Papa manifesta solidariedade com "irmãos muçulmanos" após tragédia em Meca
- Foi a "falta de disciplina de peregrinos" que causou a pior tragédia dos últimos 25 anospor LusaFotografia © EPA/CRAIG RUTTLE/POOLO Papa Francisco expressou a sua "proximidade com a tragédia que as pessoas sofreram em Meca".O papa Francisco manifestou, na quinta-feira, solidariedade com os "irmãos muçulmanos" pela tragédia ocorrida da cidade saudita de Meca, onde pelo menos 717 pessoas morreram.
"Queria que a minha saudação tivesse sido mais calorosa", disse o sumo pontífice no início de uma homilia na catedral de St Patrick, nos Estados Unidos da América (EUA), expressando a sua "proximidade com a tragédia que as pessoas sofreram em Meca".
"Neste momento de oração uno-me e junto-me em oração com Deus, nosso pai todo-poderoso e misericordioso", disse Francisco.
Pelo menos 717 pessoas morreram na quinta-feira e 863 ficaram feridas nos incidentes provocados pela aglomeração e entrada maciça de peregrinos em Meca para participar num dos rituais da peregrinação anual àquele santuário, anunciou a Defesa Civil saudita.
Os fiéis dirigiam-se dos seus acampamentos para o lugar em que deviam hoje cumprir o rito da lapidação das três colunas que simbolizam as tentações do diabo, no terceiro dia da peregrinação.
Um total de três milhões de pessoas participa durante estes dias no importante ritual religioso, que é um dos cinco pilares do Islão, juntamente com a "shahada" (profissão de fé), a esmola, a oração e o jejum, no mês do Ramadão.
O álbum chama-se "Wake Up!", tem a aprovação do Vaticano e sairá a 27 de novembro.
Papa Francisco "lança" um álbum pop-rock em novembro
por LusaO álbum chama-se "Wake Up!", tem a aprovação do Vaticano e sairá a 27 de novembro.O papa Francisco editará em novembro um álbum com "mensagens de esperança, fé e união" interpretadas com música rock, revelou hoje a revista norte-americana Rolling Stone.
O álbum chama-se Wake Up!, tem a aprovação do Vaticano e sairá a 27 de novembro.
Hoje a Rolling Stone disponibilizou um tema para escuta online, intitulado "Wake Up! Go! Go! Forward!", composto pelo músico Tony Pagliuca e com uma "sonoridade rock progressivo".
O disco conta com 11 canções, com o papa Francisco a falar em inglês, italiano, espanhol e português, e com uma mensagem que dialoga com a melodia, como contou o padre Giullio Neroni, produtor.
"Há muitos anos que sou o produtor e o diretor artístico de álbuns do papa. Tive a honra de trabalhar com João Paulo II, Bento XVI e agora o papa Francisco", afirmou o produtor à Rolling Stone.
Neroni sublinhou que tentou ser o mais fiel possível à personalidade de Francisco: Um papa do diálogo, das portas abertas e da hospitalidade. Por isso é que em Wake up! a voz dele dialoga com a música".
A propósito das canções, Tony Pagliuca afirmou à Rolling Stone que aceitou "com entusiasmo" participar neste álbum, recordando que nos anos 1970 fundou a banda de "prog-rock" Le Orme e colaborou com artistas como Peter Hammil e David Jackson.
"Por a minha música ao serviço das palavras e da voz do papa Francisco tem sido uma experiência fantástica e um desafio artístico muito interessante", disse o músico.
Papa pede respeito pelo "direito ao ambiente" nas Nações Unidas
Papa pede respeito pelo "direito ao ambiente" nas Nações Unidas
por DN.pt com LusaFotografia © REUTERS/Andrew KellyFrancisco disse ainda que este sistema de empréstimos aos países mais pobres, "longe de promover o progresso, sujeita os povos a mecanismos que geram maior pobreza, exclusão e dependência".O Papa pediu esta sexta-feira, na ONU, que todos os países respeitem o "direito ao ambiente". Ao discursar na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Francisco instou à aprovação de "acordos fundamentais" na próxima conferência de Paris sobre o clima e condenou a "cultura do desperdício".
"[É preciso que] a conferência de Paris sobre as alterações climáticas obtenha acordos fundamentais e eficazes", sublinhou o papa, insistindo nas prioridades para a salvaguarda da "casa comum" que tinha apresentado na sua encíclica "Laudato si" ("Louvado sejas").
Num discurso muito antecipado, Jorge Bergoglio, o quarto papa a ir à ONU, considerou que "existe um verdadeiro direito do ambiente" que deve ser reconhecido, tendo afirmado que "cada dano causado ao ambiente é um dano para a humanidade" e que "a crise ecológica pode pôr em perigo a própria existência da humanidade".
O chefe da Igreja Católica desejou igualmente o "êxito da Agenda 2030 para o desenvolvimento durável", por ocasião da cimeira da ONU que hoje começa.
O papa falou ainda sobre o sistema financeiro mundial, que disse ter contornos "opressivos", nomeadamente nos empréstimos das instituições financeiras internacionais aos países mais pobres, que geram "mais pobreza, exclusão e dependência".
Francisco disse que "as agências financeiras internacionais devem preocupar-se com o desenvolvimento sustentável dos países e devem garantir que não são sujeitos a um sistema de empréstimos opressivo".
Para o líder dos cerca de mil milhões de católicos espalhados pelo mundo, este sistema de empréstimos aos países mais pobres, "longe de promover o progresso, sujeita os povos a mecanismos que geram maior pobreza, exclusão e dependência".
O papa defendeu que as instituições, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas e as grandes instituições financeiras, precisam de "limitar todos os tipos de abuso e usura".
Condenando "a guerra assumida e debilmente combatida" do tráfico de droga, Francisco salientou que se trata de "um conflito que, em silêncio, provoca a morte de milhões de pessoas".
"O narcotráfico é acompanhado de tráfico de pessoas, branqueamento de capitais, tráfico de armas, exploração de crianças e outras formas de corrupção -- uma corrupção que se infiltrou nos diversos níveis da vida social, política, militar, artística e religiosa, gerando, em muitos casos, uma estrutura paralela que põe em perigo a credibilidade das nossas instituições", denunciou.
O líder da Igreja Católica manifestou também o seu apoio ao histórico acordo nuclear entre o Irão e as grandes potências sobre o seu programa nuclear, ao defender a abolição global de armas nucleares. O papa argentino classificou o acordo com o Irão como "prova do potencial da boa vontade política e do direito, exercidos com sinceridade, paciência e constância".
"Faço votos de que este acordo seja duradouro e eficaz e que dê os frutos desejados, com a colaboração de todas as partes envolvidas", disse o papa, sem nomear o Irão.
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