Freeport
22-05-2012
Ex-administrador diz que José Sócrates é o 'Pinóquio'
por LusaHoje
O antigo administrador da Freeport Alan Perkins revelou hoje perante o Tribunal do Barreiro que o então ministro do Ambiente José Sócrates era identificado como Pinóquio, nome de código a quem se destinavam...
O antigo administrador da Freeport Alan Perkins revelou hoje perante o
Tribunal do Barreiro que o então ministro do Ambiente José Sócrates era
identificado como Pinóquio, nome de código a quem se destinavam
pagamentos ilícitos.
"Nas conversas que tive com
Charles Smith e João Cabral [funcionário da empresa de consultoria Smith
& Pedro e nessa qualidade consultor do Freeport] não tenho qualquer
dúvida de que a pessoa que era referida como Pinóquio era o ministro do
Ambiente José Sócrates", disse Alan Perkins, que hoje foi ouvido como
testemunha de acusação no ambiente do processo Freeport.
A testemunha adiantou ter ficado com esta convicção na sequência de conversas que manteve com o arguido Charles Smith, que esteve presente tanto na reunião realizada no Mónaco em janeiro de 2006 como "noutras duas realizadas em Alcochete em fevereiro e março do mesmo ano".
Nessa, adianta, "ficou a saber mais pormenores sobre os pagamentos ilícitos".
Depois de ter mencionado que os pagamentos eram feitos a uma pessoa com o nome de código Pinóquio, esclareceu ainda que essas verbas chegavam àquele através de outras pessoas também com nomes fictícios.
Alan Perkins referiu ainda que Charles Smith lhe confessou que o ministro do Ambiente recebeu pagamentos ilícitos para viabilizar o licenciamento ambiental do Freeport de Alcochete.
A testemunha adiantou ter ficado com esta convicção na sequência de conversas que manteve com o arguido Charles Smith, que esteve presente tanto na reunião realizada no Mónaco em janeiro de 2006 como "noutras duas realizadas em Alcochete em fevereiro e março do mesmo ano".
Nessa, adianta, "ficou a saber mais pormenores sobre os pagamentos ilícitos".
Depois de ter mencionado que os pagamentos eram feitos a uma pessoa com o nome de código Pinóquio, esclareceu ainda que essas verbas chegavam àquele através de outras pessoas também com nomes fictícios.
Alan Perkins referiu ainda que Charles Smith lhe confessou que o ministro do Ambiente recebeu pagamentos ilícitos para viabilizar o licenciamento ambiental do Freeport de Alcochete.
Essas
pessoas eram designadas como "Bernardo e Gordo", "pessoas que eram
próximas do ministro do Ambiente" e que, para a testemunha, eram
"primos" de José Sócrates.
A verba referida por Perkins e que lhe terá sido transmitida por Charles Smith terá rondado os 200 a 220 mil euros, tendo sido depositada na conta do arguido onde era levantada em pequenas quantias que eram entregues a estas pessoas, revelou.
Alan Perkins, que trabalhou para o Freeport entre julho de 2005 e dezembro de 2006, acabou por ser despedido daquela empresa em dezembro de 2006.
Um despedimento que, segundo disse hoje em tribunal, terá ocorrido dois dias depois de se ter mostrado preocupado perante so seu superiores com o que se tinha passado em torno da construção do outlet de Alcochete.
Alan Perkins revelou ainda que para recuperar as verbas que o Freeport lhe ficou a dever nessa altura relativas ao contrato de trabalho e a despesas -- que rondariam os 10 mil euros -- recorreu a um solicitador.
A verba referida por Perkins e que lhe terá sido transmitida por Charles Smith terá rondado os 200 a 220 mil euros, tendo sido depositada na conta do arguido onde era levantada em pequenas quantias que eram entregues a estas pessoas, revelou.
Alan Perkins, que trabalhou para o Freeport entre julho de 2005 e dezembro de 2006, acabou por ser despedido daquela empresa em dezembro de 2006.
Um despedimento que, segundo disse hoje em tribunal, terá ocorrido dois dias depois de se ter mostrado preocupado perante so seu superiores com o que se tinha passado em torno da construção do outlet de Alcochete.
Alan Perkins revelou ainda que para recuperar as verbas que o Freeport lhe ficou a dever nessa altura relativas ao contrato de trabalho e a despesas -- que rondariam os 10 mil euros -- recorreu a um solicitador.
A empresa acabou por saldar todas estas verbas mediante um "acordo de confidencialidade", concluiu a testemunha.
Entretanto, o advogado de José Sócrates anunciou, após a sessão de julgamento, que vai responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocar o seu nome.
"José Sócrates não deixará de responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocou ou venha a invocar o seu nome para obter vantagens ilícitas de qualquer natureza", garante Daniel Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, em nota enviada à Agência Lusa.
Em causa no processo Freeport está o alegado financiamento a partidos políticos. Os arguidos são os ex-sócios Charles Smith e Manuel Pedro, acusados do crime de tentativa de extorsão.
O julgamento prossegue no dia 08 de junho com a audição de mais uma testemunha de acusação.
Entretanto, o advogado de José Sócrates anunciou, após a sessão de julgamento, que vai responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocar o seu nome.
"José Sócrates não deixará de responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocou ou venha a invocar o seu nome para obter vantagens ilícitas de qualquer natureza", garante Daniel Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, em nota enviada à Agência Lusa.
Em causa no processo Freeport está o alegado financiamento a partidos políticos. Os arguidos são os ex-sócios Charles Smith e Manuel Pedro, acusados do crime de tentativa de extorsão.
O julgamento prossegue no dia 08 de junho com a audição de mais uma testemunha de acusação.
José Sócrates anunciou hoje, após a sessão de hoje do julgamento do caso
Freeport em que foi ouvido o ex-administrador do outlet Alan Perkins,
que vai responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocar o seu
nome.
"José Sócrates não deixará de
responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocou ou venha a
invocar o seu nome para obter vantagens ilícitas de qualquer natureza",
garante Daniel Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, em nota
enviada à Agência Lusa.
Proença de Carvalho salienta, a propósito, que na sessão de julgamento do chamado "caso Freeport" a testemunha Alan Perkins terá relatado uma conversa com o arguido nesse processo Charles Smith, na qual este "terá produzido afirmações pondo em causa o bom nome do engenheiro José Sócrates", ministro do ambiente à data do licenciamento do outlet de Alcochete.
"As afirmações atribuídas ao Charles Smith são falsas e difamatórias. Quando a gravação de tais afirmações foi conhecida, José Sócrates apresentou, em 03 de Abril de 2009, queixa contra o autor dessas falsas afirmações, que deu origem a inquérito criminal, que terminou com o arquivamento do processo", lembra o advogado, adiantando que o Ministério Público entendeu que o crime imputado ao consultor e arguido Charles Smith "estava prescrito".
A nota de Proença de Carvalho surge depois de, na audiência de hoje, o antigo administador da Freeport ter dito que o então o ministro do Ambiente terá recebido "pagamentos ilegais" para a viabilização do outlet de Alcochete.
Alan Parkins, administrador da Freeport entre 2005 e 2006, disse por videoconferência que o arguido Charles Smith o informou, em reunião realizada no Mònaco, em janeiro de 2006, que o então ministro do ambiente recebeu pagamentos ilegais para a obtenção da licença ambiental para o outlet de Alcochete.
Proença de Carvalho salienta, a propósito, que na sessão de julgamento do chamado "caso Freeport" a testemunha Alan Perkins terá relatado uma conversa com o arguido nesse processo Charles Smith, na qual este "terá produzido afirmações pondo em causa o bom nome do engenheiro José Sócrates", ministro do ambiente à data do licenciamento do outlet de Alcochete.
"As afirmações atribuídas ao Charles Smith são falsas e difamatórias. Quando a gravação de tais afirmações foi conhecida, José Sócrates apresentou, em 03 de Abril de 2009, queixa contra o autor dessas falsas afirmações, que deu origem a inquérito criminal, que terminou com o arquivamento do processo", lembra o advogado, adiantando que o Ministério Público entendeu que o crime imputado ao consultor e arguido Charles Smith "estava prescrito".
A nota de Proença de Carvalho surge depois de, na audiência de hoje, o antigo administador da Freeport ter dito que o então o ministro do Ambiente terá recebido "pagamentos ilegais" para a viabilização do outlet de Alcochete.
Alan Parkins, administrador da Freeport entre 2005 e 2006, disse por videoconferência que o arguido Charles Smith o informou, em reunião realizada no Mònaco, em janeiro de 2006, que o então ministro do ambiente recebeu pagamentos ilegais para a obtenção da licença ambiental para o outlet de Alcochete.
No
seu depoimento, Perkins nunca referiu diretamente o nome de José
Sócrates, mas o cargo que este ocupava na altura, ou seja o de ministro
do ambiente.
Adiantou também que a licença ambiental que viabilizou a construção do Freeport, em março de 2002, foi obtida mediante "o pagamento de 150 mil libras esterlinas, o equivalente a 200/220 mil euros".
Adiantou também que a licença ambiental que viabilizou a construção do Freeport, em março de 2002, foi obtida mediante "o pagamento de 150 mil libras esterlinas, o equivalente a 200/220 mil euros".
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