"Não tememos os estrangeiros porque muitos de nós já fomos estrangeiros"


"Não tememos os estrangeiros porque muitos de nós já fomos estrangeiros"

"Não tememos os estrangeiros porque muitos de nós já fomos estrangeiros"


O papa Francisco discursou durante 50 minutos, em inglês, perante o Congresso "na terra dos livres e casa dos bravos". Falou de um tema que divide o congresso e a sociedade: as migrações.


por DN.pt  
"Não tememos os estrangeiros porque muitos de nós já fomos estrangeiros"
Fotografia © EPA/JIM LO SCALZO

O papa Francisco discursou durante 50 minutos, em inglês, perante o Congresso "na terra dos livres e casa dos bravos". Falou de um tema que divide o congresso e a sociedade: as migrações.

O Papa Francisco fez esta quinta-feira um discurso histórico perante o Congresso norte-americano, tornando-se no primeiro papa a dirigir-se aos congressistas e senadores numa sessão conjunta. O Papa argentino começou o discurso, em inglês, com uma referência à "land of the free, home of the brave" (terra dos livres e casa dos bravos), antes de se referir a várias questões que dividem a sociedade norte-americana, com destaque para o tema das migrações.
"Milhares de pessoas vão para norte à procura de uma vida melhor", disse, referindo-se aos Estados Unidos, mas também à crise dos refugiados na Europa. Francisco lembrou que ele próprio é filho de imigrantes, como muitos no Congresso, e disse a América não teme os estrangeiros: "Não tememos os estrangeiros porque muitos de nós já fomos estrangeiros"
O papa, que foi recebido pelo porta-voz do Congresso, o republicano e católico John Boehner, que se emocionou várias vezes, falou durante 50 minutos perante um congresso dominado pelo partido Republicano, que se tem mostrado hostil às posições de Francisco em dois dos temas que o líder da Igreja Católica levou para esta viagem aos Estados Unidos: os migrantes e as alterações climáticas.
E Francisco insistiu na questão dos migrantes e no papel dos Estados Unidos como "terra de sonhos". "Não devemos recear pelos números, mas antes vê-los como pessoas, vendo as suas caras e ouvindo as suas histórias, tentando responder o melhor possível à sua situação. Respondendo de forma sempre humana, justa e fraterna."
O Papa aproveitou também a oportunidade para apoiar os bispos americanos que recentemente renovaram o pedido de abolição da pena de morte. "Não só estou com eles, como encorajo todos aqueles que estão convencidos de que um castigo justo e necessário não deve nunca excuir a dimensão da esperança e o objetivo da reabilitação."
A intervenção de Francisco estava marcada para começar às 9.20 (14.20 hora de Lisboa) e era possível acompanhá-la em direto no site do jornal The New York Times, entre outros, e no site dedicado à visita do sumo pontífice da Igreja aos Estados Unidos, sinais da atenção que esta viagem está a concentrar.
Francisco chegou na terça-feira a Washington, depois de visitar Cuba, numa visita que ainda o vai levar a Nova Iorque e Filadélfia.


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