"Portugal não pode apostar em salários baixos"

João Proença, líder da UGT

 

O secretário-geral da UGT, João Proença , defendeu hoje em Ponta Delgada que Portugal "não pode apostar" em salários baixos e frisou que o acordo com a "troika" tem de ser cumprido, mas com "flexibilidade"...

João Proença, líder da UGT Fotografia © Gerardo Santos/Global Imagens
O secretário-geral da UGT, João Proença , defendeu hoje em Ponta Delgada que Portugal "não pode apostar" em salários baixos e frisou que o acordo com a "troika" tem de ser cumprido, mas com "flexibilidade".
"Tem que haver moderação salarial, mas também tem que haver aumento de salários. A aposta em salários baixos é suicida, mal de nós se os salários não crescerem porque o comércio vai abaixo, as empresas que produzem para o mercado nacional vão abaixo e aumenta o desemprego", afirmou João
Para o líder da UGT, uma das principais vantagens competitivas do país "é a grande capacidade de adaptação dos trabalhadores portugueses, é o espírito do desenrascanço, que é preciso melhorar com qualificação profissional".
Nesse sentido, defendeu a importância de se "gastar bem o dinheiro nas políticas ativas de emprego e formação", frisando a necessidade de uma aposta forte na educação e na formação profissional.
Por outro lado, considerou que os centros de emprego, além de um apoio fundamental aos desempregados, devem "funcionar bem" ao nível da ligação entre a procura e a oferta de emprego.
Na sua intervenção, João
Nesse sentido, recordou que foi essa perspetiva que levou a UGT a assinar o compromisso com o Governo e as associações patronais para o crescimento, competitividade e emprego.
"É fundamental que esse compromisso seja cumprido na íntegra e ele diz que a austeridade não é solução, tem que haver crescimento e emprego", frisou.
Para João
O secretário-geral da UGT defendeu que, "para sair da crise, é necessário provocar o crescimento, promover políticas de crescimento, competitividade e emprego, como diz o compromisso" que foi assinado com o Governo e associações patronais.
"A maioria das empresas portuguesas produz para o mercado interno e, como as pessoas não têm dinheiro para comprar, as empresas fecham", frisou.
Para inverter este quadro, João
"O Estado parou com as grandes obras, mas tem que haver pequenas obras públicas, temos que favorecer a chegada das empresas portuguesas ao mercado", afirmou, defendendo também a necessidade de "combater a economia informal", que tem um peso de cerca de 40 por cento.
João  Copiado : http://www.dn.pt/i

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