Os 11 estados que ameaçam tornar a candidatura de Trump imparável
Sondagens dão o milionário a ganhar quase todas as primárias desta super terça-feira. Do lado democrata, Hillary em clara vantagem sobre Sanders
Sondagens
dão o milionário a ganhar quase todas as primárias desta super
terça-feira. Do lado democrata, Hillary em clara vantagem sobre Sanders
Governadores
- como Chris Christie de New Jersey, congressistas e senadores. Nos
últimos dias têm-se multiplicado os apoios à candidatura de Donald Trump
à nomeação republicana para as presidenciais de 8 de novembro nos EUA.
Mas há quem, como o senador Ben Sasse, não aceite imaginar o magnata do
imobiliário na Casa Branca e tenha já garantido que se for ele o nomeado
do partido, terá de encontrar "uma terceira opção". Ao todo são 14 os
estados hoje a votos. 11 do lado republicano e 11 do lado democrata
(alguns não coincidem. E Trump está à frente em quase todas as
sondagens. Se o milionário de 69 anos vencer a super terça-feira, os
analistas parecem convencidos da inevitabilidade da sua nomeação.
Trump
imparável, portanto? Talvez. Depois de vencer três das quatro primeiras
primárias, este é o primeiro verdadeiro teste do magnata em termos
nacionais. E tudo indica que se vai sair bem. Isto apesar da última
polémica em torno do apoio de um líder do grupo supremacista branco Ku
Klux Klan (KKK) à sua candidatura. Perito em sair ileso de uma chuva de
críticas - como aconteceu quando chamou violadores e traficantes aos
imigrantes mexicanos ou quando sugerir banir os muçulmanos de entrar nos
EUA -, Trump foi desta vez acusado por recusar condenar o apoio de
David Duke durante o fim de semana. E logo pôs as culpas na CNN que,
segundo ele, lhe terá dado "um mau auricular", o que o terá impedido de
ouvir a pergunta sobre este assunto nas melhores condições. "Mal se
ouvia o que eles diziam", explicou o magnata à NBC.
A
explicação não convenceu os adversários. Tanto Ted Cruz como Marco
Rubio criticaram o silêncio de Trump quanto ao apoio de um membro do
KKK. O senador da Florida, que muitos na ala moderada dos republicanos
veem como a melhor hipótese de derrotar Trump, garantiu: "Não me
interessa se o auricular estava estragado - o KKK apoiou-o e ele recusou
criticá-lo. Como é que alguém assim pode ser o nosso nomeado?"
Numa
campanha reduzida a três (o governador John Kasich e o neurocirurgião
Ben Carson estão muito longe nas sondagens), Rubio tem liderado as
críticas a Trump, num esforço para travar a sua nomeação, recorrendo por
vezes a insultos, como quando insinuou que o rival fez "xixi nas
calças" durante o último debate republicano.
Também
Ted Cruz não hesitou em atacar Trump, acusando o milionário de não
querer revelar o sua declaração das finanças por ter ligações a figuras
da máfia de Nova Iorque. Senador do Texas, as sondagens colocam Cruz à
frente no seu estado, mas nos restantes, Trump é claramente dominante.
Segundo
a CNN, à medida que os adversários foram desistindo, Trump tem
conseguido ficar com os seus votos, recolhendo agora quase metade dos
votos republicanos (49%) a nível nacional. Neste estudo da ORC, Marco
Rubio não passa dos 16% e Ted Cruz dos 15%. A explicação talvez venha na
mesma sondagem, mas noutra pergunta: aquela à qual 35% dos inquiridos
responderam que Trump é o mais honesto dos candidatos republicanos, bem à
frente de Carson com 22%. E mais: é também no milionário que a maioria
(51%) confia para resolver os problemas da América.
Hillary em clara vantagem
Com
as votações de hoje concentradas sobretudo no Sul, Hillary Clinton
parte em vantagem sobre Bernie Sanders do lado democrata. Reforçada pela
vitória clara nas primárias de sábado na Carolina do Sul, a ex-primeira
dama beneficia do peso do eleitorado negro em estados como Alabama,
Arkansas (onde o marido Bill foi governador), Georgia, Tennessee ou
Virgínia.
Ontem, os candidatos
estiveram no Massachusetts, outra das primárias desta superterça-feira.
Mas mesmo num estado liberal como este - em teoria mais propício à
mensagem antissistema do autodenominado "socialista democrático" Sanders
-, Hillary mantém a vantagem. Mesmo que mais curta: 47%, contra 44%,
segundo um estudo na Universidade do Massachusetts.
Depois
da vitória estrondosa no New Hampshire, Sanders reagiu à derrota na
Carolina do Sul baixando as expectativas para a super terça-feira. E a
nível nacional, a sondagem ORC para a CNN coloca-o bem atrás de Hillary,
com 55% para a ex-primeira dama, contra 38% para o senador do Vermont.
Mas quando se trata da honestidade do candidato, as posições
invertem-se, com 59% dos inquiridos a considerar o Sanders mais honesto,
contra 36% para Hillary.
Para Sanders,
um dos objetivos, portanto, é manter-se na corrida e esperar até abril e
maio quando as primárias democratas regressam a estados mais liberais e
com populações mais brancas, logo mais abertas à sua mensagem.
Dinheiro, não lhe faltará, ou não tivesse a sua campanha revelado que em
fevereiro Sanders recolheu mais de 36 milhões de dólares.
copiado http://www.dn.pt/mundo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário