"Sou trabalhadora sexual e assumo a minha profissão"
Fotografia © Arquivo Global Imagens
Ana
Luísa não quer descontar como empregada doméstica: "Quero ter a minha
profissão." O enquadramento legal do trabalho sexual está em discussão
no Porto.
"Trabalho desde 2003
nesta atividade. Recuso-me a fazer descontos falsos como empregada
doméstica para ter direito a uma reforma digna. Quero assumir a minha
profissão e descontar pelo que recebo. Quero que a minha folha diga
"trabalhadora sexual" e que tenha o valor que desconto por mês!"
As palavras são de Ana Luísa, 49 anos, trabalhadora do sexo, cujo testemunho vivo marcou a sessão de ontem do quinto congresso da rede europeia de investigadores ProsPol, que ocorre pela primeira vez em Portugal e se realiza na Casa do Infante, no Porto.
Nesta iniciativa, em que se discute até sábado o enquadramento legal e as políticas relativas ao trabalho sexual em Portugal e na União Europeia, debatem-se estudos, mas também casos reais, como o de Ana Luísa: "Comecei aos 37 anos, mas trabalhava como se tivesse 29 e durante estes doze anos conheci de Valença até Faro diversas formas de exercer esta atividade. Conheço mais de 800 locais: além de apartamentos, boite, bares de alterne, "sobe e desce" - ou seja, cafés que têm quartos atrás... Em boa parte desses sítios as condições são desumanas para as mulheres que lá trabalham. Uma lei sobre o trabalho sexual ajudaria a que este tipo de situações fosse erradicada. Além disso, o governo português tinha a ganhar com descontos que as trabalhadoras do sexo querem fazer."
copiado http://www.dn.pt/inicio/
As palavras são de Ana Luísa, 49 anos, trabalhadora do sexo, cujo testemunho vivo marcou a sessão de ontem do quinto congresso da rede europeia de investigadores ProsPol, que ocorre pela primeira vez em Portugal e se realiza na Casa do Infante, no Porto.
Nesta iniciativa, em que se discute até sábado o enquadramento legal e as políticas relativas ao trabalho sexual em Portugal e na União Europeia, debatem-se estudos, mas também casos reais, como o de Ana Luísa: "Comecei aos 37 anos, mas trabalhava como se tivesse 29 e durante estes doze anos conheci de Valença até Faro diversas formas de exercer esta atividade. Conheço mais de 800 locais: além de apartamentos, boite, bares de alterne, "sobe e desce" - ou seja, cafés que têm quartos atrás... Em boa parte desses sítios as condições são desumanas para as mulheres que lá trabalham. Uma lei sobre o trabalho sexual ajudaria a que este tipo de situações fosse erradicada. Além disso, o governo português tinha a ganhar com descontos que as trabalhadoras do sexo querem fazer."
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