Cairo, 26 mai (EFE).- O Exército Livre Sírio (ELS), braço
armado da oposição, pediu neste sábado ao Conselho de Segurança da ONU que
anuncie o fracasso do plano do mediador internacional, Kofi Annan, após o
massacre da localidade de Al Haula, na qual morreram cerca de 100 pessoas.
'Pedimos ao Conselho de Segurança e à comunidade internacional
que afrontem a responsabilidade e anunciem o fracasso da iniciativa de Annan',
ressalta o ELS em comunicado.
Nesse sentido, instou a Nações Unidas a 'adotar medidas rápidas
e decididas para salvar a Síria, seu povo e toda a região, com a criação de uma
aliança militar internacional fora do Conselho de Segurança para lançar ataques
aéreos aos centros militares e de segurança do regime'.
Esse pedido acontece em reação ao 'massacre' que o governo do
presidente sírio, Bashar al Assad, perpetrou ontem à noite na cidade de Al
Haula, e que causou a morte de mais de 90 civis, entre eles dezenas de mulheres
e crianças.
'Já não é possível cumprir a iniciativa de Annan, já que o
regime a aproveita para continuar com seus massacres, o deslocamento forçoso de
civis, a destruição de cidades e os assassinatos de mulheres e crianças', indica
o grupo na nota.
Além disso, lembrou que 'o incidente em Al Haula e outras
localidades sob o olhar dos observadores estrangeiros não é mais que uma prova
indubitável da morte dessa iniciativa e que o governo de Assad e seu bando só
entendem o uso da força e da violência'.
Por outra parte, 40 pessoas morreram hoje por disparos das
forças leais ao governo sírio em diversas províncias da Síria, segundo
informaram organizações opositoras sírias.
Os Comitês de Coordenação Local indicaram que 20 deles perderam
a vida na província de Homs, e os demais em Idleb, Damasco, Deraa, Aleppo, Hama
e Al Haseka.
Já a Organização Geral da Revolução Síria indicou que entre as
vítimas mortais de hoje estão oito soldados, que foram assassinados quando
tentaram desertar em Hama. EFE
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