Aécio diz que a lei 'deve servir para todos'
Acusado de ter utilizado jatinho pago pelo governo de Minas Gerais para 124 idas ao Rio de janeiro, aparentemente sem justificativas, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, criticou a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 24, ao defender que a lei que pune irregularidades de gestores públicos seja aplicada para todos; "O desfecho dessa crise será dado sempre dentro do que prevê a Constituição. Mas repito como presidente do PSDB, a lei é para ser cumprida por todos", afirmou Aécio, durante ato de filiação do vice-governador de Goiás, José Eliton; "Senão vamos dizer o seguinte: daqui para frente a presidente não precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou"O desfecho dessa crise será dado sempre dentro do que prevê a Constituição. Mas repito como presidente do PSDB, a lei é para ser cumprida por todos. Não podemos garantir um salvo conduto para a presidente da República", disse Aécio. "Senão vamos dizer o seguinte: daqui para frente a presidente não precisa cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, pode utilizar dinheiro de propina para vencer as eleições, pode submeter as empresas estatais ao seu projeto de político de poder. Não, isso não podemos permitir que ocorra", criticou.
Fala do líder tucano ocorre em meio à divulgação de que, quando governador de Minas Gerais, Aécio utilizou jatinho pago pelo governo em 124 viagens ao Rio de Janeiro. Levantamento foi feito pelo governo de Minas Gerais, que não encontrou justificativas para as viagens de Aécio entre 2003 e 2010. Levantamento também registrou seis viagens de Aécio para Florianópolis, onde ele conheceu sua atual esposa, Letícia Weber. Há ainda deslocamentos para balneários fluminenses, como Búzios e Angra dos Reis. Até outubro, a gestão de Fernando Pimentel informará à Assembleia Legislativa de Minas Gerais o gasto total de Aécio com aeronaves usadas para fins particulares, o que, em tese, constitui improbidade administrativa (leia mais).
"Enxugar ministérios e fazer trocas com a lógica única e exclusiva de se manter por mais uma semana no governo, a meu ver, é um retrocesso e o Brasil não merece mais viver. Portanto, é preciso que fiquemos muito atentos, porque a fragilidade do governo é tão grande que o plano da presidente Dilma Rousseff para o Brasil é apenas um, se manter no governo pelo menos mais uma semana. E assim sucessivamente", criticou Aécio sobre a reforma ministerial em curso no governo.
Sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves defendeu investigações para verificar se a presidente tem ligação com esquema de corrupção na Petrobras. "Se obviamente constasse amanhã que ela descumpriu a Lei de Responsabilidade ou que eventualmente, como discute e investiga hoje o Tribunal Superior Eleitoral, foi utilizado dinheiro da corrupção da Petrobras para sua eleição, obviamente, ela tem de responder por isso. Não pré-julgamos. Não decidiremos qual será o desfecho para esta gravíssima crise. Caberá ao governo e a presidente da República demonstrar que têm condições de continuar governando o Brasil", afirmou.
Enxugar ministérios e fazer trocas com a lógica única e exclusiva de se manter por mais uma semana no governo, a meu ver, é um retrocesso e o Brasil não merece mais viver. Portanto, é preciso que fiquemos muito atentos, porque a fragilidade do governo é tão grande que o plano da presidente Dilma Rousseff para o Brasil é apenas um, se manter no governo pelo menos mais uma semana. E assim sucessivamente.
MINAS 247
Em 2014, Anastasia omitiu voos de Aécio ao Rio
Durante a campanha presidencial, o governo mineiro, sob a gestão do atual senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), foi questionado sobre os voos do ex-governador e também senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Rio de Janeiro em aviões oficiais; resposta da Controladoria Geral do estado omitiu todas as viagens ao Rio, em jatinhos do governo; Anastasia alega não ter informado as viagens que não geraram despesas com diárias para o governo, mas o motivo verdadeiro foi evitar constrangimentos para o candidato do PSDB durante a campanha presidencial; ontem, em nota, Aécio alegou ter usado os aviões oficiais por razões de segurança e disse que suas 124 viagens ao Rio, na maioria das vezes, ocorreram para visitar a filha adolescente, que lá residecopiado http://www.brasil247.com/pt/
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