julgamento do mensalão em troca de blindagem na CPI do Cachoeira. Segundo reportagem da revista Veja, Lula conversou com o ministro no dia 26 de abril, no escritório do ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF Nelson Jobim, em Brasília.


    Nos bastidores da CPI, circula a história de que Gilmar Mendes teria viajado a Berlim, na Alemanha, com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em um avião cedido pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. Como argumento para seu pedido, Lula teria dito que o mais correto seria julgar o mensalão após as eleições municipais de outubro. Além disso, teria contado que também iria conversar com outros ministros do Supremo.
    - Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula - disse à Veja Gilmar Mendes, que confirma o encontro com Demóstenes em Berlim, mas diz que pagou todas as despesas e tem como comprovar.
    Segundo a revista, Lula ainda teria dito ao ministro: “o Zé Dirceu está desesperado”. O ex-ministro da Casa Civil de Lula, na época do escândalo do mensalão, foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como o chefe da quadrilha.
    A reportagem conta também que o Gilmar Mendes ainda ouviu de Lula a estratégia que usaria para fazer o mesmo pedido a ministros do STF. De acordo com a revista, Lula encarregaria o amigo Sepúlveda Pertence, chefe da Comissão de Ética Pública da Presidência, de conversar sobre o processo do mensalão com a ministra Cármen Lúcia. Sepúlveda é padrinho da indicação da ministra ao tribunal. Quando presidente, Lula foi responsável pela indicação de seis dos onze atuais ministros do Supremo.
    Sobre o ministro José Dias Toffoli, Lula teria dito: “eu já disse ao Toffoli que ele tem que participar do julgamento”. A participação do ministro, um dos indicados por Lula, é uma dúvida, porque a namorada dele é advogada de Roberta Rangel, que atuou na defesa de três réus do mensalão.
    À revista, Nelson Jobim confirmou o encontro no seu escritório, mas se limitou a dizer que a conversa foi em tom amigável. Lula não respondeu à Veja.
    De acordo com a reportagem, Gilmar Mendes relatou a conversa com Lula esta semana ao presidente do STF, ministro Ayres Britto. Além das eleições municipais, o adiamento do julgamento do mensalão pode significar a prescrição de vários crimes do processo. Além disso, no próximo ano, os ministros Ayres Britto e Cesar Peluso, considerados propensos à condenação dos réus, estarão aposentados.copiado : http://oglobo.globo.com

    Mais de 120 alunas são envenenadas no Afeganistão

    
Menina é atendida em hospital após envenenamento na província de Takhar
Foto: WAHDAT AFGHAN / REUTERS

    Menina é atendida em hospital após envenenamento na província de Takhar WAHDAT AFGHAN / REUTERS
    TALIQAN, Afeganistão — Mais de 120 estudantes, todas meninas, e três professores foram envenenados no norte do Afeganistão. É o segundo ataque do tipo em meses no país, e a polícia e as autoridades escolares culpam radicais conservadores pela ação.
    O incidente aconteceu na província de Takhar, onde, de acordo com a polícia, radicais que se opõe à educação de mulheres e meninas usaram substâncias tóxicas não identificadas para contaminar o ar das salas de aula. Várias alunas ficaram inconscientes.
    O Diretório Nacional de Segurança, a agência de inteligência do Afeganistão, afirma que o Talibã tem a intenção de fechar escolas antes da retirada das tropas internacionais do país.
    — Parte da operação Ofensiva de Primavera deles é fechar escolas. Ao envenenar garotas eles querem criar medo. Eles tentam fazer com que as famílias não mandem seus filhos para a escola — afirma Lutfullah Mashal, porta-voz do diretório.
    O Ministério de Educação do Afeganistão informou na semana passada que 550 escolas de 11 províncias onde o Talibã tem forte apoio foram fechadas por insurgentes.
    No mês passado, 150 alunas foram envenenadas na província de Takhar após beber água contaminada.
    Desde que o Talibã foi expulso do poder em 2001, as meninas afegãs voltaram a frequentar as escolas, especialmente na capital Cabul. Antes, mulheres não podiam trabalhar nem ter acesso à educação.
    O país ainda enfrenta ataques periódicos contra estudantes, professores e escolas, geralmente no sul e leste, partes mais conservadoras do país onde o Talibã tem maio apoio.
    copiado : http://oglobo.globo.com

    Segundo ativistas, pelo menos 90 pessoas morreram em Houla, sendo 25 crianças

    com agências internacionais
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Corpos de vítimas do ataque contra Houla
Foto: REUTERS
    Corpos de vítimas do ataque contra Houla REUTERS
    BEIRUTE e GENEBRA — Um grande ataque à cidade síria de Houla, na província de Homs, deixou pelo menos 90 mortos, incluindo 25 crianças, informam ativistas e opositores. É um dos episódios com o maior número de mortos em uma única ofensiva desde que o cessar-fogo entrou em vigor no país, em abril. Mais de 250 observadores enviados pela ONU tentam fiscalizar a situação na Síria.
    De acordo com o porta-voz do enviado especial da Liga Árabe e da ONU para a Síria, os monitores já estão a caminho da cidade para conferir a situação. O chanceler francês Laurent Fabius condenou a violência classificada de “massacre” e disse querer marcar um encontro em Paris com o grupo Amigos da Síria, formado por países ocidentais e árabes que querem tirar o presidente Bashar al-Assad do poder.
    Segundo ativistas, as forças do presidente sírio abriram fogo contra a cidade ainda na sexta-feira, após desavenças com insurgentes de Houla, que concentra vilarejos ao norte da cidade de Homs. Tanques, morteiros e potentes metralhadoras foram usados.
    De acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH), os moradores da região continuam a fugir, com medo de que os ataques recomecem. Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas. Segundo o Conselho Nacional Sírio, mais de 110 pessoas foram mortas pelas forças do regime, enquanto o OSDH contabiliza pelo menos 90.
    Ativistas relatam que uma família com seis pessoas foi morta ao ter sua casa atingida diretamente por um morteiro. Um vídeo publicado na internet mostra corpos de dez crianças, cobertos de sangue, lado a lado no chão.
    Homs é uma das províncias mais atingidas pela repressão do governo Assad desde o início da revolta no país, em março de 2011.  copiado : http://oglobo.globo.com

    'Militares não têm o que temer’, diz ex-marido de Dilma

    Carlos Araújo participou da luta armada junto com a presidente


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    BRASÍLIA - Por causa de problemas de saúde, o advogado Carlos Araújo, que junto com a presidente Dilma Rousseff participou da luta armada contra o regime militar, no Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), não pode dividir com a ex-companheira de 30 anos a emoção durante a instalação da Comissão da Verdade. Os dois foram presos e torturados com pau de arara e choques elétricos nos órgãos genitais e Araújo chegou a tentar suicídio. Embora defenda que aspectos obscuros desse período sejam revelados, o ex-marido da presidente diz que os militares não têm o que temer, porque a Lei da Anistia já considera prescritos os crimes da ditadura.


    O GLOBO: O senhor sofreu torturas e ficou preso em São Paulo e Rio Grande do Sul. O que significa a criação dessa comissão para o senhor?
    CARLOS ARAÚJO: A gente vai finalmente poder revelar acontecimentos fundamentais para que a sociedade e o país conheçam a sua própria história. É importante tornar públicos fatos desconhecidos da sociedade brasileira. Quem não conhece seu passado não pode planejar o seu futuro. Não é um acerto de contas nem revanche. É uma oportunidade para que essa parte da História seja finalmente conhecida.
    O senhor que já foi preso e torturado junto com a presidente Dilma, acha que a comissão deve começar por onde?
    CARLOS ARAÚJO: Acho que a Comissão deve começar por um amplo e profundo estudo dos documentos e arquivos dos DOI/CODIs. Tem pelo menos oito milhões de folhas de documentos arquivados no Arquivo Nacional. Vai ser um trabalho hercúleo, mas é preciso analisar esses documentos e ouvir depoimentos das pessoas envolvidas ainda vivas. Tem muita gente viva daquela época.
    Quem daquela época , do outro lado, deve ser ouvido?
    CARLOS ARAÚJO: Todas as pessoas que tem fatos ainda não esclarecidos para narrar. Tem que ouvir pessoas, examinar os processos que correm no Judiciário. Tem muitas denúncias e fatos importantes nesses processos ainda não esclarecidas.
    A maior reação dos militares é a possibilidade de a Comissão da Verdade ser um primeiro passo para a revisão da lei da anistia...
    CARLOS ARAÚJO: Isto não está em cogitação. A Comissão vai apurar aspectos não esclarecidos desde 1946, mas ninguém pode ser punido. O Supremo já decidiu que esses crimes estão prescritos. A Lei da Anistia é constitucional e os crimes prescritos, não vejo porque essa preocupação dos militares. O papel da comissão da Verdade será esclarecer fatos obscuros e tornar públicos aspectos da nossa História. (Os militares) não querem que esses aspectos obscuros sejam revelados, por isso, estão reagindo.
    O ex-ministro do Exército, general Leônidas Pires, diz que a comissão é como uma moeda falsa, porque só tem um lado, não vai investigar crimes dos que resistiram à ditadura...
    CARLOS ARAÚJO: Eu já fui punido! Fui condenado, julgado e preso. A comissão não vai julgar nem condenar ninguém do outro lado. Não tem porque temer nada. Só vão ser revelados os fatos verdadeiros daquela época.
    O senhor vai ser ouvido para contar sobre torturas durante sua prisão?
    CARLOS ARAÚJO: Não sei ainda. A comissão é que vai decidir. Os fatos que conheço daquela época já são mais ou menos de conhecimento público.
    A presidente Dilma foi corajosa ao criar a comissão?
    CARLOS ARAÚJO: A Dilma foi coerente. Ela coloca todos os assuntos na mesa, independente de crises ou polêmicas que venham causar.copiado : http://www.globo.com/

    Veja a repercussão dos vetos ao Código Florestal

     

    Presidente vetou 12 artigos da nova lei, mas governo não deu detalhes.
    Mudanças por medida provisória foram criticadas.



    Do G1, em São Paulo e em Brasília                                
    A presidente Dilma Rousseff vetou 12 artigos do novo Código Florestal e fez outras 32 alterações, anunciaram ministros nesta sexta-feira (25). As principais críticas dizem respeito à falta de detalhes das mudanças que foram feitas e à decisão de fazer as alterações por medida provisória -- o que obriga o texto a voltar ao Congresso.
    Confira abaixo a repercussão da decisão:
    Deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), da Frente Ambientalista na Câmara
    “Pelo pouco divulgado, é possível afirmar que o retrocesso em termos de preservação ambiental foi mantido. A Presidência vetou poucos artigos e manteve no texto uma série de mudanças que reduzem a proteção ambiental e anistiam aqueles que derrubaram florestas ilegalmente.” Leia mais.
    Deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO)
    "Eu vejo com muita preocupação [os vetos], até porque foi um gesto de desrespeito ao Congresso Nacional, no momento em que ela não só veta, mas edita uma medida provisória repondo o texto do Senado que foi derrotado na Câmara. É uma medida totalmente antidemocrática e grosseira."
    "O governo não pode editar medida provisória sobre matéria que já votada e aprovada no Congresso Nacional antes que analisemos os vetos. Isso é inconstitucional, de acordo com o artigo 62 da Constituição, e é uma afronta e um desrespeito ao Congresso Nacional. O Código foi aprovado com ampla margem de votos nas duas casas". Leia mais.
    Deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG), autor do texto do Código Florestal aprovado no Congresso
    "Fixar faixas de recuperação de matas na beira dos rios para valer para o país inteiro não é inteligente. Pelo menos, o governo estipulou limites diferenciados para os pequenos produtores.” Leia mais.
    Deputado federal Sarney Filho (PV – MA), líder do PV na Câmara
    "Se no detalhe da segunda-feira o que for dito se vier a confirmar, a presidente Dilma cumpriu compromissos de segundo turno, mas isso não quer dizer que movimento ambientalista, a frente parlamentar e o PV estejam em concordância com o veto parcial."
    "O veto parcial é um complicador da classificação jurídica do código florestal."
    Márcio Astrini, coordenador da Campanha Amazônica do Greenpeace
    “É uma decepção não só nossa, não só dos ambientalistas, mas também de toda a população brasileira. Primeiro, por a Dilma não ter vetado na integralidade o texto e segundo porque divulgou que haverá vetos, mas não divulgou qual a extensão desses vetos e qual será a nova lei." Leia mais.
    Assuero Doca Veronez, Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e vice-presidente da CNA
    “Em relação à recomposição de APPs, da nossa parte, era como um veto anunciado. Esse era o ponto mais polêmico, de maior conflito, pela dificuldade até regimental. Porque não se pode construir um texto adequado, ficou um pouco manco o texto”.
    Sobre a reposição de áreas desmatadas: “fica determinado que todos os produtores terão que restaurar em algum nível, com responsabilidade gradativa, do pequeno ao grande (...). Inclusive os grandes saíram perdendo.” Leia mais.
    Kenzo Jucá Ferreira, analista de políticas públicas da ONG WWF
    É inadmissível o anúncio ter sido incompleto. A anistia não foi afastada do projeto, muito pelo contrário. O anúncio nos leva a uma futura lei até mais flexível que o texto do Paulo Piau."
    “Se houvesse veto integral, ela não precisaria emitir medida provisória, e não teria que voltar para o Congresso. O governo optou pelo caminho menos seguro. O que pode ser positivo hoje pode piorar quando voltar para o Congresso." Leia mais.
    Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB)
    “Não houve mudança profunda [em relação ao texto aprovado pelo Congresso e o que será sancionado pela presidente], e se mostrou uma preocupação em atender aos pequenos produtores, o que é correto. Mas ainda precisamos analisar melhor as mudanças para termos ideia do que propõem a presidente." Leia mais.
    Artur Paiva, coordenador dos serviços ambientais da ONG Conservação Internacional"O melhor é que não passou o projeto aprovado pela Câmara em abril. Esse projeto era um completo desastre em todos os sentidos.”
    “Não é o melhor dos mundos, mas também não é o fim de tudo. Com certeza essa novela vai continuar. Um veto parcial (...) cria um novo debate e não resolve 100% as preocupações ambientais. A gente espera que a Dilma mantenha essa linha e não seja refém de uma bancada ruralista.” Leia mais.
    Glauber Silveira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil)
    “A gente previa que seria vetado. Quando mexeram no texto, a questão não ficou clara (...). O código não tem que ser bonzinho, ele tem que ser claro. O que queremos é que, depois, não venha o fiscal dizer que não é bem isso que esta dizendo o código, o texto não pode deixar caráter subjetivo. O que a gente espera é que fique transparente." Leia mais.
    Mário Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica
    “Foi um desastre em todos os aspectos. Não dá para achar nada, foi um teatro o que foi feito hoje.”
    “O pior de tudo foi a postura covarde do governo. Ninguém sabe o que é o texto ainda. Faltou transparência. É uma vergonha. Nem o Ficha Limpa teve uma mobilização tão grande. A presidente tinha que ter ido lá."
    “O cenário é ruim. Quando você faz alterações em medida provisória, ela volta para a Câmara, ela não vai dar em nada.” Leia mais.
    Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente
    "Foi feita uma cortina para apresentar uma versão, sem que ninguém tenha acesso ao texto. O caráter dessas modificações e artigos que foram vetados não se sabe ainda. Mesmo com todo cuidado da versão apresentada e, ao que tudo indica, se confirmar no Diário Oficial de segunda, continua mantida a anistia paa desmatadores e continua mantida a redução da proteção da áreas."
    Randerson Aguiar, produtor de milho na região de Anápolis (GO)
    "O Código está penalizando a produção rural do Brasil, para pagar um passivo ambiental de 500 anos que não é só nosso.”
    "O produtor rural não pode ser eleito como o vilão do meio ambiente. Somos os mais interessados na sustentabilidade, dependemos dos índices pluviométricos. Só queremos segurança jurídica para produzir. Ninguém discute APPs e nascentes no meio urbano, que polui e degrada muito mais." Leia mais.

    Pedro Abramovay, diretor de Campanhas da ONG Avaaz
    “Percebemos que uma mobilização publica gigantesca conseguiu proteger as florestas do absurdo que era aquele texto aprovado na Câmara. Isso muda o patamar da discussão. Se houve um veto considerável nesse momento, veio de uma pressão enorme feita pela opinião pública. A presidente Dilma Rousseff poderia sair desse momento como a grande líder internacional ambiental com esse veto, especialmente devido a Rio+20, mas preferiu não”. Leia mais.
    Jim Leape, diretor-geral da WWF Internacional
    “Na última década, o Brasil tem estado em um caminho de progresso econômico e ambiental. O anúncio da presidente Rousseff de hoje cria um futuro incerto para as florestas brasileiras, considerando que o Congresso pode cortar ainda mais as proteções florestais.” Leia mais.
    Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja - MT)“A manutenção da APP proporcional ao tamanho de cada propriedade representa um avanço. É justo. Quanto menor a propriedade, menor a APP. Quanto maior a área, maior a área de preservação.” Leia mais.
    Código Florestal V3 (Foto: Editoria de Arte/G1)

    veja copiado : http://www.globo.com/

    Equipa de observadores da ONU na região de Houla

    Síria

     

    por LusaHoje
    Equipa de observadores da ONU na região de Houla
    Fotografia © Mulham Alnader - Handout
    Uma equipa dos observadores das Nações Unidas que monitorizam o cessar-fogo na Síria deslocou-se hoje à cidade de Houla, no centro, onde bombardeamentos das forças do regime causaram pelo menos 90 mortos desde sexta-feira.
    "Uma equipa de observadores chegou à localidade de Taldo, nos arredores de Houla, para documentar os crimes cometidos nas últimas 24 horas em violação do cessar-fogo", adiantou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
    Números avançados hoje de manhã pelo OSDH dão conta de mais de 90 mortos, incluindo 25 crianças, desde sexta-feira em bombardeamentos das forças do regime na Síria em Houla.
    "Ouviram-se explosões e tiros durante a visita dos observadores", disse o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane, adiantando que estes "se recusaram a ficar" em Taldo como pediam os habitantes, que queriam fazer os funerais das vítimas "sem estarem debaixo de fogo".
    A chegada dos observadores a Houla, 30 quilómetros a noroeste de Homs, foi confirmada pela agência oficial síria Sana.
    O presidente do Observatório, que tem sede em Londres, tinha dito anteriormente que os bombardeamentos começaram por volta do meio-dia de sexta-feira, visando principalmente as localidades de Taldo e Tibé, e prolongaram-se até à madrugada de hoje.
    OSDH criticou a inação da comunidade internacional e da liga Árabe, acusando-os de cumplicidade com o regime sírio no "massacre de Houla" e o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal grupo de oposição ao regime do presidente Bashar al-Assad, apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que convoque uma reunião de urgência para analisar a situação em Houla.
    O Exército Sírio Livre, formado por soldados desertores, apelou, por seu lado, aos "países amigos" da oposição síria para que lancem "ataques aéreos" contra as forças do presidente Bashar al-Assad, após "o crime" de Houla.
    Instou ainda "todos os combatentes[...] do Exército Sírio Livre a fazerem ataques organizados contra as forças de Assad, as milícias e os símbolos do regime", exortando "pela última vez" os militares do regime a abandonarem as forças armadas "que traíram o povo".
    A França condenou os "massacres" de Houla e as "atrocidades" sobre as populações, apelando à mobilização da comunidade internacional.
    "O regime de Damasco cometeu novos massacres. Condeno as atrocidades infligidas quotidianamente ao seu próprio povo por Bashar al-Assad e o seu regime", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius.
    "Perante esta deriva mortífera, que o conselho dos direitos humanos das Nações Unidas veio denunciar mais uma vez, os observadores da ONU devem poder deslocar-se para cumprir a sua missão e o plano do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe deve ser implementado sem demoras", disse.
    Adiantou que domingo se encontrará com Kofi Annan e que iniciará "imediatamente" contatos para reunir em Paris "o grupo de países amigos do povo sírio".
    A última onda de violência acontece numa altura em que o enviado especial ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, planeia visitar Damasco, pela segunda vez, no início da próxima semana, numa tentativa de revigorar o seu plano de paz.
    A ONU estima agora em 10 mil o número de pessoas mortas desde que começou a revolta popular contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

    Direita: Saída do euro é uma "catástrofe" para o país

    Grécia

     

    Hoje
    Direita: Saída do euro é uma "catástrofe" para o país
    Fotografia © REUTERS -John Kolesidis
    O partido conservador grego Nova Democracia (ND) alertou hoje que uma vitória da esquerda radical nas eleições de 17 de junho levaria à saída da Grécia do euro e a "uma verdadeira catástrofe" para o país.
    "Toda a gente, seja de centro-direita, de centro-esquerda ou dos Verdes e esteja ou não de acordo com as políticas baseadas no acordo (com a 'troika'), avisa que uma oposição a esse acordo levaria a Grécia para fora do euro", declarou o líder do partido, Antonis Samaras, num comício.
    E uma saída do euro seria "uma verdadeira catástrofe", acrescentou, num ataque direto ao seu principal adversário, a coligação de esquerda radical Syriza.
    O líder do Syriza, Antonis Tsipras, exige a suspensão do pagamento do empréstimo do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional e a renegociação dos termos do memorando, mas defende a manutenção do país na zona euro.
    A Nova Democracia, como a maioria dos outros partidos, defende uma renegociação do acordo.
    Segundo Samaras, se houvesse um regresso ao dracma, "a Grécia afundar-se-ia numa bancarrota incontrolável", ficaria no "isolamento internacional durante vários anos" e ver-se-ia "privada de alimentos, medicamentos, combustíveis".
    O líder da ND criticou também a proposta do Syriza de aumentar mais os impostos sobre os rendimentos mais elevados e assegurou que o seu programa não prevê "novos cortes de salários e pensões nem novos impostos". copiado http://www.dn.pt/inicio/globo/

    (VÌDEO) O momento em que o vento faz levantar a frente de um avião Boing 747 parado no solo foi captado num impressionante vídeo divulgado na Internet.


    Estados Unidos

    Ventania levanta avião 'estacionado'


    Ventania levanta avião 'estacionado'

    por DN.ptHoje
    Ventania levanta avião 'estacionado'

    O momento em que o vento faz levantar a frente de um avião Boing 747 parado no solo foi captado num impressionante vídeo divulgado na Internet.

    divulgado na Internet.
    Gravado na passada quarta-feira, o vídeo mostra um Boing 747 sujeito a ventos superiores a 112 quilómetros por hora. A frente do aparelho eleva-se, quase como
    Gravado na passada quarta-feira, o vídeo mostra um Boing 747 sujeito a ventos superiores a 112 quilómetros por hora. A frente do aparelho eleva-se, quase como se este fosse descolar.
    O efeito acontece, em parte, devido ao facto de se tratar de um avião desactivado, cujo interior foi todo retirado, pelo que está bastante mais leve do que é normal.
    O processo aerodinâmico que acontece é natural. Quando um avião descola, fá-lo contra o vento de forma a obter maior sustentação. Aqui, o facto de o aparelho estar mais leve, a direção da rajada de vento e a sua intensidade permitiram captar estas impressionantes imagens.
    copiado http://www.dn.pt/inicio/globo/

    Rebeldes sírios pedem que ONU anuncie fracasso do plano de Kofi Annan

    Por EFE Brasil, EFE Multimedia, Atualizado: 26/05/2012 14:03

    Rebeldes sírios pedem que ONU anuncie fracasso do plano de Kofi Annan

    Cairo, 26 mai (EFE).- O Exército Livre Sírio (ELS), braço armado da oposição, pediu neste sábado ao Conselho de Segurança da ONU que anuncie o fracasso do plano do mediador internacional, Kofi Annan, após o massacre da localidade de Al Haula, na qual morreram cerca de 100 pessoas.
    'Pedimos ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional que afrontem a responsabilidade e anunciem o fracasso da iniciativa de Annan', ressalta o ELS em comunicado.
    Nesse sentido, instou a Nações Unidas a 'adotar medidas rápidas e decididas para salvar a Síria, seu povo e toda a região, com a criação de uma aliança militar internacional fora do Conselho de Segurança para lançar ataques aéreos aos centros militares e de segurança do regime'.
    Esse pedido acontece em reação ao 'massacre' que o governo do presidente sírio, Bashar al Assad, perpetrou ontem à noite na cidade de Al Haula, e que causou a morte de mais de 90 civis, entre eles dezenas de mulheres e crianças.
    'Já não é possível cumprir a iniciativa de Annan, já que o regime a aproveita para continuar com seus massacres, o deslocamento forçoso de civis, a destruição de cidades e os assassinatos de mulheres e crianças', indica o grupo na nota.
    Além disso, lembrou que 'o incidente em Al Haula e outras localidades sob o olhar dos observadores estrangeiros não é mais que uma prova indubitável da morte dessa iniciativa e que o governo de Assad e seu bando só entendem o uso da força e da violência'.
    Por outra parte, 40 pessoas morreram hoje por disparos das forças leais ao governo sírio em diversas províncias da Síria, segundo informaram organizações opositoras sírias.
    Os Comitês de Coordenação Local indicaram que 20 deles perderam a vida na província de Homs, e os demais em Idleb, Damasco, Deraa, Aleppo, Hama e Al Haseka.
    Já a Organização Geral da Revolução Síria indicou que entre as vítimas mortais de hoje estão oito soldados, que foram assassinados quando tentaram desertar em Hama. EFE
    Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

    After Guantánamo, Starting Anew, in Quiet Anger

    he Saturday Profile




    Lakhdar
    The Saturday

    After Guantánamo, Starting Anew, in Quiet Anger

    Ed Alcock for The New York Times
    Lakhdar Boumediene was kept at Guantánamo from January 2002 until May 15, 2009 as terrorism suspect No. 10005, when he was released and put aboard a plane to France.

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    IT was James, a thickset American interrogator nicknamed “the Elephant,” who first told Lakhdar Boumediene that investigators were certain of his innocence, that two years of questioning had shown he was no terrorist, but that it did not matter, Mr. Boumediene says.
    The interrogations would continue through what ended up being seven years, three months, three weeks and four days at the prison camp at Guantánamo Bay, Cuba.
    An aid worker handling orphans in Sarajevo, Mr. Boumediene (pronounced boom-eh-DIEN) found himself swept up in the panic that followed Sept. 11, 2001. He likens himself to a caged cat, toyed with and tormented by fate and circumstance.
    “I learned patience,” Mr. Boumediene, 46, said. He is a private man, trim and square-jawed and meticulously kempt, his eyes set in deep gray hollows. “There is no other choice but patience.”
    The United States government has never acknowledged any error in detaining Mr. Boumediene, though a federal judge ordered his release, for lack of evidence, in 2008. The government did not appeal, a Defense Department spokesman noted, though he declined to answer further questions about Mr. Boumediene’s case. A State Department representative declined to discuss the case as well, except to point to a Justice Department statement announcing Mr. Boumediene’s transfer to France, in 2009.
    More than a decade has passed since his arrest in Bosnia, since American operatives shackled his feet and hands, dropped a black bag over his head and flew him to Guantánamo. Since his release three years ago, Mr. Boumediene, an Algerian by birth, has lived anonymously in the south of France, quietly enraged but determined to start anew and to resist the pull of that anger.
    He calls Guantánamo a “black hole.” Islam carried him through, he says. In truth, though, he still cannot escape it, and is still racked by questions. “I think back over everything in my life, all the stages, who my friends were, who I did this or that with, who I had a simple coffee with,” Mr. Boumediene said. “I do not know, even now, why I was at Guantánamo.”
    THERE were early accusations of a plot to bomb the American Embassy in Sarajevo; he lived in that city with his family, working for the Red Crescent, the Muslim branch of the Red Cross. President George W. Bush hailed his arrest in a State of the Union address on Jan. 29, 2002.
    In time, those accusations disappeared, Mr. Boumediene says, replaced by questions about his work with Muslim aid groups and suggestions that those groups financed Islamic terrorism. According to a classified detainee assessment from April 2008, published by WikiLeaks, investigators believed that he was a member of Al Qaeda and the Armed Islamic Group of Algeria. Those charges, too, later vanished.
    In a landmark case that bears Mr. Boumediene’s name, the Supreme Court in 2008 affirmed the right of Guantánamo detainees to challenge their imprisonment in court. Mr. Boumediene petitioned for his release.
    In court, the government’s sole claim was that Mr. Boumediene had intended to travel to Afghanistan to take up arms against the United States. A federal judge rejected that charge as unsubstantiated, noting that it had come from a single unnamed informer. Mr. Boumediene arrived in France on May 15, 2009, the first of two non-French former detainees to settle here.
    Mr. Boumediene retreated into himself at Guantánamo, he says. He speaks little of his past now; with few exceptions, his neighbors know him only as a husband and a father. He lives with the wife and two daughters from whom he was once taken, and a son born here two years ago. More than vengeance, or even justice, he wants a return to normalcy.
    He lives at the whim of the French state, though. France has permitted Mr. Boumediene to settle in public housing in Nice, where his wife has family, but he is not a French citizen, nor has he been granted asylum or permanent residence. His Algerian and Bosnian passports, misplaced by the American authorities, have not been reissued, leaving him effectively stateless.
    Money comes in a monthly transfer to his French bank account. He does not know who, exactly, pays it. (The terms of his release have not been made public or revealed even to him.) He has been seeking work for years.
    RECRUITERS typically scan his résumé with an air of approval, he said, until noting that it ends in 2001. He tells them that his is a “particular case,” that he spent time in prison. He avoids the word “Guantánamo,” he said, as it often stirs more fear than sympathy.

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    Mr. Boumediene arrived at Guantánamo on Jan. 20, 2002, nine days after the camp began operations. He was beaten on arrival, he said. Refusing food for the final 28 months of his detention, he was force-fed through a tube inserted up a nostril and down his throat, he said. There was a hole in the seat of the chair to which he was chained, sometimes clothed, sometimes not; as the liquid streamed into his stomach, his bowels often released.
    He emerged gaunt, with wrists scarred from seven years of handcuffs, almost unable to walk without the shackles to which he had grown accustomed, he said. Crowds terrified him, as did rooms with closed doors, said Nathalie Berger, a doctor who worked with Mr. Boumediene shortly after his release.
    Dr. Berger was moved, she said, by his equanimity and his “strength to live.”
    “He has no hate for the American people,” she said, though Mr. Bush is another matter. Mr. Boumediene has been disappointed too by President Obama, who pledged to close Guantánamo but has not done so.
    Born in the hills of northwestern Algeria, Mr. Boumediene served for two years in the Algerian military before following a friend to Pakistan in 1990, to aid refugees of the Afghan civil war.
    He found work as a proctor at an orphanage and school operated by a Kuwaiti aid organization, a post that investigators later seized on as evidence of ties to terrorism.
    A man identified as a director of the group, Zahid al-Shaikh, is the brother of Khalid Shaikh Mohammed, the architect of the Sept. 11 attacks, who has been held at Guantánamo since 2006 and is now to be tried before a military court. Mr. Shaikh’s signature appeared on Mr. Boumediene’s contract, but the two had little interaction, Mr. Boumediene said.
    He moved to Yemen, studying at the French cultural center in Sana; fighting there drove him to Albania, where he worked for the Red Crescent Society of the United Arab Emirates. Deadly riots erupted in 1997, and he received a transfer to Bosnia.
    Violence seemed to trail him, his interrogators noted. He has come to understand their suspicions, he said.
    In Nice, Mr. Boumediene has grown friendly with a neighbor, Babette. She brings him coffee, he said, and gifts for his young son. They share meals at Christmas and on Muslim holy days.
    He feared she might no longer come if she knew his past. In January, though, it was the 10th anniversary of the opening of Guantánamo, and there was media coverage. Babette asked if it was true.
    “I told her, ‘It’s fate, and it’s life,’ ” Mr. Boumediene said. She still comes to call, he said, and still calls him “my brother.”
    “Little by little, now, there are people who know who I am,” he said. Some offer cautious words of encouragement, others their apologies.
    “I do not know what the right reaction is,” he said, but he does like a reaction, just the same.

    Bank Regulators Under Scrutiny in JPMorgan Loss

    Scores of federal regulators are stationed inside JPMorgan Chase’s Manhattan headquarters, but none of them were assigned to the powerful unit that recently disclosed a multibillion trading loss.   

    Roughly 40 examiners from the Federal Reserve Bank of New York and 70 staff members from the Office of the Comptroller of the Currency are embedded in the nation’s largest bank. They are typically assigned to the departments undertaking the greatest risks, like the structured products trading desk. Even as the chief investment office swelled in size and made increasingly large bets, regulators did not put any examiners in the unit’s offices in London or New York, according to current and former regulators who spoke only on condition of anonymity.
    Senior JPMorgan executives assured the bank’s watchdogs after the financial crisis that the chief investment office, with hundreds of billions in investments, was not taking risks that would be a cause for concern, people briefed on the matter said. Just weeks before the trading losses became public, bank officials also dismissed the worry of a senior New York Fed examiner about the mounting size of the bets, according to current Fed officials.
    The lapses have raised questions about who, if anyone, was policing the chief investment office and whether regulators were sufficiently independent. Instead of putting the JPMorgan unit under regular watch, the comptroller’s office and the Fed chose to examine it periodically.
    The bank pushback also suggests that JPMorgan had sway over its regulators, an influence that several said was enhanced by the bank’s charismatic chief executive, Jamie Dimon, long considered Washington’s favorite banker.
    Now, as regulators scramble to determine whether the chief investment office took inappropriate risks, some former Fed officials are asking whether the investigation should be spearheaded by the New York Fed, where Mr. Dimon has a seat on the board. Some lawmakers and former regulators also have reservations about the comptroller’s office, which is investigating the trade and was the primary regulator for JPMorgan’s chief investment unit.
    “The central question is why Jamie Dimon was able to so successfully convince both its regulators that there was nothing to see at the chief investment office,” said Mark Williams, a professor of finance at Boston University, who also served as a Federal Reserve Bank examiner in Boston and San Francisco. “To me, it suggests that he is too close to his regulators.”
    Regulators, for their part, say they cannot micromanage a bank or outlaw its risk taking and did not bow to bank pressure when assigning examiners. William C. Dudley, president of the New York Fed, has said that JPMorgan’s losses did not pose a threat to the bank’s viability. In a statement on Friday, the comptroller of the currency, Thomas J. Curry, said, “I am committed to ensuring this agency provides strong supervision for all of the institutions we oversee.”
    Regulators are not typically stationed at divisions like JPMorgan’s chief investment office, which are known as Treasury units. The units hedge risk and invest extra money on hand, and tend to make short-term investments. But JPMorgan’s office, with a portfolio of nearly $400 billion, had become a profit center that made large bets and recorded $5 billion in profit over the three years through 2011.
    Officials of JPMorgan declined to comment on its relationships with regulators.
    Long before the recent trading blunder, JPMorgan had a pattern of pushing back on regulators, according to more than a dozen current and former regulators interviewed for this article. That resistance increased after Mr. Dimon steered JPMorgan through the financial crisis in better shape than virtually all its rivals.
    “JPMorgan has been screaming bloody murder about not needing regulators hovering, especially in their London office,” said a former examiner embedded at the bank, adding, in reference to Mr. Dimon, “But he was trusted because he had done so well through the turmoil.”
    Even now, executives at JPMorgan disagree with some regulators over how quickly the bank should unwind the soured trade, according to people briefed on the negotiations. JPMorgan would like to be done with the bad bet that has resulted in at least $3 billion in losses already, but senior executives argue it is a delicate process, especially as traders and hedge funds on the opposite side of the trade seize on the fact that JPMorgan is under pressure to exit the position.
    Scores of federal regulators are stationed inside JPMorgan Chase’s Manhattan headquarters, but none of them were assigned to the powerful unit that recently disclosed a multibillion trading loss.
    Roughly 40 examiners from the Federal Reserve Bank of New York and 70 staff members from the Office of the Comptroller of the Currency are embedded in the nation’s largest bank. They are typically assigned to the departments undertaking the greatest risks, like the structured products trading desk. Even as the chief investment office swelled in size and made increasingly large bets, regulators did not put any examiners in the unit’s offices in London or New York, according to current and former regulators who spoke only on condition of anonymity.
    Senior JPMorgan executives assured the bank’s watchdogs after the financial crisis that the chief investment office, with hundreds of billions in investments, was not taking risks that would be a cause for concern, people briefed on the matter said. Just weeks before the trading losses became public, bank officials also dismissed the worry of a senior New York Fed examiner about the mounting size of the bets, according to current Fed officials.
    The lapses have raised questions about who, if anyone, was policing the chief investment office and whether regulators were sufficiently independent. Instead of putting the JPMorgan unit under regular watch, the comptroller’s office and the Fed chose to examine it periodically.
    The bank pushback also suggests that JPMorgan had sway over its regulators, an influence that several said was enhanced by the bank’s charismatic chief executive, Jamie Dimon, long considered Washington’s favorite banker.
    Now, as regulators scramble to determine whether the chief investment office took inappropriate risks, some former Fed officials are asking whether the investigation should be spearheaded by the New York Fed, where Mr. Dimon has a seat on the board. Some lawmakers and former regulators also have reservations about the comptroller’s office, which is investigating the trade and was the primary regulator for JPMorgan’s chief investment unit.
    “The central question is why Jamie Dimon was able to so successfully convince both its regulators that there was nothing to see at the chief investment office,” said Mark Williams, a professor of finance at Boston University, who also served as a Federal Reserve Bank examiner in Boston and San Francisco. “To me, it suggests that he is too close to his regulators.”
    Regulators, for their part, say they cannot micromanage a bank or outlaw its risk taking and did not bow to bank pressure when assigning examiners. William C. Dudley, president of the New York Fed, has said that JPMorgan’s losses did not pose a threat to the bank’s viability. In a statement on Friday, the comptroller of the currency, Thomas J. Curry, said, “I am committed to ensuring this agency provides strong supervision for all of the institutions we oversee.”
    Regulators are not typically stationed at divisions like JPMorgan’s chief investment office, which are known as Treasury units. The units hedge risk and invest extra money on hand, and tend to make short-term investments. But JPMorgan’s office, with a portfolio of nearly $400 billion, had become a profit center that made large bets and recorded $5 billion in profit over the three years through 2011.
    Officials of JPMorgan declined to comment on its relationships with regulators.
    Long before the recent trading blunder, JPMorgan had a pattern of pushing back on regulators, according to more than a dozen current and former regulators interviewed for this article. That resistance increased after Mr. Dimon steered JPMorgan through the financial crisis in better shape than virtually all its rivals.
    “JPMorgan has been screaming bloody murder about not needing regulators hovering, especially in their London office,” said a former examiner embedded at the bank, adding, in reference to Mr. Dimon, “But he was trusted because he had done so well through the turmoil.”
    Even now, executives at JPMorgan disagree with some regulators over how quickly the bank should unwind the soured trade, according to people briefed on the negotiations. JPMorgan would like to be done with the bad bet that has resulted in at least $3 billion in losses already, but senior executives argue it is a delicate process, especially as traders and hedge funds on the opposite side of the trade seize on the fact that JPMorgan is under pressure to exit the position.

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