Irão 'revela' evangelho sobre o fim do Cristianismo

 

por DN.ptHoje
Texto de agência iraniana afirma que, segundo obra do século V, Cristo nunca foi crucificado
Texto de agência iraniana afirma que, segundo obra do século V, Cristo nunca foi crucificado Fotografia © Feisal Omar-Reuters
Um texto, possivelmente elaborado no século V, anuncia o fim do Cristianismo, afirma o texto de uma agência iraniana.
Escrito em pele de animal, o texto é considerado uma versão autêntica do Evangelho de Barnabé, companheiro de viagens do apóstolo Paulo, originalmente escrito no século V e que desde sempre tem conhecido popularidade entre os muçulmanos.
Existem várias versões do texto, algumas elaboradas nos séculos XIII e XIV.
O texto foi encontrado em 2000 numa operação policial contra uma rede que se dedicava ao contrabando de objectos antigos provenientes do Médio Oriente.
Segundo o texto da agência Basij, ligada aos Guardas da Revolução - a elite político-militar do regime iraniano -, esta versão do Evangelho de Barnabé é escrita em síriaco, um dialeto aramaico, e nela se afirma que o Cristo nunca foi crucificado e ele próprio previu a vinda de Maomé.
O interesse por esta versão, que se encontra à guarda das autoridades turcas, aumentou ao saber-se que o Vaticano pedira para que seus especialistas consultassem o texto. Não é conhecido o teor da resposta de Ancara.




Para a agência Basij, esta é "a versão original" do Evangelho de Barnabé e "irá minar a Igreja Cristã e a sua autoridade, revolucionando a religião no mundo". Para a agência, o "facto mais significativo" é que o texto prevê "a chegada do profeta Maomé e confirma a verdade da religião do Islão".
Para alguns analistas, a divulgação da notícia pelos iranianos insere-se na estratégia geral do combate ao Cristianismo prosseguido por Teerão. Para o 'site' Catholic Culture, um dos mais relevantes sobre religião cristã, a notícia iraniana é "um desafio risível à Cristandade".
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