Para o deputado do PSDB, a atuação do relator não pode se pautar para 'inviabilizar este ou aquele partido' e sim pela lógica investigativa. Segundo Sampaio, Cunha fez as perguntas a Garcez sobre a relação dele com o governo goiano.'Não me parece que este seja um caminho correto', afirmou. 'A função dele não é representar um partido e sim representar o parlamento', completou, para quem o relator estaria atendendo 'ao reclamo palaciano'.
Sampaio disse que a atuação com o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, não foi questionada pelo relator.
Ao responder o deputado do PSDB, Odair Cunha preferiu não polemizar com ele. 'Eu não vou fazer julgamento sobre as perguntas que vossa excelência faz nesta CPI', disse.
Cunha disse que Garcez foi vereador do PSDB, influenciava negócios do partido e lembrou que, na última pergunta que fez, questionou sobre as relações que tinha com o governo do Distrito Federal. 'Se ele pertence aos quadros do PSDB, não é minha responsabilidade', disse.
O ex-vereador afirmou, na exposição inicial que fez à CPI, que comprou a casa do governador de Goiás para tentar lucrar numa futura revenda. O imóvel, de R$ 1,4 milhão, foi comprado com três cheques nominais de Leonardo de Almeida Ramos, sobrinho do contraventor Carlinhos Cachoeira. Na leitura de seu depoimento, ele também confirmou a amizade com o governador.
A principal figura a depor na sessão desta quinta é o araponga Idalberto Matias Araújo, o Dadá. Sua defesa orientou o araponga a repetir a estratégia adotada por Cachoeira na última terça, ficando em silêncio durante o interrogatório realizado pela comissão. Será ouvido também o outro araponga, também envolvido nas investigações do contraventor, Jairo Martins.
Wladimir Garcez foi liberado a deixar a sala onde ocorria a sessão, assim que afirmou não ter mais nada a contribuir na sessão. O mesmo fez o araponga Dadá.